segunda-feira, junho 18, 2007

Rezar.

A oração é uma questão de simples humanidade. "Reza quem é mais realista, que considera mais seriemante a sua experiênca humana" ensina-nos don Giussani. Toda a quesao da oração se resume nisto: acreditamos ou não que somos plenamente dependentes de Deus? É que se acreditamos realmente nisto, então pedir e esperar que o nosso pedido se realisse, é uma mera questão de racionalidade.

Mas eu tenho muitas vezes a tendência de complicar, ou de ser céptico. Embora reze, rezo achando que o que peço é de tal maneira impossível que Deus não o realizará. Faça-o mais por descargo de consciência do que por fé.

Mas hoje, perante a simpicidade de uma amiga minha que propunha rezar a Saõ Ricardo de Pampuria pelo pai de uma amiga nossa, ganhei consciência daquilo que realmente é a oração: o simples pedido homem Aquele que Tudo Pode.

E história está cheia de testemunhos dos milagres que Deus realiza, simplesmente porque alguém teve a humildade de Lhe pedir.

Por isso peço a todos que rezem pelo pai da minha amiga Madalena e pelo meu amigo Júnior.

São Ricardo Pampuria,
Rogai por nós

3 comentários:

Madalida disse...

obrigada.....obrigada MESMO!

João Cruz Borges disse...

Caro Zé Maria

Há-de me explicar aonde a oração sacia a fome dos pobres e resolve os problema da nossa sociedade. Presumo que o senhor trabalhe ou estude, mas qualquer que seja a sua actividade tem deveres e obrigações a cumprir perante a sociedade e o próximo.
Sabe, estive a ler padre Giussani e encontrei nele um ímpeto de abertura ao próximo e tolerância com a verdade de cada um, o que demonstra que a própria instituição igreja está mais aberta aos valores introduzidos por Voltaire e Rousseau, postos em prática pela revolução da Bastilha contra os ideais da velha nobreza e dos privilégios de casta, e mais tarde defendidos por Marx. Alegra-me ver a igreja, como demonstra a linha de pensamento de padre Giussani, mais aberta ao espiríto de Fraternidade entre todos os Homens, quaisquer que sejam as suas crenças. O seu Blog, que conserva ainda algumas tendências conservadoras, não deixa de ser nos meios católicos, pelas músicas, poemas e arte que considera e cita, uma verdadeira lufada de ar fresco de abertura à Modernidade.

Bem haja caro amigo!

Zé Maria Duque disse...

Caro João

O Homem têm, antes de mais, um desejo de beleza, de justiça, de verdade, de liberdade e de amor infinito. A esse desejo, só o Infinito pode responder.

Se acreditamos que fomos criados por Deus e têmos consciência de que dependemos dele, então a única coisa razoável é pedir-lhe que nos ajude nas nossas necessidades. Isto é rezar.

Quanto a Rosseaus e Voltaire, a ideia deles é a de igualdade. Mas de uma igualdade que consiste em tratar todos de igual modo. Contudo isto não é igualdade, pois nêm todos são iguais. Os homens têm necessidades diferentes. A igualdade da revolução francesa é a da guilhotina e do terror, que nem eu, nem nenhum dos autores do blog, partilha.

Contudo a Igreja sempre pregou o amor e a caridade para com todos os homens. O mandamento do amor é muito anterior a revolução francesa.

Quanto a abertura a Modernidade, permita-me discordar. Nós temos a certeza que toda a beleza e todo o génio são reflexo de Deus e caminho para a Verdade. Se um ateu, um comunista, um socialista tiveram um momento de verdade nas suas vidas, nós não deixaremos de olhar para ele só porque discordamos do resto da vida da pessoa. Mas isto nada têm de Modernidade, desde sempre a Igreja apontou para grande génios que não eram cristão, como Socrátes ou Aristóteles.

Fico sinceramente contente que goste do nosso blog, mas não quero que fique com uma ideia errada sobre ele.