quinta-feira, setembro 24, 2009

domingo, setembro 20, 2009

"A pianista que comoveu Estaline"

Maria Yudina, a maior pianista russa do século passado, não podia gravar discos por causa da sua oposição ao regime comunista. Profundamente cristã dizia que primeiro procurava tocar para encontrar Deus mas que com o tempo procurava Deus para encontrar a música.

Uma vez, enquanto a telefonia transmitia ao vivo um concerto onde tocava o concerto nº 23 de Mozart para piano, Estaline ouvi-a e disse que queria o disco. Incapazes de dizerem ao ditador que não existiam discos de Maria Yudina, os seus subordinados arrancaram-na de sua casa e gravaram o disco durante a noite. Diz-se que Estaline começou a chorar mal ouviu as primeiras notas. Quando morreu, em 1953 estava a ouvir esse disco.

Para além do concerto deixo a carta que Maria Yudina escreveu a Estaline a agradecer o donativo que este lhe fez depois de ouvir o disco.

"Dear Josef Vissairyonovich,

I wish to thank you for your most generous gift and express to you how much it touched my heart. I will continue to pray for you and your soul every day and every night for the rest of my life. Please remember that
God's love for you is as infinite as His mercy, and if you but confess and repent He will forgive your many sins against our homeland and our countrymen.

Once again, I wish to thank you for your gift. I have donated it in its entirity to the church which I regularly attend.

Most sincerly,
Maria V. Yudina"








É comovente e ao mesmo tempo arrepiante perceber que mesmo no peito de um homem que parece um demónio está um coração como o nosso, capaz de se comover diante da beleza.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Trans-espécie.

Em tempos um dos escribas deste blog teve a gloriosa ideia de fundar um partido, de seu nome "Esquerda Moderna". Este partido estaria, no espectro político, situado à esquerda do PNR. Defendia então o BGC que era necessário a despenalização da fuga ao fisco (pois são milhares os pais de família pobres que fogem ao fisco em vãos de escada, enquanto os ricos o fazem em segurança na Suíça) e um Chinês em cada casa para aumentar a produção nacional.

Contudo o tempo foi destruindo este entusiasmo de juventude do meu amigo e ele acabou por desistir do seu projecto político (que hoje, com a distância que só o tempo permite ter, me parece que poderia ter tido um papel fundamental na nossa política).

Contudo, hoje, li num blog que há um grupo que luta para que a transgenia (ou seja tentar mudar de sexo através da mudança de genitais) deixasse de ser considerada uma doença mental. Mas só isto não basta. Eu também penso que a genitália e as hormonas não definem uma pessoa, como aliás o seu próprio corpo. É preciso lutar para que a trans-espécie deixe de ser considerada uma doença mental.

Porque é que alguém que nasceu pássaro num corpo de homem há-de ser considerado louco? Como pode o Estado discriminar assim milhares de cidadãos que se sentem estranhos no seu próprio corpo?

E este caso é ainda mais grave do que o dos transsexuais. Pois estes quanto muito têm de ir ao psiquiatra, enquanto os trans-especiais são muitas vezes fechados em hospitais psiquiátricos.

Ainda no outro dia uma amiga me contava que na terra da sua família paterna há um homem que é um carro. Anda na estrada como os carros, buzina como os carros, sente-se carro. Contudo já foi muitas vezes enclausurado em autênticas prisões simplesmente por ser um carro no corpo de um homem.
O Estado deve não só não considerar este homem como um doente, mas conceder-lhe todas as possibilidades para que possa ser um carro não só de espírito, mas também de corpo. Deve ter direito a uma operação de mudança de espécie grátis no SNS, a mudar de documentos (do BI para um livrete) e a uma matrícula.

Amigos, preciso que apoiem a Esquerda Moderna nesta sua nova luta contra a discriminação da trans-espécie, que permanece como uma nódoa sobre a nossa sociedade!

Portugal e a Europa

Nos nosso dias é importante que a Europa esteja unida. Não só do ponto de vista económico, mas também do ponto de vista de politica externa.

Contudo, não me parece que esta unidade passe por um estado federal ou pela obrigatoriedade de uma politica externa comum. Seria ridículo não aproveitar as particularidades de cada um dos países da UE do ponto de vista das relações com outros países. Basta pensar na relação de Portugal com os PALOPS.

Ora esta unidade deve ser assegurada pelos órgãos próprios da União Europeia. A UE não existe para uma ideia abstracta de Europa, mas para fortalecer os Estados-membros. Para alcançar estes objectivos esses Estados cederam alguma da sua soberania, mas não toda.

