Hoje li um artigo no Destak que dizia, comentado o acidente na A23 que matou quinze pessoas, que a única coisa que dá sentido à morte é viver bem. A ideia é bonita, mas é falsa. Uma pessoa viver bem não dá sentido à morte, aliás, viver bem pode dar uma ideia de que a morte é uma injustiça.
A única coisa que dá sentido a morte, especialmente a uma morte trágica como aquela dos que morreram num autocarro quando voltavam de Fátima, é a morte e ressurreição de Nosso Senhor.
Se Cristo não tivesse morrido e ressuscitado a morte seria a última palavra sobre a vida. Um homem que toda a vida viveu bem estaria destinado a ser apenas pó. Viveria na memória dos seus descendentes mais uma ou duas gerações e depois seria para sempre esquecido, condenado quanto muito a ser nota de rodapé de um livro.
Mas a morte e ressurreição de Cristo permite-nos dizer com São Paulo "Oh morte onde está a tua vitória?". A última palavra sobre a vida já não é a morte, mas a infinita misericórida de Deus, que nos deus o seu único filho, para que nós vivessemos para sempre, não apenas da finita memória dos homens, mas na infinita Glória de Deus.
A única coisa que ilumina o desastre da A23 é a certeza de que aqueles que morreram foram chamados pelo Pai e cumprem agora o seu destino.
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