Fui hoje assistir ao vivo ao programa "Prós e Contras". Mais uma vez arrastei-me até Carnide, para ver a Fátima Campos Ferreira a fingir ser moderadora, enquanto galhofava com os senhores do "sim". Agrada-me sempre ver como a dona Fátima só se lembra de mandar não aplaudir quando nós o fazemos. Do lado de lá vêm berros, faltas de educação, apupos. Mas nós temos sempre azar, porque somos a gota que rebenta a barragem. É uma coincidência quase tão grande como o facto de, em todos os programas que assisti desta senhora, foi sempre o lado dito "progressista" que fechou o debate, porque os outros o tinham aberto.
Bem que preparam a armadilha ao Padre Vaz Pinto, que sentado à mesa viu saltar um católico homossexual (pelos visto são mais raros que os católicos abortistas). Esteve muito bem o senhor padre ao não deixar arrastar o debate para um discussão sobre a posição da Igreja em relação à homossexualidade.
Mas passando além da suposta isenção da RTP, impressionaram-me três coisas no debate.
Primeiro foi todos os do "sim" defenderem que a sexualidade é transversal à pessoa, mas ao mesmo tempo falarem como se a pessoa fosse um entidade abstracta independente do corpo. Como se de facto uma pessoa ter nascido com um corpo masculino não tivesse relação alguma com aquilo que ele é enquanto pessoa.
Porque de facto a pessoa é uma só, corpo e espírito. Por isso é que a homossexualidade é um desvio. Sendo claro que o corpo de um homem é complementado pelo da mulher, é também claro que a sua pessoa o é, pois não uma separação entre corpo e espírito. Por isso se alguém se sente atraído sexualmente por uma pessoa do mesmo sexo é um desvio aquilo que ela é enquanto pessoa feminina ou masculina.
Percebo que este ponto é confuso, mas parece-me muito importante. Na ânsia da igualdade, a sociedade começou a tratar o homem e a mulher como se fosse iguais, pensado que assim os dignificava. Mas o homem só é totalmente dignidade no respeito pela identidade sexual da sua pessoa. Só no respeito pela diferença entre sexos, que ao mesmo tempo se complementam, é que podemos de facto dignificar uma pessoa.
É esta confusão moderna, que a filosofia resolveu há séculos, que abre às portas à tratar-se a sexualidade como aparte do género sexual. Num tempo em que o sexo é cada vez mais omnipresente, numa suposta tentativa de o elevar, o mundo moderno rebaixa a sexualidade a uma mistura de hormonas e afectos.
O segundo ponto foi levantado pela Prof. Isabel Moreira, que de dedo esticado para o Padre Vaz Pinto, dizia em tom irado "mas para si eles precisam de perdão". Ideia esta que foi repetida pelo senhor católico homossexual. Não percebo duas coisas: primeiro, que tem Isabel Moreira a ver com o que a Igreja pensa sobre a homossexualidade.
A Igreja afirma que a homossexualidade é pecado, mas ninguém obriga a senhora professora a achar o mesmo. É uma questão que a ela não lhe diz respeito. É engraçado como todos se levantam quando a Igreja dá a sua opinião em assuntos políticos, ao mesmo tempo que é suposto todos puderem atacar as posição religiosas da Igreja.
Mas mais do que isto, não percebo qual é o problema do perdão. A igreja ensina que a homossexualidade é pecado, como ensina que o adultério é pecado, a fornicação é pecado, a mentira é pecado, a gula é pecado. Mas ao mesmo tempo ensina que é preciso distinguir o pecado do pecador.
Para além disso temos a certeza que Deus nos perdoa. Não é o padre Vaz Pinto que perdoa os pecados, mas Cristo por meio dele. E perdoa os homossexuais como me perdoa a mim por outro pecados. Uma pessoa não é menos da Igreja por pecar. A Santa Madre Igreja não expulsa ninguém, as pessoas é que podem escolher afastar-se dela.
Por isso, a mim não me ofende que achem que eu precise de ser perdoado. Muito pelo contrário, alegra-me que haja alguém que me ama tanto que me oferece a possibilidade de ser perdoado dos erros que faço.
Por fim, o último ponto que me impressionou foi a questão da igualdade. O Código Civil não diz que as pessoas são livres para se casarem com quem amam. Diz apenas que duas pessoas de sexo diferente que queiram constituir família através da comunhão de vida podem contrair um contrato, chamado casamento, ao qual o Estado reconhece diversos efeitos. Por isso qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual, pode-se casar.
Eu, que sou heterossexual, não me posso casar com outro homem. Tal como não me posso casar com a minha irmã ou com mais de uma pessoas. Todos os contratos tipificados têm certos pressuposto que os tornam típicos. Ser entre pessoas de sexo diferente é um dos pressuposto para se preencher a tipicidade deste contrato em específico que é o casamento.
