quarta-feira, julho 29, 2009

Férias.

Parto hoje para férias e, como tudo parece indicar, também este blog.

Primeiro alto Minho. Comer bem, fumar bem, dormir bem e sobretudo, estudar bem porque os exames de Setembro não perdoam.

Depois, féria do C.L. em Vilarinho das Furnas. Momento alto do ano, em que fazemos memória daquilo que encontramos e nos relançamos para o ano que aí vêm, descansados e reconfortados pela Graça que é passar uma semana numa companhia que constantemente nos provoca a encontrar Cristo.

P.S. cada vez mais assumido.

O Partido Socialista convidou para as suas listas à Assembleia da Republica o Professor Miguel Vale de Almeida. Trata-se de um homossexual assumido e um dos líderes dos movimentos que se auto-denominam L.G.B.T.. O Professor Vale de Almeida será assim provavelmente o primeiro maricas assumido a tornar-se deputado em Portugal.

Num momento em que o P.S. já prometeu o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo este convite é mais um sinal do que poderemos esperar dos socialistas na próxima legislatura: mais causas fracturantes, mais politica de morte.

Começa a tornar-se urgente fazer tudo o que for possível para que o P.S. (sozinho ou coligado) não volte a formar governo depois de 11 de Outubro.

P.S.: Coicidência ou não, outro dos convidados para as listas do PS foi João Galamba. Ambos partilham o facto de serem colegas de blog de Fernanda Câncio no Jugular, o blog por excelência da esquerda caviar, anti-católica e supostamente progressista.

Libertas ecclesiae.



Tenho visto desde ontem diversos comentários em blogs e jornais ao apoio dos priores da Baixa-Chiado a Santana Lopes. A maior parte dos opinidores diz que os padres não deviam falar sobre política.

Não consigo perceber porque razão estes defensores da laicidade, que dizem que os padres devem ser tratados como todos os cidadãos, de repente reconhecem aos sacerdotes uma tal importância que já não podem emitir sua opinião num boletim de paróquia.

E este é o problema deste ateísmo moderno, que se acha livre de vexar e gozar com todas as religiões: é que no fundo são o velho anti-clericalismo. No que lhe interessa os padres devem ser tratados como os outros, quando não lhe interessa devem ter tratamento especial.

Estes supostos laicistas enervam-me solenemente. Não percebem o que é a laicidade e nem sequer percebem que antes do Estado se querer separar da Igreja, já a Igreja se tinha querido separar do Estado. Porque quando a Igreja se confunde com o Estado acaba submetida a este. Aquilo que a Igreja quer é liberdade de testemunhar Cristo em todas as circunstâncias.

O que o Iluminismo e a Revolução Francesa trouxeram de novo não foi a laicidade, mas sim o anti-clericalismo. Este laicismo não quer simplesmente a Igreja separada do Estado, quer os católicos fechados em casa ou na sacristia, sem se atreverem a falar publicamente daquilo que nos é mais querido: Cristo.

A laicidade é o Estado sem religião, mas protagonizado por pessoas que podem ser religiosas. Um Estado sem religião mas que reconhece e agradece aquilo que as religiões e muito especialmente a Igreja, fazem pela sociedade. Um Estado sem religião mas que não ignora, no caso da Europa, a sua matriz cristã e a relevância que a Igreja têm na educação, na saúde, na cultura e na caridade. Um Estado sem religião mas onde qualquer religioso pode falar onde quiser sobre o que quiser. Ou seja, um Estado livre, com homens livres.

segunda-feira, julho 27, 2009

Ao Largo


Vale a pena ler o artigo que o Cónego Armando Duarte, prior da Basílica dos Mártires, escreve neste número do boletim Ao Largo onde apoia a candidatura de Pedro Santana Lopes.

Como pastor que é, e em unidade com os restantes priores da Baixa-Chiado, o Cónego Armando faz um juízo sério sobre a obra de Pedro Santana Lopes na Baixa de Lisboa e transmite o seu juízo ao povo cristão daquelas paróquias.

