segunda-feira, dezembro 24, 2007

Natal




Há dois mil anos, numa terriola de um território limitrofe do Império Romano, num curral aquecido apenas pelos animais, Deus fez-se homem. E fê-Lo por uma única razão: para vir ao nosso encontro, para vir ao meu encontro.

O amor de Deus por nós é tal que ele não nos pede nada. Antes do nosso esforço, antes da nossa coerência, antes de tudo, Ele vêm ao nosso encontro. Tudo o resto nasce daí.

O menino de Belém, Deus feito homem, é a resposta ao desejo do meu coração. Para o encontrar não preciso de fazer nada, ele vem ao meu encontro, a iniciativa é d'Ele, não minha. A mim só me resta perguntar como João e André: "rabi, onde moras?", ou seja, Senhor onde te posso encontrar?

Por isso o Natal não é a festa da familia, ou da paz, ou do amor. O Natal não é um sentimento meu, modelado por mim, feita à minha medida, mas um facto concreto que me ultrapassa completamente: "Hoje em Belém de Judá nasceu para nós um Salvador, que é o Messias Senhor". A familia, a paz, o amor são frutos de Deus, que é verdadeiramente Pai, verdadeiramente Paz, verdadeiramente Amor.

Por isso é possível que cada um viva o Natal, porque não depende de nós. Não tem nada a ver com coerência pessoal, com virtudes heroicas ou com oraçães constantes. O Natal é para todos e cada um de nós porque Deus veio à terra para salvar todos e cada um de nós.

Um Santo Natal!

Milagre de Natal



No mesmo dia em que o Presidente francês ataca o laicismo francês o ex-primeiro ministro inglês Tony Blair assume publicamente a sua conversão.

Se Deus se fez homem realemente nada mais é impossivel!

sábado, dezembro 22, 2007

Manifesto de Natal 2007

Sarko

"A laicidade não deveria ser a negação do passado. Não tem o poder de tirar a França de suas raízes cristãs. Tentou fazê-lo. Não deveria."

Ontem o presidente Nicholas Sarkozy fez um grande discurso em São João de Latrão sobre a laicidade.

É essencial para a Europa que os seus lideres não se esqueçam das verdadeiras raízes deste continente. A Europa, enquanto continente político que é, foi inventada pelo cristianismo.

Toda a história e cultura da Europa está marcada pela presença da Igreja e dos seus homens. Até à contra-reforma o povo europeu confundia-se com o povo cristão, não havia distinção.

É um bom sinal que o presidente do país que é considerado o baluarte do laicismo anti-clerical, relembrar o tempo em que a França era o maior país da cristandade.

(mais informações em www.zenit.org. Para ouvir o discrurso complete clique aqui)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Chapada de luva branca.

Está hoja na moda pensar-se que o ecumenismo se baseia na negação das verdades religiosas, ou pelos, no seu escondimentos. Isto acontece mesmo em alguns meios cristão, não apenas na socidade agnóstica bem pensante.

Como resposta a este ecumenismo hipócrita, chega a notícia de que várias associações religiosas não cristãs inglesas se uniram contra a desvalorização do Natal pelo Estado de modo a não ofender as outra religiões.
Este é o verdadeiro ecumenismo, daqueles que realmente buscam a Verdade e não apenas um compromisso de não agressão.

Maçonaria - Revista Cruzada. Fevereiro 2006

O que é a Maçonaria? Qual a sua implementação em Portugal?

Resposta: 1. Em 1717 o pastor protestante inglês James Anderson fundou em Londres uma sociedade que, para melhor conservar o seu carácter secreto adoptou o nome e os sinais da corporação medieval dos pedreiros livres. Por isso chamou-se Maçonaria ou Franco-Maçonaria e os seus membros mações. Até há pouco, a Maçonaria era só para o sexo masculino. Actualmente incluem também mulheres.

Os locais de reunião chamam-se lojas. O esquadro, o compasso, o nível, o triângulo, o avental e os três pontinhos são sinais convencionais.