Para zelar pelo bem particular de cada país existem os órgãos de soberania próprios de cada nação. Não cabe ao governo português zelar pela unidade da Europa contra os interesses de Portugal. Muito pelo contrário, cabe ao governo português tentar assegurar uma melhoria de vida ao nosso país dentro da UE.

Por isso, acusar Manuela Ferreira Leite de ser anti-europeísta ou anti-integração por dizer que não tenciona defender os interesses de Espanha é ridículo. A União Europeia não existe para que Portugal sacrifique os seus direitos e a sua soberania em favor de Espanha. Mas para que Portugal possa fazer face a um mundo onde cada vez mais potências isoladas detêm tanto poder como a Europa toda junta.

sexta-feira, setembro 11, 2009

"Então dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus."

Esta frase de Nosso Senhor é uma das frase preferidas dos pensadores modernos. Usam-na sempre que a Igreja diz qualquer coisa sobre política. Fazendo uma interpretação muito livre e muito própria usam esta frase para tentar justificar a opinião de que a Igreja se deve limitar à sacristia.

Ora é preciso distinguir duas coisas. Primeiro, a Igreja não é política e não deve fazer política. Sempre que a Igreja foi metida em políticas acabou sempre com a sua liberdade ameaçada e submetida ao Estado. Relembro só que pelo menos dois chanceleres de Inglaterra são santos mártires (São Tomás Moro e São Tomás Becket) exactamente por darem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (ou como diria São Tomás Moro "morro fiel súbdito do Rei, mas primeiro Deus").

Contudo, a Igreja está no mundo: "Eu não peço que os tires do mundo mas que os salve do maligno. Eles não pertencem ao mundo tal como eu não pertenço ao mundo. Consagra-os na verdade. A Tua palavra é a Verdade. Como Vós me enviastes ao mundo, também Eu os envio ao mundo". A Igreja está no mundo para testemunhar Cristo, a todo o mundo, em todo o mundo. Não há áreas da vida onde Jesus possa ser excluído ou onde a Igreja não o deva anunciar presente. E isto, em relação à política reveste dois aspectos:

1) A hierarquia da Igreja, que tem o dever de guiar o povo cristão não pode deixar de ajuizar e aconselhar o seu rebanho nas questões sociais. Dar testemunho da Verdade é também desmascarar a mentira e corrigir o erro. É também indicar o caminho melhor para uma sociedade justa.

2) O povo cristão tem o dever de se empenhar na sociedade. O amor a Cristo impele-nos a dar testemunho dele em todas as circunstâncias. Esse testemunho traduz-se num amor ao homem, à justiça e ao bem comum. Por isso um católico não se pode não empenhar na política, na condição em que chamado a vivê-la. Quer seja fazer campanha, ser candidato, ou simplesmente votando.

Não devemos cair na tentação de dizer "eu sou católico, mas isso não interessa para a política". Ser católico interessa para a vida inteira, porque ser católico é entregar toda a vida a Cristo, em cada uma da circunstâncias em que Ele nos coloca.

Família

Ontem foi discutido no parlamento o veto do presidente da republica à nova lei das uniões de facto. Toda a esquerda considerou que Cavaco Silva tem uma visão conservadora do casamento e da família. Para a esquerda qualquer coisa que more debaixo do mesmo tecto e tenha um pouco de afeição é uma família e deve como tal ser reconhecida pela lei.

Contudo a família não é um mero punhado de pessoas que gostam uns dos outros. A família, embora se deva amar, não está sujeita a sentimentos e a sensações, mas ergue-se acima disso. "É ela a sociedade natural em que o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida. A autoridade, a estabilidade e a vida de relações no seio da família constituem os fundamentos da liberdade, da segurança, da fraternidade no seio da sociedade. A família é a comunidade em que, desde a infância, se podem aprender os valores morais, começar a honrar a Deus e a fazer bom uso da liberdade. A vida da família é iniciação à vida em sociedade." (cfr. Catecismo da Igreja Católica).

Ou seja, antes de mais, a família só pode nascer da comunhão de vida de duas pessoas. De uma mulher e de um homem que prometem partilhar toda a sua vida um com o outro até ao fim. A família não pode nascer de uma relação fortuita, de uma relação onde os intervenientes estão junto porque e enquanto lhes apetece.

