sábado, fevereiro 07, 2009

Um pai

O Santo Padre decidiu levantar a excomunhão aos quatro Bispos que Monsenhor Lefebvre ordenou para continuar a sua obra na cismática Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

Antes de mais convém esclarecer que estes bispos, embora tenham sido ordenados sem autorização do Papa, são bispos, pois foram sagrados por outro bispos. Contudo estavam excomungados e continuam suspensos das suas funções episcopais.

Para além disso, o levantamento das excomunhão destes bispos não fez com que a FSSPX fosse integrada na Igreja. A Santa Sé já deixou claro que esta decisão não marcou o fim do cisma, mas apenas um começo para esse fim.

Mas obviamente que bastou este acontecimento para que os media ficassem em pulvurosa. Rapidamente apareçam notícias e entrevistas a falar do "conservadorismo" de Bento XVI.

A juntar a esta polémica vieram a lume umas declarações de um deste bispos, Dom Richard Williamson a diminuir o número de mortos do Holocausto. Obviamente que a televisão que fez tal entrevista esperou pelo dia em que foram levantadas as excomunhões para transmitir a mesma.

As respostas não se fizeram esperar. O chefe dos rabis de Israel cortou relações com a Santa Sé, a Chanceler alemã acusou o Papa por este não condenar tais declarações, vários bispos progressistas criticaram o Santo Padre e alguns clérigos menos esclarecidos chegaram a falar em resignação.

Os media adoraram esta pequena intriga e montaram uma feira. Nunca tinha visto os nossos jornais falarem tanto sobre a Igreja como neste últimos dias.

Mas nós não nos devemos deixar confundir. O Santo Padre, lembrando a sua Paternidade em relação a estes filhos pródigos, decidiu dar um primeiro passo para que eles voltem a casa. Não se trata de concordar com eles, não se trata voltar atrás, trata-se apenas de caridade de uma pai para com uns filhos orgulhosos.

Mas é óbvio, e sobre isso a Santa Sé foi clara, que para a FSSPX volte a estar em comunhão com a Igreja precisa de reconhecer o Concílio Vaticano II. A caridade não é branquear um erro, é perdoar o erro de quem se arrepende.

O problema da FSSPX é que defende a tradição por si só, sem compreender que a tradição só têm valor quando está em comunhão com o Papa e os bispos. Podem citar todos os tratados teológicos que quiserem, mas enquanto não viverem em comunhão com o Papa, cabeça da Igreja, estão fora da Igreja.

É verdade que do ponto de agenda mediática talvez a decisão do Papa não tenha sido a melhor. Mas como o papel do Papa é converter a almas e não conseguir "boa publicidade" a Igreja, pouco me interessa o que os jornais acham. Eu fiquei contente ao ver, uma vez mais, a grande paternidade e caridade do Santo Padre Bento XVI.

SEMPER FIDELIS!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não acho lá muita piada ao Concílio Vaticano II até porque se trata dum concílio pastoral e não dogmático, e que suscita interpretações variadas, sobretudo a ideia do ecumenismo, que para mim é contra a verdadeira vocação da Igreja, pois só existe uma única religião neste mundo que é a Igreja Católica, fora da qual não existe salvação!
Jesus foi claro nas suas palavras quando dizem que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vai ao Pai senão através dEle. Quem não está com Jesus está contra Ele. Ele disse também aos seus discípulos para irem e pregarem o evangelho a toda a criatura e que quem cresse e fosse baptizado é salvo e quem não cresse é condenado. Logo, que conceito macarrónico é esse do ecumenismo e aceitarmos os seguidores de idolatrias e falsidades como sendo iguais a nós? Eles precisam é de ser convertidos se quiserem ser salvo, ou então que permaneçam fiéis à lei natural que rege toda a gente caso a sua ignorância seja invencível.
"Samurais de Cristo", excelente título. Disseram-me amigos meus, também do movimento do qual eu também participo, para darem uma vista de olhos aqui. Fi-lo e gostei.
Um bem-haja, perseverança e Fé no nosso Baptismo, em Cristo, na Imaculada Nossa Senhora e na Santa Igreja Católica Apostólica Romana!