Desde o princípio, a Maçonaria dividiu-se em duas tendências:
Maçonaria regular ou inglesa, em que predominou o carácter de neutralidade religiosa.
Maçonaria irregular ou rito escocês, que se propagou sobretudo nas nações latinas (França, Itália, Espanha, Portugal), que é anticlerical.

A Maçonaria, que está estendida por todo o mundo, domina ou tem grande influência nos meios de comunicação social: imprensa, cinema, rádio e televisão e nas agências noticiosas. Empenha-se em influir no ensino, desde a escola primária até à Universidade.

Dentro da Maçonaria há 33 graus. Até ao 16 não são grandes as exigências. Daí para cima, sobretudo nos graus de Mestre e Grão-Mestre, os compromissos são cada vez maiores, até negar ou desprezar de maneira explícita Cristo e a Igreja.em 1919, contou o rei Afonso XIII ao Padre Mateo:

«Neste mesmo salão tive que receber uma delegação da maçonaria internacional, cerca de doze homens. Falaram comigo durante uma hora e fizeram-me as seguintes propostas:
a) que me inscrevesse na Maçonaria;
b) que decretasse que a Espanha não era um estado católico, mas laico;
c) que legalizasse o divórcio;
d) que suprimisse o ensino religioso nas escolas.
Se eu aceitasse estas condições, prometeram-me que poderia conservar o trono… não duvidei um instante e respondi:
- Nunca farei tal coisa! Sou crente! Sou católico!
Eles insistiram. Ao despedir-se, disse-me um daqueles homens:
- Que pena! Acaba Vossa Majestade de assinar o seu fim, como Rei de Espanha, e aceitar o seu desterro.
- Prefiro morrer desterrado – respondi – do que conservar o trono à custa de uma traição».
A maçonaria cumpriu a sua promessa: caluniou e atacou o rei até conseguir, onze anos mais tarde, a proclamação da República. A 15 de Abril de 1930 partia Afonso XIII para o desterro, como o tinham ameaçado.

E, Abril de 1919, o imperador Carlos da Áustria, exilado na Suíça, foi três vezes abordado pela Maçonaria que lhe prometeu a restituição do reino com a condição de aceitar os compromissos que ela lhe impunha. Retorquiu com dignidade o imperador: «Como príncipe católico, não tenho sequer resposta a dar».
Prevendo as consequências desta corajosa atitude, disse:
«Daqui para diante tudo me vai correr mal». Realmente, desde então, a sua vida foi um rosário de desgraças até à morte a 1 de Abril de 1922, na ilha da Madeira, onde o seu corpo se conserva incorrupto. Foi beatificado por João Paulo II a 3 de Outubro de 2004.

À maçonaria se atribui o bárbaro assassinato em 6 de Agosto de 1875 do cristianíssimo Presidente da República do Equador, Gabriel Garcia Moreno.


2. A Maçonaria em Portugal.

Com as tropas francesas e inglesas no tempo das invasões, depressa a Maçonaria se propagou por Portugal. Mas já em 1733, a Maçonaria se tinha introduzido em Portugal com duas lojas em Lisboa.

A começar pelo rei D. Pedro IV, eram mações quase todos os políticos liberais tais como os duques de Saldanha e de Loulé e os Condes de Tomar, Antas, Peniche, Lumiares e Parati, Gomes Freire de Andrade, Rodrigues Sampaio, Anselmo Brancamp, José Luciano de Castro, Elias Garcia, Sebastião Magalhães Lima, Silva Passos, Lobo de Ávila, António Enes, Cândido Reis;
Cientistas como Egas Moniz e Gago Coutinho;
Artistas como Rafael Bordalo Pinheiro.