Depois, a família não pode nascer de uma relação estéril, que não tem em si a potencialidade de gerar. E não vale a pena argumentar que há casais que não podem ter filhos ou que se casam já idosos. Embora não possam fisicamente ter filhos, podem adoptar, recriando assim o laço da paternidade.

Dois homens, mesmo que tomem conta de uma criança, não podem recriar a maternidade e a paternidade. Podem amar a criança, educar a criança, mas não podem ser pai e mãe. É impossível da união de pessoas do mesmo sexo gerar-se uma família, pois uma família precisa de uma pai e de uma mãe.

Por fim, a família partilha uma história, uma herança, a pertença a uma comunidade. Essa pertença só é superada pela pertença a Cristo. Ora, esta pertença não pode estar dependente de um sentimento. Os meus irmãos não deixam de o ser mesmo que eu já não os ame. Aquilo que partilhamos é mais forte e mais importante que qualquer sentimento. Por isso o Estado não pode mudar aquilo que é a família, porque não foi o Estado que a criou. Por isso, mesmo que toda a esquerda diga o contrário, mesmo que o presidente da republica defenda um novo "modelo de família" esta continuara a ser um homem e uma mulher, unidos em matrimónio, com os seus filhos.

domingo, setembro 06, 2009

Porque vou votar PSD.

Conforme se vai aproximando o dia 27 de Setembro vou me apercebendo da urgência de votar no PSD. Não acho que Manuela Ferreira Leite seja a panaceia para todos os males do país. Acho que é melhor do que a maioria dos barões do partido. É uma mulher séria, honesta, com um currículo fora da política e que encara a política como um serviço e não como sustento ou trampolim. Enfim, o contrário de José Sócrates.

Também é verdade que MFL tem cultivado esta imagem. Parte da sua campanha passa por se mostrar como o oposto de Sócrates. Enquanto o primeiro-ministro aposta tudo no espectáculo, nos media, na imagem, MFL dá uma imagem de quem lá está para trabalhar. Enquanto o primeiro ministro tem atrás de si uma aura de suspeição (caso da U. Independente, caso Freeport, caso das casas na Covilhã) a líder do PSD passa uma imagem de honestidade e seriedade. Mesmo nas questões dos "valores" Sócrates apresenta-se como um progressista, sedente de agradar as minorias, enquanto MFL mostra-se "conservadora". Não digo que MFL não seja estas coisas todas, mas não tenho dúvidas que as tem usado para marcar bem a diferença entre si e JS.

Mas é injusto reduzir o voto no PSD apenas ao voto útil. A verdade é que este programa do PSD (embora os programas costumem valer apenas o papel em que estão escritos) é bastante razoável. Curto, sem grandes promessas, aposta no apoio às PME, consagra a família como célula base da sociedade e tem um primeiro ensaio de liberdade de educação (escolha da escola, adaptação dos currículos pelas escolas).

Para além disso, embora se rodeie mal, Manuela Ferreira Leite é de facto a melhor de entre os candidatos. Portas, embora tenha um bom programa, é um homem demasiado tortuoso. Acha que vale tudo para chegar ao poder, na lógica de que é melhor um governo com o CDS do que um governo entregue ao PSD ou ao PS. Já MFL têm tido a coragem de defender ideias que não são populares e tem um passado político como pessoa séria e sem medo de defender aquilo que acha melhor.

Mas confesso que a grande urgência em votar no PSD vêm da urgência de derrubar este governo. Ao longo de quatro anos e meio José Sócrates tem promovido uma guerra sem quartel à família. Primeiro a lei da PMA que permite a utilização de embriões para experiências. Depois a lei do aborto a pedido, que já vitimou milhares de bebés em Portugal. A lei do divórcio, que alterou a natureza do próprio casamento, esvaziando os deveres que lhe são próprios até o transformar no reconhecimento jurídico de um sentimentalismo que têm a duração de uma sensação. As uniões de facto equiparadas ao casamento, que Cavaco Silva vetou, que era uma forma não só de esvaziar ainda mais o casamento, mas de criar a ideia de uma igualdade entre a união entre homem e mulher e a união de duas pessoas do mesmo sexo. Por fim, a promessa de tornar legal o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Na educação assistimos a tentativa de estatalizar mais a educação com uma avaliação dos professores baseada não em critérios de qualidade, mas nas notas dos alunos. Cortes nos apoios ao ensino privado. Um facilitismo cada vez maior nos exames a nível nacional. A nova lei de educação sexual, que é simplesmente vergonhosa, tirando aos pais a possibilidade de educarem os seus filhos nos valores que consideram melhores.