Já li vários comentários que criticam esta tomada de posição dos priores da Baixa. Este é um problema dos nossos dias: os padres podem ter opinião sobre tudo desde que não a digam. Ainda bem que ainda há pastores que se recusam a ser encerrados na sacristia e dizem publicamente aquilo que lhes parece melhor para o seu rebanho.

Gripe A


Há uma semana a Pastoral da Saúde publicou uma nota sobre os cuidados a ter com a Gripe A. A nota, que sublinhava o facto de o seu conteúdo não alterar as regras da liturgia sendo apenas uma recomendação, é um documento neutro que transporta para o campo da liturgia os conselhos que as diversas autoridades do campo da saúde têm transmitido sobre esta nova "pandemia".

O Senhor Patriarca entendeu esclarecer os sacerdotes e o povo de Lisboa, escrevendo uma carta no qual relembrava o aspecto de a nota ser uma mera recomendação e sublinhando dois outros pontos, que a meu ver tornam a carta muito interessante.

O primeiro foi o do rigor e da qualidade da liturgia. Explica o Senhor Patriarca que se nas celebrações a liturgia for observada com rigor, não há de facto risco de contágio, pois não há grande contacto físico. Ou seja, o nosso Bispo não dá como adquirido que o abraço da paz tenha que ser um circo com beijinho para a direita, para a esquerda, para a frente e para trás. Em vez de recomendar uma medida extraordinária, limita-se a recordar o modo como deve ser vivida a liturgia. Ou seja, educa.

O segundo ponto foi o esclarecer que só o bispo, a Conferência Episcopal e a Santa Sé têm o poder de alterar a liturgia. Ou seja, relembra que as liturgias "alternativas", que não sigam as indicações da hierarquia, vão contra a unidade com o bispo e com a Igreja.

Ao contrário dos que os media deram a entender, não há nenhuma "guerra" entre o Patriarca e a Pastoral da Saúde. Cada um cumpriu o seu dever: a Pastoral da Saúde aconselha, o bispo educa.

SEMPER FIDELIS!

segunda-feira, julho 20, 2009

Atentado em Espanha

Acabei de ler que no Domingo dia 12 tentaram incendiar uma Igreja em Espanha. No fim da missa da celebração, ao sentirem um forte odor a gasolina o prior e alguns paroquianos foram investigar e descobriram várias garrafas com gasolina e um rastilho que não funcionou. Na Igreja estavam cerca de 500 pessoas.

Antes demais, é escandaloso o silêncio dos media sobre este assunto. Não estamos a falar de um atentado num país bárbaro distante, mas numa tentativa de incendiar um Igreja com pessoas lá dentro no país ao nosso lado.

Para além disso, mais uma vez se prova que os tempos estão perigosos para os cristãos. O ódio ateu aos católicos anuncia uma nova perseguição. Até agora tinham-se limitado aos ataques políticos, na educação e na cultura. Parecem estar dispostos a passar aos actos.

Mas não é nada que não estejamos habituados. A Igreja nasceu da cruz e foi construída sobre o sangue dos mártires. O sangue deles é frumento de Cristo.

Quando o estatalismo chega ao futebol.




Já tinha ouvido falar várias vezes da separação entre a Igreja e o Estado. Mas confesso que é a primeira vez que oiço falar da separação entre o Desporto e a Igreja. Contudo, parece que a FIFA se prepara para proibir qualquer demonstração religiosa durante os jogos de futebol.

Tudo porque, segundo Jospeph Blater, presidente da FIFA, a oração que a selecção do Brasil fez em campo depois de ganhar a Taça das Confederações demorou demasiado tempo.

Confesso que ainda estou a tentar perceber como é que a FIFA se arroga o poder de limitar a liberdade religiosa e a liberdade de expressão de cada um. Sei que nos últimos anos, em favor do politicamente correcto, as federações nacionais e internacionais de futebol tem criado cada vez mais regulamentos para tornar o desporto rei num desporto "modelo". Contudo isto parece-me o cúmulo.

P.S.: Na noticia salva-se o Special One, que respondeu, quando o acusaram de superstição por beijar a cruz, "Não sou supersticioso, mas católico".

domingo, julho 19, 2009

Il Testamento del Capitano - Coro Valtanaro Sezione Alessandria



Il capitan de la compagnia
e l'è ferito sta per morir
e manda a dire ai suoi Alpini
perché lo vengano a ritrovar.