A Maçonaria encarregou-se de exaltar estes seus filiados dedicando-lhes ruas e homenagens.
Referindo-se ao século passado, escreve Fortunato de Almeida:
«O desenvolvimento da Maçonaria em Portugal em todo o seu decurso do século XIX foi enorme, a ponto de estender a sua influência às mais modestas terras de Província. Encontrando-se quase sempre representadas no governo, quando não inteiramente senhores dele, os mações alcançaram todos os favores, imediatamente ou mediatamente, desde as leis opressivas da Igreja até à impunidade para os seus crimes e desordens».

Mações eram os dois criminosos Buiça e Costa, que a 1 de Fevereiro de 1908 mataram o rei D. Carlos e o príncipe D. Luís Filipe. A 14-12-1919 foi a vez do Presidente Sidónio Pais, cuja morte tinha sido decretada no grande Oriente maçónico de Paris.

Escreve o mação Machado Santos, o chamado fundador da República: «É a Maçonaria a grande mãe das revoluções. A obra da Revolução Portuguesa, também à Maçonaria se deve única e exclusivamente» (“A Revolução Portuguesa”, pág. 24).

Desde 1910 até 1926, a política portuguesa esteve nas mãos da Maçonaria, com Bernardino Machado, António José de Almeida, Afonso Costa, Brito Camacho, José de Castro, Magalhães de Lima, Norton de Matos, Egas Moniz.

A perseguição e a luta contra Fátima foram obra desta seita.

Em 1926 havia em Portugal 3153 mações, isto é, um por cada 2000 habitantes, agrupados em 115 lojas e triângulos.

A 21 de Maio de 1935, no governo de Salazar, a Maçonaria foi proibida pela Assembleia Nacional, apesar dos esforços em contrário de Norton de Matos.

A Maçonaria passou então a trabalhar na clandestinidade e o seu magnífico palácio tornou-se a sede do Comando da Legião Portuguesa.

Todos os funcionários públicos e os estudantes com mais de 16 anos estavam obrigados a comprometer-se a não pertencer à Maçonaria. Mas quantos mações fizeram a sério o juramento!

Logo após o 25 de Abril de 1974, o Decreto-Lei nº 594 abrogou a proibição da Maçonaria, que voltou a instalar-se no seu antigo Palácio e foi-lhe dada uma indemnização de 2500 contos, o que equivaleria agora a mais de 25 mil contos. A seita voltou a ter grande influência com boa parte dos políticos e ministros.

Para a chefia da Maçonaria havia duas listas: a primeira encabeçada por Raul Rego e Daniel Gomes de Pinho; a segunda, que foi eleita, tinha como chefes o Comandante da Marinha, Almeida Coimbra para Grão-Mestre, e o professor Oliveira Marques para Grão-Mestre adjunto.

3. A Maçonaria e a Igreja

A Maçonaria, sobretudo a de inspiração francesa, é profundamente anticlerical, laica e inimiga da Igreja e de todo o sobrenatural. Sob o pretexto de defender os interesses da humanidade e de fundar uma Sociedade igualitária e livre de preconceitos, encobre os seus intentos de atacar a Igreja e os governos cristãos.

«A Maçonaria foi sempre uma organização secreta anticatólica: foi-o desde o princípio e continua a sê-lo hoje. A única coisa que variou foram os métodos de actuação. Antigamente atacava frontalmente a Igreja Católica, crendo que tinha força suficiente para a derrubar e destruir. Convencida de que os seus ataques não produziam outro efeito senão fortalecê-la, mudou de táctica: organizou-se de maneira extraordinária com os métodos mais modernos e sofisticados. Encobriu de maneira radical a sua verdadeira face: não ataca directamente a Igreja; procura corrompê-la com a imoralidade, a mentira, o confusionismo» (Reino de Cristo, Madrid, Setembro de 1983).

Em 1877, bem informado da força da Maçonaria em Portugal, pôde dizer o Papa Pio IX à Peregrinação Portuguesa que foi a Roma: «Tendes um poderoso e terrível inimigo – é a impetuosa Maçonaria que quer destruir em vós os vestígios do Catolicismo». (Fortunato de Almeida, “História da Igreja em Portugal”).