Mas, mais grave do que tudo isto, o ambiente de, para usar as palavras de Manuela Ferreira Leite, asfixia democrática em que vivemos. Estamos perante um governo fez pressão junto de directores de jornais para não criticas o governo. Que paga anúncios em forma de noticia no JN. Que acha normal a polícia ir aos sindicatos verificar quem participou em manifestações contra o governo. Que insulta e ameaça meios de comunicação social. Que têm a maior parte dos media a fazer-lhe publicidade. Um primeiro-ministro que impunemente aprovou grande obras que alteravam reservas ambientais quando estava num governo de gestão, que se licenciou a um Domingo. Um partido que, depois de colocar boys na Caixa Geral de Depósitos, conseguiu dominar o maior banco privado português. Enfim, o que torna mais urgente a derrota do PS dia 27 é a impunidade com que eles controlam o país, não para o bem deste, mas para seu proveito.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Asfixia.

Ontem e hoje, a noticia que domina é a suspensão do jornal apresentado por Manuela Moura Guedes nas sextas-feiras à noite. Todos os opinadores que não do PS apontam o dedo a Sócrates. Os socialistas defendem-se e dizem que isto foi feito para os atacar.

Eu acho que assuntos deste tipo são demasiado importantes para se escrever um opinião que não seja fundamentada em provas. Acusar o primeiro-ministro de afastar uma jornalista incomoda é algo de muito grave.

Contudo, é sintomático do estado do país que, quando um canal de televisão cancela um programa que diz mal do governo, todos pensem imediatamente que o partido que governa está por detrás desse facto.

Esta normalidade com que nós enfrentamos um facto que pode ser gravíssimo, prova que em Portugal há um clima de medo e desconfiança em relação ao poder. Até pode ser que não tenha sido o PS, mas ninguém duvida que podia ter sido. Aliás, a defesa dos socialista não é "nós nunca faríamos isso" mas sim "seria um disparate ter feito isso agora".

As reacções a este acontecimento vêm mais uma vez demonstrar a tal "asfixia" de que a Dra. Manuela Ferreira Leite têm falado tanto.

Lírismos.

Hoje o DN tinha como destaque na capa um título que dizia qualquer coisa como "Padres italianos contra o Papa". A noticia falava de 41 párocos de Itália que tinham assinado um artigo a defender a eutanásia.

Eu percebo que o jornalismo deva ter uma certa liberdade lírica, para dar algum interesse às noticias. Mas num país onde existem 383 bispos, 25.000 paróquias e um número infindo de padres, pegar num disparate de 41 padres e falar dele como se fosse um crítica geral do clero ao Santo Padre parece-me um pouco para lá do aceitável.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Katyn



Vi nas férias de Comunhão e Libertação o filme Katyn, sobre o massacre de 15 mil oficiais polacos em 1940 na floresta com o mesmo nome. Lembrei-me dele porque ontem o Público trazia uma reportagem sobre o assunto, fruto do pedido de desculpa de Putin pelas mortes destes polacos.

O filme é, antes de mais, um filme histórico. Ou seja, as histórias que conta não são factos romanceados ou condensados para caber no filme, mas são consequência dos acontecimentos históricos narrados.

E é importante recordar a história. Não por um ajuste de contas, que este filme não faz, mas porque quem não recorda os erros do passado está condenado a repeti-los. Como dizia num post anterior, a historia oficial tenta reduzir as atrocidades da Segunda Guerra Mundial a uma loucura momentania de alguns alemães. Mas a verdade é que os horrores não foram só do lado NAZI. São fruto da crueldade humana, que não se deixa tocar pela Graça de Deus.

Por outro lado este filme é muito interessante porque é muito humano. Durante o mesmo vamos vendo várias histórias de pessoas que têm algum parente que foi morto em Katyn. E todos eles reagem de maneira diferente a esse facto, mas muito humana.

Neste filme não há um héroi, não há uma personagem perfeita. Mas simplesmente a liberdade do homem que se joga diante da crueldade das circunstâncias.

