As in some crazy tale,
If here and there a sea were blue
Beyond the breaking pale,
If a fixed fire hung in the air
To warm me one day through,
If deep green hair grew on great hills,
I know what I should do.
In dark I lie; dreaming that there
Are great eyes cold or kind,
And twisted streets and silent doors,
And living men behind.
Let storm clouds come: better an hour,
And leave to weep and fight,
Than all the ages I have ruled
The empires of the night.
I think that if they gave me leave
Within the world to stand,
I would be good through all the day
I spent in fairyland
They should not hear a word from me
Of selfishness or scorn,
If only I could find the door,
If only I were born.
G. K. Chesterton
Tradução:
Pela Criança Por Nascer
Se as árvores fossem altas e a erva baixa
Como em algum louco conto
Se aqui e ali o mar fosse azul
Para lá do pálido quebrar
Se um fogo fixo pairasse no ar
Para me aquecer de dia
Se cabelo verde crescesse em grandes montes
Eu sei o que faria.
Na escuridão eu estou; sonhando que ali
houvesse grandes olhos frios ou queridos,
E ruas curvas e portas silenciosas
com homens vivendo atrás.
Deixai vir as nuvens da tempestade: É melhor uma hora
E sair para chorar e lutar,
Que todas as eras em que eu governei
Os impérios da noite.
Eu acho que se me deixassem
Dentro do mundo ficar
eu ficaria bem todos os dias
Passados na Terra das Fadas
Ninguém ouviria uma palavra de mim
de egoismo ou desdém
Se apenas conseguisse encontrar a porta
Se apenas fosse nascido.
Este poema, do genial G. K. Chesterton, tem quase cem anos de idade, mas como a Verdade não envelhece considero este o texto que melhor descreve o cerne da questão que vamos decidir este Domingo.
Aqui Chesterton descreve os possiveis pensamentos de uma criança ainda no ventre materno, cheia de espectativas sobre as maravilhas que gostaria de encontrar quando nascesse.
Aquilo que nós estamos tão habituados a ver que nem reparamos são para aquela criança maravilhas dignas de contos.
Este é um ponto digno de interesse: a realidade é maravilhosa, se a olharmos com os olhos das crianças, sem preconceitos e habituismos.
A própria criança por nascer o afirma "Deixai vir as nuvens de tempestades", é melhor isso que todo o tempo que reinei na barriga de minha mãe. Independentemente das condições económico-sociais, as crianças vêem sempre a realidade como bela e benigna.
O protagonista deste poema é o protagonista deste referendo: A criança por nascer. E tem o direito a apreciar esta maravilha que nós todos já vemos mas não damos valor.
If only he is born... Para que tal possa acontecer, eu vou votar Não dia 11!
Aqui Chesterton descreve os possiveis pensamentos de uma criança ainda no ventre materno, cheia de espectativas sobre as maravilhas que gostaria de encontrar quando nascesse.
Aquilo que nós estamos tão habituados a ver que nem reparamos são para aquela criança maravilhas dignas de contos.
Este é um ponto digno de interesse: a realidade é maravilhosa, se a olharmos com os olhos das crianças, sem preconceitos e habituismos.
A própria criança por nascer o afirma "Deixai vir as nuvens de tempestades", é melhor isso que todo o tempo que reinei na barriga de minha mãe. Independentemente das condições económico-sociais, as crianças vêem sempre a realidade como bela e benigna.
O protagonista deste poema é o protagonista deste referendo: A criança por nascer. E tem o direito a apreciar esta maravilha que nós todos já vemos mas não damos valor.
If only he is born... Para que tal possa acontecer, eu vou votar Não dia 11!
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