quarta-feira, maio 27, 2009

Conversas.

Ontem participei numa conversa com uns amigos meus, orientados por amigo nosso mais velho, sobre a homossexualidade. Foi bom falar sobre este tema não só num meio católico, como ainda por cima orientados por alguém que sabia bem do que falava.

A verdade é que hoje em dia não há tema nenhum mais inquinado para discutir que a homossexualidade. É neste tema que se repara de forma mais clara que a nossa sociedade já não é cristã. De tal maneira que discutir este assunto com os nossos amigos na universidade, por exemplo, é sempre uma questão de paninhos quentes, onde temos que escolher todas as palavras com cuidado para não sermos logo taxados como homofóbicos ou intolerantes.

E tudo isto porque as pessoas hoje em dia não percebem a frase de Santo Agostinho que distingue o pecado do pecador. Com o pecado não se tem compaixão, mas com o pecador toda. O nosso tempo funciona ao contrário. Perdoam-se todos os pecados, mas nunca se perdoa um pecador. E isto vê-se na obsessão da nossa sociedade por todos os escândalos da vida privada dos "notáveis".

Mas, retomando o fio à meada, é bom ao falarmos da homossexualidade termos toda a caridade e respeito por quem sofre com este drama, mas ao mesmo tempo chamar os nomes às coisas. A homossexualidade é uma doença, é um desvio do normal desenvolvimento sexual de uma pessoa. Para além disso é um pecado grave, que vai contra as leis de Deus. Sobre isto não devemos ter nenhuma dúvida.

E isto não é uma "invenção" do cristianismo ou da cultura judaico-cristã. Embora na antiguidade clássica a homossexualidade fosse banal (como aliás toda a vida sexual o era, de forma algo desenfreada) sempre foi condenada pelos grandes pensadores. Uma vida sexual desenfreada sempre foi considerada como um obstáculo à realização humana. Desde Sócrates a Aristóteles, de Cícero a Marco Aurélio. Todos eles perceberam que a homossexualidade era uma coisa má que era redutora da humanidade.

Contudo a novidade do cristianismo nesta matéria é introduzir o conceito de comunhão na relação sexual. Ou seja, a acto sexual não era só uma maneira do homem satisfazer as hormonas, era antes de mais um acto de relação com um outro. Esta ideia é a base da igualdade no casamento, da igualdade entre o homem e a mulher dentro do casamento. Também esta ideia exclui qualquer relação que seja fruto apenas de um instinto. Porque se consideramos que o outro é igual a mim, então não o posso reduzir a um mero instrumento de prazer.

Foi uma conversa muito útil, que serviu para aprender ou re-aprender muitas coisas importantes, não só sobre o problema da homossexualidade, mas sobretudo sobre a posição mais humana diante da sexualidade.

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