A 24 de Abril de 1738, o Papa Clemente XIII promulgou contra a Maçonaria a primeira excomunhão, que os Papas Pio VII, Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI, Pio IX e Leão XIII renovaram e corroboraram. A 20 de Abril de 1884, publicou Leão XIII a Encíclica «Humanum Genus», contra a Maçonaria. Eis uma passagem bem expressiva: «Esta seita é uma associação tão criminosa e tão funesta ao cristianismo, como à sociedade civil. Servindo-se da astúcia e da audácia, a maçonaria invadiu todas as escalar da hierarquia social e começa a imperar como soberana nos estados modernos… não teme sequer condenar à morte aqueles que tiverem divulgado os seus segredos ou resistido às ordens recebidas».

Até ao dia 27 de Novembro de 1983 ficava excomungado todo aquele que se inscrevesse na Maçonaria que combate a Igreja e a Religião (Cânone 2.335).

Pelo novo Código de Direito Canónico foi ab-rogada esta condenação mas, na véspera da sua entrada em vigor, isto é, a 26 de Novembro de 1986, com a aprovação do Santo Padre João Paulo II, publicou a Congregação para a Doutrina da Fé uma declaração na qual afirma: «Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isso, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão».

Quer dizer: os mações ou deixam a maçonaria ou não podem receber os sacramentos, especialmente a Sagrada Comunhão.


Revista “Cruzada”,
Fevereiro 2006

quarta-feira, dezembro 12, 2007

99 Anos




«Os cientistas não resistem e amanhã fazem o homem artificial. Mas a mulher é fundamental. Eu adoro a Vênus de Milo, que representa a mulher mas não tem nada o lado provocativo ou sensual, nada disso. É uma mulher no sentido profundo e verdadeiro. O que sobressai mais é o ventre, os seios são lindíssimos, são dois limões cortados ao meio mas não provocantes, nem a cara, que é muito sóbria, muito recta. É uma cara de mulher, mas também é a cara da mãe e o ventre é que gera a humanidade. A Agustina Bessa-Luís dizia uma coisa bonita: “Deus nasceu do ventre da mulher”.» by Manoel de Oliveira

Haveria coisa mais profundas e mais interessantes para dizer sobre os 99 anos do Manoel de Oliveira, mas em tempo de Advento, esta pareceu-me a melhor.

"Mártires espanhóis na raiz de grandes realidades eclesiais"

Entre muitas outras, Opus Dei, Cursos de Cristandade e Caminho NeoCatecumenal, aí presentes em todo o mundo, com dinâmica própria e forte incidência no interior da Igreja e da sociedade, a tornar presente a afirmação das primeiras perseguições: “ sangue de mártires semente de novos cristãos”.
Em 28 de Outubro foram beatificados em Roma, 498 dos cerca de dez mil mártires da guerra civil espanhola, nos anos trinta, que deram a vida por não renunciarem à fé católica e adesão à Igreja.

Entre eles há bispos, sacerdotes diocesanos e religiosos, religiosas, diáconos e sub-diáconos, seminaristas e leigos, mortos, não por acções bélicas nem intervenções politicas, mas exclusivamente por motivos religiosos.

Não eram contra nada nem contra ninguém, na maioria, economicamente tão pobres, como aqueles que por ódio os assassinavam. Num dos meses chegou à média de 60 mortos por dia, e até num talho o letreiro, “vende-se carne de cura (padre)”.
Muitos destes continuam ignorados pelos homens, não terão processo de beatificação, mas bem conhecidos por Deus, a tal santidade anónima, e porque selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus Cristo.

Houve uma certa preparação espiritual para o que se previa.
Enquanto intenso tiroteio se desenvolvia nas imediações do convento, “rezávamos reunidos à volta do sacrário, não por medo, mas para que o Senhor dispussesse de nós como entendesse”.

