domingo, janeiro 13, 2013

Zico deve morrer.

Anda por aí uma petição para salvar um cão, de seu nome Zico, que matou uma criança de 18 meses. Segundos os peticionário o animal não pode ser culpado de nada e merece uma segunda oportunidade.
Antes de mais é preciso esclarecer que é evidente que o cão não é culpado de coisa nenhuma. Para se ser culpado é necessário ter consciência, coisa que os animais não têm. A decisão de abater o cão não é um castigo por ele se ter portado mal, mas uma mera questão de segurança. Não se pode deixar vivo um animal agressivo correndo o risco de ele voltar a atacar humanos. A questão é tão simples quanto isto.
Esta petição, tal como as várias reacções dos defensores dos animais a este caso, vieram mais uma vez demonstrar quão perigosas estas instituições se estão a tornar. Segundo os defensores dos animais não há nenhuma diferença entre homens e animais a não ser o facto de o homem ter uma razão mais desenvolvida que os restante animais. Por isso matar um animal é mais ou menos o mesmo do que matar um homem. Estes animalistas tem aliás uma expressão de que muito gostam: o espéciecismo, ou seja a discriminação com base na espécie, igual ao racismo ou à xenofobia. Lembro-me que num debate sobre corridas de toiros um jovem defensor dos animais chegou a comparar as Praças de Toiros a campos de concentração.
Claro que esta personalização dos animais nem sempre se traduz em níveis de alucinação tão grandes. Muitas vezes fica-se apenas por anúncios de adopção de cães onde os cachorros são tratados por bebés ou então campanhas de indignação contra os animais do circo.
Contudo a tendência de esbater a linha que separa os homens dos animais é cada vez maior. Cada vez é mais comum tratar os bichos como se de pessoas se tratassem. Na base desta ideologia está a recusa de Deus. Não a recusa de um vago ente superior, que tem uma vaga existência. Mas do Deus que criou o céu a terra e tudo o que nela existe e que no centro da criação colocou o homem.
A partir do momentos em que os homens se recusam a reconhecer-se como criaturas de Deus, a partir do momento em que a sociedade recusa a ordem da criação, então o valor do homem já não está no simples facto de ser homem, criado à imagem e semelhança de Deus, mas no valor que a sociedade lhe atribui. Se nós somos de facto apenas um acaso da evolução, então é pouca a diferença entre um homem e um macaco.
A centralidade do homem na criação de Deus não é uma carta branca para tratar os animais da maneira que nós queremos. Também eles fazem parte da criação e por isso deve ser respeitados e bem tratados. Mas como aquilo que são: animais, criados para servir o homem.
Por isso é que um cão que ataca uma criança deve ser abatido. Mesmo que tenha sido muito maltratado, mesmo que vivesse em más condições, mesmo que a criança tivesse metido a cabeça dentro da boca do cão enquanto lhe puxava o rabo, mesmo assim tem que ser abatido. Não por uma questão de culpa, mas porque a sua vida vale menos do que o mero risco de atacar um ser humano.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Legalização da Prostituição: Um Ataque aos Direitos das Mulheres.

Nos últimos tempos sempre que aparece uma notícia sobre prostituição é sempre ouvida a opinião dos grupos que defendem a legalização desta actividade. Os argumentos são quase sempre os mesmos: a liberdade da mulher fazer o que entende com o seu corpo, a dignificação das prostitutas, a segurança das mesmas.
Eu confesso que sempre que oiço alguém defender a prostituição fico logo irritado. Porque, por muita volta que se dê a prostituição é sempre sexo forçado. Para ser livre é preciso que a vontade de praticar sexo fosse formada de maneira esclarecida e sem qualquer condicionante. Ora na prostituição há sempre uma relação de poder. “Se tu me deres o teu corpo eu dou-te dinheiro”. Mesmo as chamadas acompanhantes de luxo, que estão muitas vezes longe de ser vítimas indefesas, são coagidas a fazerem sexo com os seus clientes. Se assim não fosse, não cobravam dinheiro para o fazer.
Impressiona-me que os mesmos grupos que lutam contra o assédio sexual no trabalho sejam a favor da legalização da prostituição. Pelos vistos um patrão não pode exigir sexo a uma empregada para lhe dar trabalho, mas se lhe pagar directamente já não é um problema!
O que cada um faz com o seu corpo, dentro dos limites do Direito, não diz respeito ao Estado. Agora dizer que vender o corpo por dinheiro é um trabalho igual a todos os outros é uma mentira e um ataque aos direitos das mulheres. Queres estudar? Queres alimentar os teus filhos? Queres ter coisas boas? É fácil, vende a tua intimidade e podes ter tudo isso!
Legalizar a prostituição é um ataque aos direitos das mulheres. A prostituição nada tem de digno. Em maior ou menos grau é sempre a exploração da mulher por um homem que tem dinheiro para lhe pagar. Que isso aconteça com a bênção do Estado é indigno de uma sociedade onde o Homem e a Mulher são iguais em direitos.
A maneira de dignificar as prostitutas é criar condições para que elas não tenham que se vender para viver. Se, mesmo tendo condições para não o fazerem, preferirem continuar a ter sexo a troco de dinheiro, é uma decisão de cada pessoa. Mas não é uma decisão digna e nenhum diploma legal a dignificará.
Não é por acaso que a condenação social da prostituição foi crescendo juntamente com os direitos das mulheres. Reconhecer que a Mulher tem os mesmos direitos que o Homem passa por reconhecer que o seu corpo não pode ser vendido e comprado como um objecto. O resto é maquilhagem progressista para esconder um discurso tão velho e bafiento como a própria prostituição.