Este são apenas três pontos, muito ficou por dizer. Do debate fiquei com a ideia de uma total intolerância da parte dos defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que apelidaram todos os que se lhes opõem como homofóbicos (isto foi a resposta a uma só voz da plateia à resposta do Dr. António Maria Pinheiro Torres).
Rezemos para que este novo ataque ao casamento e à família não nos leve a dar mais um passo na cultura de morte que parece ser política do PS.
Bem que preparam a armadilha ao Padre Vaz Pinto, que sentado à mesa viu saltar um católico homossexual (pelos visto são mais raros que os católicos abortistas). Esteve muito bem o senhor padre ao não deixar arrastar o debate para um discussão sobre a posição da Igreja em relação à homossexualidade.
Mas passando além da suposta isenção da RTP, impressionaram-me três coisas no debate.
Primeiro foi todos os do "sim" defenderem que a sexualidade é transversal à pessoa, mas ao mesmo tempo falarem como se a pessoa fosse um entidade abstracta independente do corpo. Como se de facto uma pessoa ter nascido com um corpo masculino não tivesse relação alguma com aquilo que ele é enquanto pessoa.
Porque de facto a pessoa é uma só, corpo e espírito. Por isso é que a homossexualidade é um desvio. Sendo claro que o corpo de um homem é complementado pelo da mulher, é também claro que a sua pessoa o é, pois não uma separação entre corpo e espírito. Por isso se alguém se sente atraído sexualmente por uma pessoa do mesmo sexo é um desvio aquilo que ela é enquanto pessoa feminina ou masculina.
Percebo que este ponto é confuso, mas parece-me muito importante. Na ânsia da igualdade, a sociedade começou a tratar o homem e a mulher como se fosse iguais, pensado que assim os dignificava. Mas o homem só é totalmente dignidade no respeito pela identidade sexual da sua pessoa. Só no respeito pela diferença entre sexos, que ao mesmo tempo se complementam, é que podemos de facto dignificar uma pessoa.
É esta confusão moderna, que a filosofia resolveu há séculos, que abre às portas à tratar-se a sexualidade como aparte do género sexual. Num tempo em que o sexo é cada vez mais omnipresente, numa suposta tentativa de o elevar, o mundo moderno rebaixa a sexualidade a uma mistura de hormonas e afectos.
O segundo ponto foi levantado pela Prof. Isabel Moreira, que de dedo esticado para o Padre Vaz Pinto, dizia em tom irado "mas para si eles precisam de perdão". Ideia esta que foi repetida pelo senhor católico homossexual. Não percebo duas coisas: primeiro, que tem Isabel Moreira a ver com o que a Igreja pensa sobre a homossexualidade.
A Igreja afirma que a homossexualidade é pecado, mas ninguém obriga a senhora professora a achar o mesmo. É uma questão que a ela não lhe diz respeito. É engraçado como todos se levantam quando a Igreja dá a sua opinião em assuntos políticos, ao mesmo tempo que é suposto todos puderem atacar as posição religiosas da Igreja.
Mas mais do que isto, não percebo qual é o problema do perdão. A igreja ensina que a homossexualidade é pecado, como ensina que o adultério é pecado, a fornicação é pecado, a mentira é pecado, a gula é pecado. Mas ao mesmo tempo ensina que é preciso distinguir o pecado do pecador.
Para além disso temos a certeza que Deus nos perdoa. Não é o padre Vaz Pinto que perdoa os pecados, mas Cristo por meio dele. E perdoa os homossexuais como me perdoa a mim por outro pecados. Uma pessoa não é menos da Igreja por pecar. A Santa Madre Igreja não expulsa ninguém, as pessoas é que podem escolher afastar-se dela.
Por isso, a mim não me ofende que achem que eu precise de ser perdoado. Muito pelo contrário, alegra-me que haja alguém que me ama tanto que me oferece a possibilidade de ser perdoado dos erros que faço.
Por fim, o último ponto que me impressionou foi a questão da igualdade. O Código Civil não diz que as pessoas são livres para se casarem com quem amam. Diz apenas que duas pessoas de sexo diferente que queiram constituir família através da comunhão de vida podem contrair um contrato, chamado casamento, ao qual o Estado reconhece diversos efeitos. Por isso qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual, pode-se casar.
Eu, que sou heterossexual, não me posso casar com outro homem. Tal como não me posso casar com a minha irmã ou com mais de uma pessoas. Todos os contratos tipificados têm certos pressuposto que os tornam típicos. Ser entre pessoas de sexo diferente é um dos pressuposto para se preencher a tipicidade deste contrato em específico que é o casamento.
Este são apenas três pontos, muito ficou por dizer. Do debate fiquei com a ideia de uma total intolerância da parte dos defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que apelidaram todos os que se lhes opõem como homofóbicos (isto foi a resposta a uma só voz da plateia à resposta do Dr. António Maria Pinheiro Torres).
Rezemos para que este novo ataque ao casamento e à família não nos leve a dar mais um passo na cultura de morte que parece ser política do PS.
1 comentário:
Fátima escandalosa em todo o debate!
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