I suoi alpini ghe manda a dire
che non han scarpe per camminar.
"O con le scarpe, o senza scarpe
i miei Alpini li voglio qua".

Cosa comanda siòr Capitano
che noi adesso semo arriva'.
"E io comando che il mio corpo
in cinque pezzi sia taglia'"!

Il primo pezzo alla mia patria,
il secondo pezzo al battaglion,
il terzo pezzo alla mia mamma
che si ricordi del suo figliol.

Il quarto pezzo alla mia bella
che si ricordi del suo primo amor.
Il ultimo pezzo alle montagne
ché lo fioriscano di rose e fior.

LUNTANE CHIU' LUNTANE - Corale Tommaso Coccione




Luntane, cchiù luntane
Popular abrucesa, Itália

Pe cantà sta chiarità ncore me sente tremà!
Tutte stu ciele stellate, tutte stu mare che me fa sugnà.
Ma pe’tte sole, pe’tte esce dall’anima me,
mezz’a stu ciele, stu mare, nu cantemente che nze po tené.

Luntane, cchiù luntane de li luntane stelle,
luce la luce cchiù belle
che me fa ncore cantà. (bis)

Marinà s’ha da vugà tra tutta sta chiarità,
cante la vele a lu vente, nu cante granne che luntane và:
tu la si ddove vo’ i’ st’aneme pe’ nè murì.
Bella paranze. Luntane ‘nghe sti suspire tu i’ da menì.


Para poder cantar esta claridade sinto que o meu coração estremece! Todo este céu estrelado, todo este mar que me faz sonhar... Mas por ti, só por ti, brota da minh’alma, no meio deste céu, deste mar, um canto que não posso conter. Lá longe, mais longe que as longínquas estrelas, brilha a luz mais bela que me faz o coração cantar. Marinheiro, se tens de vogar por entre toda esta claridade, canta com as velas ao vento, uma linda canção que vá para muito longe: tu sabes aonde quer ir esta alma para não morrer. Longe com estes suspiros tu tens que vir.

sábado, julho 18, 2009

The Fields of Athenry - Dubliners



By a lonely prison wall,
I heard a young girl calling:
"Michael, they have taken you away,
For you stole Trevelyan's corn,
So the young might see the morn.
Now a prison ship lies waiting in the bay."

(Chorus)

Low lie the fields of Athenry
Where once we watched the small free birds fly
Our love was on the wing
We had dreams and songs to sing
It's so lonely round the fields of Athenry.

By a lonely prison wall,
I heard a young man calling
"Nothing matters, Mary, when you're free
Against the famine and the crown,
I rebelled, they cut me down.
Now you must raise our child with dignity."

Chorus


By a lonely harbour wall,
She watched the last star falling
As the prison ship sailed out against the sky
For she lived to hope and pray
For her love in Botany Bay
It's so lonely round the fields of Athenry


Pete St John

Homens que dormem como homens não podem dar sangue.

Ainda por aí um escândalo porque os homens homossexuais não podem dar sangue. Um pouco por toda a blogoesfera ouvem-se pessoas que nos explicam que o que é importante é identificar os comportamentos de risco, não as preferências sexuais.

Antes de mais, percebe-se que estes senhores nunca deram sangue, se não saberiam que tinham sido enganados. Aliás, as únicas vezes que me perguntaram se eu tinha tido relações com um homem nos últimos seis meses foi antes de dar sangue. Também me perguntaram se tinha tido mais do que uma parceira sexual nos últimos seis meses (eu pensei em explicar que não tinha tido sequer uma em toda a vida, quanto mais duas ou três nos últimos meses!), se tinha tido hepatite ou se tinha asma. Também me mediram os glóbulos vermelhos e mais umas quantas coisas. Ou seja, tentaram correr o mínimo possível de riscos ao colher o meu sangue, perguntando se eu tinha tido algum comportamento de risco. Nunca me perguntaram se eu gostava de homens ou de mulheres.