Numa reunião de preparação para a ordenação sacerdotal, o então Arcebispo de Madrid, lembrava a possibilidade de, dentro de meses, alguns serem martirizados e precisava saber se, livremente, estavam dispostos a isso, ao que todos responderam afirmativamente.

Também esta violentissima perseguição foi preparada com antecedência, com propaganda anti-religiosa e anti-católica, apresentando o clero e religiosos, como parasitas da sociedade e travão para o verdadeiro progresso, com a passividade e inoperância dos que, no mínimo, deviam garantir a liberdade e vida dos cidadãos.
Numa declaração dizia Pio XI, “a Igreja vive hoje momentos tão heróicos como os dos primeiros séculos, no México, na Rússia, e agora em Espanha em proporções muito maiores, está de novo aberto o grande livro do Martirológio”.

Ao número de assassinatos, juntava-se a crueldade com que eram realizados por pessoas incultas, de reacções primárias e apaixonadamente extremistas, a Religião tinha de ser destruida radicalmente, para que surja o “homem novo, agnóstico, ateu e feliz”.

Os mártires morriam por coerência com a fé e por defenderem o que, em sua consciência, era fundamental e inviolável. Uma única apostasia, tornaria felizes os assassinos, mas no momento da agonia, todos perdoavam aos seus verdugos.
Exemplo e impulso para o nosso catolicismo burguês, medíocre e acizentado, de hoje, e também advertência para anti-clericalismos incipientes, por parte de forças ocultas, sempre presentes em circunstâncias destas.

Big ASAE is watching you...

Desde que começou a grande purga da ASAE que este organismo me começou a irritar. Eu até percebo que se tenha que garantir um respeito pela legalidade no que toca a venda de roupa de "marca" nas feiras, até acho positivo que os restaurantes deixem de ter a liberdade total para vigarizarem e envenenarem os seus clientes, contudo tudo tem os seus limites.

Mas esta irritação por este organismo moralista, que têm como missão suprema garantir que nem mais um peixe congelado duas vezes chegue aos pratos do portugueses, começa a transformar-se em medo.

De repente a ASAE ganhou um poder tal que começa a revistar os CDS e as roupas dos condutores em operações STOP, à procura de violações dos direitos de autor. As festas populares passaram a ter que ter um chão asséptico e os donos das tascas deixaram de poder produzir ginginha em casa.

A pergunta que me surge é: qual é o limite? Até que ponto a segurança alimentar e económica pode ir contra a liberdade de cada a não ser revistado?Até que ponto pode ir contra as tradições e a cultura de um povo?

Há um limite entre o que é higiene e o que é mera paranóia. Uma bifana grelhada sobre carvão numa lata de gasóleo cortada ao meio não será a coisa mais saudável do mundo, mas não é uma ofensa à segurança alimentar.

A ASAE tem vindo lentamente a tranformar-se num Big Brother, que olha constantemente sobre os hábitos económicos a alimentares dos portugueses. Já ultrapassou a fase de ser ridiculo, começou a ser perigoso...

Site dos Universitários

Está a disponível na coluna dos links o novíssimo site do CLU. Estão lá disponíveis informações sobre todos os gesto dos Universitários de Comunhão e Libertação, assim como fotografias, filmes e juízos do CLU.

Aproveito para agradecer ao Bernardo Eça pelo magnífico trabalho.

domingo, dezembro 09, 2007

"Avé, Cheia de Graça





"Na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, celebramos o mistério da salvação, tocamos na verdade profunda do desígnio amoroso de Deus acerca do homem, que criou à Sua Imagem e continua a recriar pela graça da salvação. Maria, a cheia de graça, é a perfeição da criatura desejada por Deus, e que é obra de Deus. Graça é dom e poder criador. À graça da criação, toldada pela desobediência do homem, segue-se a graça da redenção, que restitui à criatura a beleza desejada por Deus, tornando-a capaz de louvor e de intimidade amorosa com a Santíssima Trindade. A redenção é graça, pois significou, por parte de Deus que quer salvar o seu desígnio, uma intervenção radical: a encarnação do próprio Verbo eterno de Deus “por Quem todas as coisas tinham sido criadas” (cf. Col. 1,16). E que esse seu desígnio se mantém inalterado, porque tornado possível em Cristo, é claro para o Apóstolo Paulo: “N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença” (Ef. 1,4).

