A invevitável Fernanda Câncio propõe que se organize os quadro dos Serviços de Obstetricia do Sistema Nacional de Saúde de maneira a garantir que acha médicos para fazer abortos. Tudo isto porque no Hospital do Divino Espiríto Santo nos açores todos os ginecoligistas e obstetras se declraram objectores de consciência.
Como isto, segundo a jornalista de "causas" (ao contrários daquelas que a Fernanda Câncio põe ao Espirito Santo, estas aspas são merecidas), é uma ofensa a um direito fundamental, vá de arranjar médicos abortófilos para os Açores.
Primeiro, o aborto não é um direito fundamental. Nem sequer é um direito. É uma prática permitida pela Lei. A pergunta que ganhou no referendo dizia respeito a, como aliás a Fernanda Câncio e os seus camaradas tanto insistiram, a despenalização do aborto.
Para além disso, a sugestão de que é preciso uma solução para resovel o "problema" dos objectores de consciência tem um cheiro a saneamento à Verão quente de 75. Quem é contra o povo vai fora.
Resta-me uma pergunta: quando começam os despedimentos dos médicos que se recusem a fazer abortos?
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