A segunda coisa que me choca é o modo como o politicamente correcto se impôs. Como é evidente ter comportamento homossexuais entre homens é um comportamento de risco porque, dado que dois homens não podem engravidar, só mesmo o medo das doenças venéreas os pode levar a usar preservativo. Basta que confiem um pouco mais um no outro para não o fazerem. Ora, logo aqui temos um comportamento de risco. Tal como um homem que em seis meses tem mais do que uma parceira sexual é normal que tenha um vida sexual menos responsável. Não são dados absolutos, como é evidente. Contudo é um questionário geral, feito para diminuir riscos.

A última questão é que eu continuo sem perceber o que é um homossexual ou, já agora, um heterossexual e ainda menos um bissexual. Existem pessoas, algumas das quais tem comportamento homossexuais. Não me parece que aquilo que as pessoas fazem na cama ou as confusões que tenham na sua cabeça sejam definidoras da sua personalidade. Como diria um amigo meu, a orientação sexual é como o equador, um linha imaginária.

quinta-feira, julho 16, 2009

As Fontes - Sophia de Mello Breyner Andersen

Um dia quebrarei todas as pontes
Que ligam o meu ser, vivo e total
À agitação do mundo irreal

E calma subirei até às fontes.
Irei até às fontes onde mora
A plenitude, o límpido esplendor

Que me foi prometido em cada hora
E na face incompleta do amor.
Irei beber a luz e o amanhecer

Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um voo me atravessa
E nela cumprirei todo o meu ser.


Em jeito de recordação do aniversário da morte de Sophia de Mello Breyner

Liberdades.

Alberto João Jardim causou muito escândalo ao propor que na próxima revisão constitucional se proibisse também, para além dos partidos nazis e de índole racistas, os partidos comunistas. Claro que a parte em que Alberto João Jardim explicou que se tratava simplesmente de ser coerente com a Constituição foi ignorada e logo começaram as críticas de autoritarismo e falta de espírito democrático.

Eu não concordo com Alberto João Jardim. Claro que acho que se a constituição proíbe partidos que vão contra o Estado de Direito então também deve proibir claramente os partidos Estalinistas. Basta um consulta rápido à wikipédia para ver que os mortos nos regimes comunistas ascenderam aos 80 milhões (sendo que provavelmente serão muito mais, mas como é evidente os dados disponíveis não são muitos nem claros).

Para além disso o PCP só retirou do seu programa político a revolução do proletariado bastante depois do 25 de Abril. O PCP na sua génese é um partido que é contra a democracia. O comunismo aliás é, ideologicamente, contra a democracia. O PCP lutou contra o Estado Novo para impor uma ditadura comunista, não foi pela democracia. Sobre este assunto vale a pena ler o livro de Zita Seabra.

Contudo, eu acho que a liberdade de pensamento, de associação e de expressão são mais importantes que o potencial perigo que estes partido representam. A Democracia não se impõem pela Constituição, mas sim pela sua capacidade de ser um sistema melhor que os outros.

Tornar inconstitucional os partidos anti-democráticos é passar à democracia um atestado de incapacidade. É de certo modo dizer que os limites da vontade popular não é apenas o direito natural, mas também aquilo que possa ameaçar a democracia como sistema abstracto.

Por isso não concordo que se declare inconstitucional os partidos comunistas. Mas acho que se devia revogar a norma constitucional que proíbe os partidos nazis e racistas.



P.S.: Acabei de AAJ a dizer que o ideal seria não proibir nenhum partido pela sua ideologia, mas que propôs tornar inconstitucional os partido de ideologia comunista para provocar reacções.

quarta-feira, julho 15, 2009

CLU 2008/2009





Para mais informações sobre os Universitários de Comunhão e Libertação é só enviar um mail para clu.portugal@gmail.com.

"A única alegria da vida é começar".

Pensado em várias das coisas que tenho visto nos últimos dias (desde a apresentação de Cristiano Ronaldo até às cenas de cama que aparecem na televisão portuguesa sempre que se faz zapping a horas dos Morangos com Açúcar) percebo que o grande problemas do nosso tempo é que o homem é cada vez menos humano.