Graça é dom e acção de Deus, que supõe luta contra o mal e triunfo de Deus sobre o demónio, que surge com o “anti-desígnio” acerca da criação. Na Cheia de Graça, beneficiamos desta vitória de Deus sobre o demónio, vitória que, em Jesus Cristo, será possível em todas as batalhas travadas pelos homens contra o mal e contra o pecado"


Homilia do Cardeal Patriarca de Lisboa na Solenidade da Imaculada Conceição. Ver homilia completa.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

A propósito de uma reportagem...

"A propósito de uma reportagem da revista 'Sábado' do dia 6 de Dezembro de 2007 " é o título do comunicado de imprensa da Opus Dei. Nada como lê-lo.

Ainda o Opus Dei

Na continuação dos último post do Bernardo li o extenso artigo que uma revista semanal dedica ao Opus Dei, todo ele escrito em tom sensacionalista, mas sem nenhum erro grave aparentemente.

O problema desta reportagem, como aliás outras do mesmo género sobre o Opus Deis e as diversas realidade da Igreja em geral, não é tanto um má vontade do jornalista, mas antes uma total incompreensão da realidade que têm diante. Percebi ao ler este artigo que a Cruz continua a ser "escândalo para os judeus e loucura para os gentios". Por isso é tão chocante para um mundo que foge ao sofrimento ver alguém que sofre por amor ao próximo. Tal como há dois mil anos os judeus e os romanos gozavam com Cristo por ele não fugir da Cruz, também hoje os novos fariseus e senhores do mundo humilham aqueles que se oferecem em expiação.

Tambem é chocante para a mentalidade moderna que alguém imponha limites aos seus instintos. Para o mundo moderno a liberdade é fazer aquilo que nos apetece. Ver alguém que percebe que a verdadeira liberdade é aderir ao designio de Deus e que por isso seguem aqueles que Nosso Senhor lhes poêm à frente em vez do seus próprio instinto é totalmente incompreensivel para o homem moderno.

Este artigo causou em mim uma sensação de mesquinhez. Apercebi-me de como os testemunhos simples daqueles numerário do Opus Dei demonstravam um amor tal a Cristo, que os levava a entregar-lhe toda a sua liberdade.

Por isso ler este artigo fez-me desejar ser mais como aquelas pessoas. Não se trata de uma questão de método, pois aquilo que me é proposto em Comunhão e Libertação, embora com uma carisma diferente da proposta de São Josémaria, é o mesmo que é proposto aquelas pessoas: "nada antepôr ao amor por Cristo, porque Cristo nada antepôs ao amor por nós"

Opus Dei




A propósito dos recentes ataques à Opus Dei, apenas confio nas informações que vierem da Igreja e do site oficial da Prelatura: http://www.opusdei.pt/. De referir que é um dos sites mais completos que já visitei, contrariando assim a ideia de secretismo que alguns (certamente menos bem intencionados) querem fazer passar.

Os "filhos espirituais" de São Josemaria que pessoalmente conheço (alguns dos quais amigos que muito estimo) destacam-se pela constante defesa da fé, empenho no trabalho quotidano e permanente serviço ao próximo.


Rogai por nós Bem Aventurado Josemaria,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Darfur




O Darfur é uma região do Sudão onde, desde 2003, milicias islâmicas com a benção do governo do Sudão levam a cabo um genocidio contra os não-árabes.

Estimam-se que o número de mortos se situa entre os 50 000 (Organização Mundial de Sáude) e os 400 000 segundo a maior parte das ONG's. Existem pelo menos dois milhões de refugiados e a violação dos direitos do homem é um acontecimento banal para aqueles lados. A maior parte da população morre à fome e de doenças.

