quarta-feira, maio 20, 2009

O problema

Está em discussão na especialidade as propostas de lei do PS e do PCP sobre a educação sexual. Esta lei parte do principio de que os jovens em idade escolar praticam sexo, logo é obrigatório ter acesso a toda a informação assim como a meios contraceptivos.

Ora este principio encontra-se espalhado um pouco por toda a sociedade. A maior parte das pessoas afirma com um ar muito sério que os jovens estão todos a viver a sua sexualidade e que ainda bem, que é natural e que sempre foi assim.

Ao mesmo tempo todos os estudo que saem dizem que os jovens começam a sua actividade sexual cada vez mais cedo, que há cada vez mais gravidezes na adolescências, mais doenças venéreas, etc.

Por isso parece-me que não estamos diante de um facto natural, ou seja, não é que os jovens pratiquem mais sexo porque sempre foi assim e é suposto que seja, mas porque há cada vez mais incentivos a que se comece cedo a fazer sexo.

E este facto é indesmentível. Todas as séries, filmes, anúncios incluem sexo, ou referências a sexo. É hoje em dia normal passar cenas de cama na televisão durante todo o dia. As revistas com meninas semi-despidas estão hoje nos escaparates ao lado dos jornais e das revistas cor-de-rosa.

Hoje em dia parte-se do principio que um miúdo de quinze já é sexualmente activo e que um jovem de vinte seguramente faz sexo com a sua namorada. Transformou-se o sexo antes do casamento numa banalidade.

Ainda a provar que este facto indiscutível que é “os adolescentes e jovem fazem todos sexo” é uma falácia introduzida pela descristianização da sociedade é o facto de haver muitos jovens normais, que namoram, que tem amigos e amigas, que saem à noite e que são virgens.

São virgens, não por falta de oportunidade (oportunidades é o que não faltam) mas por uma clara opção por uma forma de relacionamento mais profunda e mais humana.

Explicam-nos que o sexo é uma coisa normal e natural. E nós sabemos que é verdade. Mas mesmo as coisas normais e naturais têm um tempo e um lugar. Eu não quero reduzir o amor que tenho pela minha namorada a um momento de hormonas aos saltos. É natural eu querer ir para cama com ela? Claro que é. Mas eu sei que o meu amor por ela é maior do que esse instinto. Por isso prefiro esperar pelo dia em que me possa entregar-me completamente a ela. Não só fisicamente, totalmente.

Por isso, quando falam deste fenómeno do sexo na adolescência e juventude a que é preciso reagir, eu pergunto-me sempre se a sociedade se dá conta que está a reagir a problema que ela própria cria.

A solução mais fácil? Não criar o problema...

1 comentário:

Teresinha Sanches de Baêna disse...

http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/5/professora-suspensa.htm

Não que esta professora seja a regra, mas pelo andar da carruagem...