Esta loucura à volta dos ídolos modernos, a busca desenfreada de prazer, a obsessão com a forma física, a insistência na destruição da vida e da família através do aborto, do divórcio fácil e da eutanásia, todos estes problemas têm de facto origem no mesmo problema: o não termos consciência daquilo para que fomos criados.

Por isso procuramos preencher o vazio em que a vida se transforma com sensações agradáveis ou com sonhos que nos impeçam de viver. Por isso tememos a dor, a doença, todo e qualquer sofrimento.

É comum ouvir as pessoas mais velhas dizerem que antigamente se vivia melhor. Que havia mais pobreza e menos crime, menos comida mas mais caridade. E este pensamento regra geral leva a frases como "é preciso é alguém que ponha a malandragem na ordem". A mim parece-me que o problema é mais fundo. A diferença não é tanto hoje não haver autoridade, mas sim as pessoas já não saberem que, pelo menos no dia do juízo, terão que responder diante de Cristo.

Porque se de facto a promessa de Cristo começa a ser cumprida cada dia, a verdade é que só será plenamente cumprida no outro mundo. E antigamente tinha-se pelo menos consciência deste facto.

Mas como hoje em dia mais do que odiado, Cristo é simplesmente posto de lado, é preciso preencher o vazio com outra coisa qualquer. A grande tragédia é que é impossível preencher este abismo em que a vida se trasnforma quando vivemos como mais um animal, em vez de como homens.

Conforta-me o facto de Cristo não desistir de se revelar à humanidade, não desistir de se revelar a mim, todos os dias, em todas as circunstâncias. Por isso é que, como dizia Pavese, "a única alegria da vida é começar. Porque viver é começar de novo, a cada dia, em cada instante".

terça-feira, julho 14, 2009

Lisboa com Sentido!

Na semana passada participei num encontro com o Dr. Pedro Santana Lopes. Gostei bastante da conversa e fiquei mais convencido ainda que o PSL é, não só um bom candidato para Lisboa, como um bom político.

Aquilo que me impressionou no encontro com o candidato à CML não foi tanto o seu projecto político (embora me pareça ser bom) mas sobretudo a sua posição diante da política. Percebia-se que tinha se candidata talvez não por, mas pelo menos com um grande amor a Lisboa.

Ou seja, um homem que se move por um ideal, não por um esquema político. Num homem assim vale a pena votar.

sábado, julho 11, 2009

Cristodrinks??

"À imagem do que acontece em todas as «Cristotecas», a que se vai realizar no próximo dia 18 de Julho, em Fátima, começará com a missa, às 20h00. A pista de dança, que abrirá uma hora mais tarde, será servida por «Cristodrinks», bebidas sem álcool." in http://www.agencia.ecclesia.pt/

Independentemente dos méritos de tal iniciativa, servir bebidas sem álcool é ignorar dois mil anos de história cristã. É algo muito habitual nos puritanos, mas completamente estranho aos católicos.

domingo, julho 05, 2009

A Banda - Chico Buarque



Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela

A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...

Dia de Passeio - Rio Grande



Pinta os lábios de vermelho
Passa meia hora ao espelho
Mostra-me do que és capaz
Hoje é dia de passeio
E enquanto eu me barbeio
Passa o pente no rapaz

A cidade é tão bonita
Quando vamos de visita
À saída da portagem
E mais tarde pela 'linha'
Bebe-se a brisa marinha
E aprecia-se a paisagem

Quando acaba o casario
Onde não chega o Bugio
Vem a Boca-do-Inferno
O mar em contestação
Se isto é assim no Verão
O que fará no Inverno

Mandei vir o que pedias
Isto um dia são dias
Na esplanada das muralhas
Para nós são limonadas
O rapaz pediu queijadas
- Cuidado com as migalhas!