Não existe até ao momento um genocidio maior neste século. Contudo a esmagadora maioria dos portugueses não sabe o que é o Darfur e Portugal prepara-se para receber a cimeira UE-África onde este tema não consta na agenda.

A pergunta é: quantos mais terão que morrer para que o problema desta cimeira deixe de ser a segurança do Mugabe e passe a ser as vitimas do Darfur?
Para mais informações visitar www.pordarfur.org

O meu Natal




Começou este Domingo o tempo do Advento. Neste momento faltam 19 dias para o Natal e vão-se intensificando as campanhas publicitárias e o número de arranjos nas montras. Por outro lado, juntamente com as campanhas consumistas, vão também crescendo as criticas ao modo como o mundo moderno celebra o Natal. Esta críticas vão desde as mais moralistas (aqueles que explicam que o Natal é a festa do Amor e da Paz e que o que interessa é a familia) até às mais certas, que nos relembram que contestam o esquecimento daquilo que se celebra realmente nesta festa, o nascimento de Jesus.

Confesso que a mim não me interessam muito estas críticas. Não porque elas não sejam justas, porque o são muitas vezes, mas porque antes de mais me interessa o modo como eu vivo o Natal. O Bom Deus todos os anos me dá a mim um tempo antes da festa do nascimento do Seu Filho para eu me preparar para o Natal, para que no dia 25 eu esteja com o coração preparado para receber o nascimento daquele menino que nasceu em Belém de Judá.

Mas, mesmo com todo o tempo que Ele me dá, muitas vezes me esqueço de que "um Menino me foi dado". Muitas vezes sou devorado pela ânsia de ter tudo preparado e bem feito para o Natal, deixo-me consumir pelas críticas ao modo como os outros celebram o Natal, concentro-me nos presente que vou dar, na unidade da familía, na liturgia da missa do Galo e esqueço-me daqu'Ele menino, que nasceu numas palhinhas para que eu conhecesse a Salvação.

Por isso a mim não me interessa especialmente se o mundo é consumista ou não nesta altura do ano, se realmente os outros excluem ou não Jesus do seu Natal. A mim só me interessa que eu não exclua Jesus do meu Natal. Só me interessa fazer como os Reis Magos: abeirar-me do presépio e dizer simplesmente "vim adorar-Lo"

São Nicolau

Hoje celebra-se a festa de São Nicolau. Foi este Bispo que deu origem à história do Pai Natal, antes de a Coca-Cola e a Disney um transformarem num objecto comercial para fazer esquecer o Menino Jesus.

Rogai por nós Bem Aventurado Nicolau,
Para que sejamos dignos das promessa de Cristo.

Meravigliosa Creatura - Gianna Nanini



Molti mari e fiumi
attraversero
dentro la tua terra
mi ritroverai
turbini e tempeste
io cavalchero
volero tra il fulmini
per averti

Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa creatura paura di averti accanto
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore e vita meravigliosa

Luce dei miei occhi
brilla su di me
voglio mille lune
per accarezzarti
pendo dai tuoi sogni
veglio su di te
non svegliarti
non svegliarti
non svegliarti....ancora

Meravigliosa creatura
sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi tremano le parole
amore e vita meravigliosa

Meravigliosa creatura un bacio lento
meravigliosa paura d'averti accanto
all'improvviso tu scendi nel paradiso
muoio d'amore meraviglioso

Meravigliosa creatura
Meravigliosa
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore e vita meravigliosa

(via Hay Monas)

Minoria!?

Uma das mais famosas causa hoje em dia é a causa gay, ou como gostam de dizer, a luta pela igualdade.

