Parece que o drama de Eluana Englaro está prestes a conhecer um fim trágico. De há meses para cá que o pai de Eluana, um jovem italiana que há anos que se encontra em estado vegetativo, têm recorrido a todas as instâncias para que seja permito aos médicos cortarem a alimentação e hidratação da sua filha.
A batalha pela vida de Eluana dura há meses, com a Igreja e o Governo italiano a fazerem todos os possíveis para que a jovem não possa ser morta à fome. Do outro lado, o pai e alguns esquerdistas falam em morte digna e têm conseguido apoio dos tribunais.
Obviamente os jornais portugueses têm sido bastante tendenciosos a falar deste assunto, aproveitando para puxar o tema da eutanásia. Mas convém esclarecer desde já um ponto. Aqui não estamos a fala de eutanásia, nem sequer de suicido assistido. A questão não é acabar com o sofrimento de ninguém, ou acabar com uma vida a pedido do próprio. Trata-se simplesmente de matar uma pessoa que não está consciente à fome.
Não digo isto por achar que se fosse eutanásia então já era justo deixar Eluana morrer. Mas porque os nossos jornais têm aproveitado esta história para fazer um campanha "subliminar" por mais um "tema fracturante", abusando claramente do seu papel de informar o público.
Mas voltando ao caso em si. A mim parece-me que antes de todas as questões legais e jurídicas há uma questão moral: a dignidade do homem é imposta pela circunstância ou a vida humana têm um valor em qualquer circunstância? Ou seja, é possível alguém dizer sobre outra pessoa que a sua vida naquelas condições não faz sentido? Para isso era preciso que esse alguém fosse o criador da vida e o seu sentido.
Com que autoridade pode alguém decretar a morte de outro? Acaso somos nós autores da vida, acaso somos resposta para alguém? Não. A resposta para o Homem encontra-se em Deus, que se fez companhia para nós. Nós não buscamos apenas uma resposta ou uma pista de Deus, nós esperamos o próprio Deus.
Por isso, como nos ensina don Giussani, "aquilo que todos os dias para nós seria limite está destina a tornar-se grande, como o olhar de Maria. Maria compreendia que cada condição humana desenvolvia e realizava o desígnio de um Outro. Não o desígnio do nosso coração, mas o desígnio do coração do próprio Deus. Por isso vivereis a vida como um caminho. As dores, tal como a vida, não vos faltará. Mas mesmo quando for cansativo, será a descoberta de um bem verdadeiramente grande."
Por isso nesta hora dramática, onde se joga não só a vida de uma pessoa, mas a própria humanidade de quem está envolvido nesta questão, rezamos para que Deus conceda sabedoria a todos aqueles que neste momento detém poder sobre a vida de Eluana.
A batalha pela vida de Eluana dura há meses, com a Igreja e o Governo italiano a fazerem todos os possíveis para que a jovem não possa ser morta à fome. Do outro lado, o pai e alguns esquerdistas falam em morte digna e têm conseguido apoio dos tribunais.
Obviamente os jornais portugueses têm sido bastante tendenciosos a falar deste assunto, aproveitando para puxar o tema da eutanásia. Mas convém esclarecer desde já um ponto. Aqui não estamos a fala de eutanásia, nem sequer de suicido assistido. A questão não é acabar com o sofrimento de ninguém, ou acabar com uma vida a pedido do próprio. Trata-se simplesmente de matar uma pessoa que não está consciente à fome.
Não digo isto por achar que se fosse eutanásia então já era justo deixar Eluana morrer. Mas porque os nossos jornais têm aproveitado esta história para fazer um campanha "subliminar" por mais um "tema fracturante", abusando claramente do seu papel de informar o público.
Mas voltando ao caso em si. A mim parece-me que antes de todas as questões legais e jurídicas há uma questão moral: a dignidade do homem é imposta pela circunstância ou a vida humana têm um valor em qualquer circunstância? Ou seja, é possível alguém dizer sobre outra pessoa que a sua vida naquelas condições não faz sentido? Para isso era preciso que esse alguém fosse o criador da vida e o seu sentido.
Com que autoridade pode alguém decretar a morte de outro? Acaso somos nós autores da vida, acaso somos resposta para alguém? Não. A resposta para o Homem encontra-se em Deus, que se fez companhia para nós. Nós não buscamos apenas uma resposta ou uma pista de Deus, nós esperamos o próprio Deus.
Por isso, como nos ensina don Giussani, "aquilo que todos os dias para nós seria limite está destina a tornar-se grande, como o olhar de Maria. Maria compreendia que cada condição humana desenvolvia e realizava o desígnio de um Outro. Não o desígnio do nosso coração, mas o desígnio do coração do próprio Deus. Por isso vivereis a vida como um caminho. As dores, tal como a vida, não vos faltará. Mas mesmo quando for cansativo, será a descoberta de um bem verdadeiramente grande."
Por isso nesta hora dramática, onde se joga não só a vida de uma pessoa, mas a própria humanidade de quem está envolvido nesta questão, rezamos para que Deus conceda sabedoria a todos aqueles que neste momento detém poder sobre a vida de Eluana.
P.S.: Sobre assunto vale a pena ler o juízo de Comunhão e Libertação. Disponível aqui.
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