O Sol já se quer deitar
Está na hora de abalar
Arrepia-me esta aragem
Fui onde Deus pôs a mão
Volto à minha condição
De regresso à outra margem

Baile da Biblioteca - Cabeças no Ar



Sou o vosso professor
E sei de um baile de gala
Que se dá todas as noites
Nas estantes da tua sala

Olha Ulisses o Argonauta
A dançar com o mar à proa
Aquele é o senhor Fernando
A dançar com a sua Pessoa

Olha o mestre Gil Vicente
Entre a raínha e o bobo
E aquele à frente é o Aleixo
É o poeta do povo

É o baile, é o baile, é o baile
É o baile, é o baile, é o baile
É o baile, é o baile, é o baile, é o baile
Da biblioteca

Sai o Zorro de rompante
Numa lombada de couro
A declarar ser migrante
Para a ilha do tesouro

Ao piano o Conde d'Abranhos
Não dá sinais de abrandar
É preciso o sol nascer
Para o baile acabar

Como se anda Dom Quixote
Largando da mão a lança
Vamos dormir criaturas
Que amanhã também se dança

É o baile, é o baile, é o baile
É o baile, é o baile, é o baile
É o baile, é o baile, é o baile, é o baile
Da biblioteca

sexta-feira, julho 03, 2009

"Oh Brave New World"

Foi hoje aprovado um projecto-lei do Partido Socialista que reforça os direitos do sobrevivo de uma união de facto em relação ao bens do que morreu. Ou seja, deu-se mais um passo na equiparação das uniões de facto ao casamento.

Em quatro anos o P. S. conseguiu aprovar uma lei que liberalizava o aborto. Criar um lei sobre a Procriação Artificial, que permite utilizar embriões para experiências. Fazer um lei do divórcio que esvazia o casamento dos seus deveres conjugais e até parentais. Reforçou a lei da educação sexual tornando-a obrigatória e prevendo a distribuição de preservativos na escola. Tenciona na próxima legislatura dar forma legal a essa inexistência jurídica que é o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

De facto o P.S. têm uma fixação: acabar com a família. Ainda vamos a tempo de os parar.

Cornudos

Ontem andou o país muito alvoraçado porque um ministro fez uns corninhos a um deputado. Tal foi o escândalo que o senhor ministro acabou por se demitir.

Ora, como é que após quatro anos deste governo se pede a demissão de um ministro por algo tão insignificante?

Temos um primeiro ministro que acabou a licenciatura num domingo, que assinou projectos de arquitectura que não fez, que aprovou uma grande obra privada quando o governo estava demissionário, que aprovou uma lei anti-tabaco para depois a violar, que diz que há assuntos sobre os quais não têm que prestar contas à A.R., que constantemente insulta os deputados e adversários políticos, que ameaçou jornalistas e directores de meios de comunicação, e depois demite-se um ministro por um insulto sem graça?

Este governo prometeu que nunca faria um aeroporto em Alcochete, depois afinal faz lá porque é mais barato, mas gasta a diferença a criar infra-estruturas desnecessárias na Ota. Este governo elegeu como prioridade o TGV e afinal este foi adiado. Anunciou a avaliação dos professores como ponto de honra e depois suspendeu-a. Contratou uma empresa privada para distribuir computadores as crianças, por ajuste directo, para depois essa empresa não pagar o que deve ao fisco. E depois demite-se um ministro porque perdeu a cabeça?

Um ministro que já tinha dito que valia a pena investir em Portugal porque a mão de obra era barata, que já anunciou duas vezes o fim da crise, que insultou um candidato ao PE e só agora é demitido?

Eu não sou adepto das teorias da conspiração, mas quase aposto que o primeiro-ministro rejubilou quando viu o ministro Manuel Pinho a fazer aquele disparate. É que finalmente pode ver-se livre dele, que era um clarissimo risco em tempo eleitoral, sem ter que arranjar um explicação manhosa.

quinta-feira, julho 02, 2009

Viverás para sempre,.

Cada vez que morre um ídolo moderno ouvimos dizer vezes sem conta que é "eterno" porque nunca será esquecido.

Ao ouvir este género de disparates lembro-me sempre destes versos de Álvaro de Campos: "Dos Lloyd George da Babilónia/ Não reza a história nada. / Dos Briands da Assíria ou do Egipto, / Dos Trotskys de qualquer colónia / Grega ou romana já passada, / O nome é morto, inda que escrito."

A memória humana não é eterna. A única Eternidade é aquela que viveremos junto de Deus Pai.