Não sendo um filme fácil de encontrar, vale a pena tentar arranjar uma cópia e vê-lo. Porque nos coloca a nós diante de algumas das circunstâncias que ditaram a história do nosso tempo. Ao mesmo tempo, testemunha-nos a vida de alguns que souberem viver esses momentos tormentosos sem se deixarem esmagar por eles.

terça-feira, setembro 01, 2009

II GG

Faz hoje 70 anos que começou a a Segunda Guerra Mundial. A invasão da Polónia foi o culminar de 20 anos de vinganças mesquinha, cobardia e hipocrisia de vários países. Como dizia o Marechal Foch após o tratado de Versalhes: "Isto não é a paz, é um armisticio por vinte anos".

Desde a imposição da Républica aos alemães até ao tratado de Munique, que abandonou a Checoslováquia à sua sorte, a França e a Inglaterra fizeram todos os erros imaginaveis, que tornaram possível a ascensão de Hitler e a recuperação do poderio alemão.


E assim, a 1 de Setembro de 1939 as tropas do III Reich invadiram a Polónia. Dezasseis dias mais tarde os Soviéticos, ao abrigo do pacto Molotov-Ribbentrop, entraram pela fronteira a leste.

Depois o resto é conhecido: a ocupação da Dinamarca e da Noruega, a guerra relâmpago que só parou em Paris. A tentativa Italiana de invadir os Balcãs, que obrigou Hitler a abrir mais uma frente. A guerra no norte de África. O fim do pacto de não agressão entre soviéticos e alemães, que levou as tropas de Hitler até à Russia.

Tudo isto acompanhado por histórias de terror como o mundo ainda não tinha conhecido. A perseguição aos judeus, as experiência cientificas em deficientes, a destruição de cidades inteiras através de bombardeamentos.

E aqui vale a pena parar um pouco. A história moderna tentar sempre que esta violência pareça uma loucura momentania, de meia dúzia de pessoas que enganaram o povo alemão. Daí que, quando se fala da II GG, regra geral se fale sempre do exército alemão dizendo os nazis. Mas a verdade é que não foram os nazis que fizeram a guerra, foram os alemães. E tambem não é verdade que as atrocidades tenham sido exclusivas destes.

Os soviéticos por todos os sítios que passaram deixaram tambem um rasto de crueldade. Na Polónia prenderam e mataram 22 mil oficiais do exército e professores universitários. Na Ucrania os judeus foram perseguidos e mortos. Após o fim da Guerra, aprisionaram milhares de alemães e italianos que nunca mais foram vistos.

Mas mesmo os aliados não estão isentos de culpa. Foram muitas as cidades, como Dresden ou Colónia, vítimas dos bombordeamentos tapete. Ou seja, a destruição total de uma cidade, de uma ponta à outra. Estamos a falar de alvos cívis, cuja a única relevância para a guerra é o desencorajar o adversário através da crueldade.

Por isso não vale a pena pensarmos que a crueldade daqueles anos foi fruto de uma loucura momentania de um povo. Não vale a pena convencermo-nos que nunca mais será possível tal bárbarie. Porque depois disso já os comunistas mataram milhões de pessoas. Depois disso já assistimos a novos regimes totalitários tão sanguinários como o Nazi, embora numa escala mais pequena.

A malvadez que se revelou na II GG foi fruto de uma sociedade sem Deus, onde o homem se esqueceu de que existe o bem e o mal. De um tempo onde os homens deixaram de ser irmão em Jesus Cristo e passaram a ser descendentes comuns dos macacos. Animais como os outros, selvagens como os outros.



Io suonavo il violino ad Auschwitz mentre morivano gli altri ebrei,
io suonavo il violino ad Auschwitz mentre uccidevano i fratelli miei,
mentre uccidevano i fratelli miei, mentre uccidevano i fratelli miei...
ci dicevano di suonare, suonare forte e non fermarci mai,
per coprire l’urlo della morte, suonare forte e non fermarci mai,
suonare forte e non fermarci mai, suonare forte e non fermarci mai...
Non è possibile essere come loro,
non è possibile essere come loro...

Nel mondo nuovo che ora abbiamo creato
c’è la miseria, c’è l’odio ed il peccato,
c’è l’odio ed il peccato, c’è l’odio ed il peccato...
Ora siamo tornati ad Auschwitz dove c’è stato fatto tanto male,
ma non è morto il male nel mondo e noi tutti lo possiamo fare
e noi tutti lo possiamo fare e noi tutti lo possiamo fare...

Non è difficile essere come loro
non è difficile essere come loro...

Ora suono il violino al mondo mentre muoiono i nuovi ebrei,
ora suono il violino al mondo mentre uccidono i fratelli miei,
mentre uccidono i fratelli miei, mentre uccidono i fratelli miei...