Em nome de um suposta mimoria perseguida temos aturado discursos, cartazes, tempos de antena, paradas e mais uma par de botas. Sempre que alguém ameaça beliscar a imagem dos maricas, lá vêm as acusações de homofóbico, retrógado e facista (tudo é uma boa razão para a esquerda gritar facista)

No meio de tudo isto, houve uma marca de cervejas que há pouco tempo se atreveu a brincar com esta "causa" e começou uma campanha pelo Orgulho Hetero. Passado uma semana de eu ter visto o primeiro cartaz, a campanha foi retirado sendo substituida por uns cartazes a falar de "verdade" e da liberdade de ser como se quer.

Podemos dizer muitas coisas: que a campanha era fraca, que os heterosexuais não precisam de dizer que o são, que não faz sentido uma campanha destas, mas o facto permanece, não se pode fazer uma campanha apelando aos heterosexuais em Portugal!

sábado, dezembro 01, 2007

367 anos!





Cumpre-se hoje 367 anos sobre a Restauração da Independência.

Numa altura em que cada vez mais se fala da união ibérica, convém sempre recordar que os espanhóis não dão a mão sem que os netos queiram o braço.

A única coisa boa que poderia resultar de uma união ibérica seria fazer aparecer unos novos conjurados para voltar a chamar o Duque de Bragança para assumir o lugar que a canalha republicana lhe roubou.


A mulher e a religião - Vasco Pulido Valente

"Ao que dizem, presidiu o dr. Mário Soares esta semana a um curioso colóquio sobre "A mulher nas religiões". Não que o assunto em si mereça a mais remota crítica. Toda a gente tem o direito de falar do que lhe apetecer. Mas, pelo jornais, parece que tanto o dr. Mário Soares como, por assim dizer, os "coloquiantes", penetrados pelo justo e meritório princípio da igualdade de género, criticaram duramente o papel da mulher no cristianismo e no judaísmo (no islamismo, pelo menos directamente, ninguém tocou). O dr. Mário Soares, por exemplo, citando a Bíblia em seu apoio (a notícia não especifica a passagem), lamentou que a mulher fosse considerada propriedade do homem. E a sra. dra. Manuela Augusta, do PS, declarou que, ao "discriminar a mulher", "um grande número de religiões pregou em vão, agiu de má-fé" e "desrespeitou o sagrado e o divino".

É sem dúvida lamentável que a gente que escreveu o Antigo Testamento entre o século X e o século II a.C. não conhecesse e privasse com o dra. Augusta e o dr. Mário Soares, para vantagem da humanidade e da correcção política. Sobretudo, como hoje se constata, a ausência da dra. Augusta (e do PS) foi trágica. Nem Jesus se conseguiu salvar da catástrofe, embora o dr. Soares, tentando apaziguar as coisas, admitisse que o Novo Testamento "adoçou um pouco a imagem da mulher" e a dra. Vilaça, socióloga, simpaticamente observasse que, no catolicismo, o "culto mariano e a importância" da figura da mãe compensavam "de certa forma" a notória perversidade de Roma. Estas consolações não comoveram a audiência.

Em desespero de causa, o teólogo Bento Domingues, deste jornal, resolveu garantir que, na tradição da sua Igreja, "o cristianismo é uma invenção de mulheres, seduzidas por um Cristo feminista". Por abjecta ignorância (e reverência), não me atrevo a discutir com frei Bento uma tese tão inquietante. Só sei que nem esta ideia radical abalou a dra. Augusta. A dra. Augusta "não fica descansada" lá porque a mulher "é enaltecida" em "textos religiosos". De maneira nenhuma. Como presidente do Departamento das Mulheres Socialistas, uma seita temível, não descansa enquanto não corrigir em pessoa, e em assembleia geral, os "textos religiosos" que por aí andam a pregar, com insídia, a supremacia do homem.

Para terminar o colóquio numa nota alegre, o dr. Mário Soares confessou que se Deus de facto existir lhe dirá, como Mitterrand: "Afinal existes." Gostaria de prevenir o dr. Mário Soares que, se Deus de facto existir, Mitterrand tratou provavelmente com outra Entidade. "