quarta-feira, novembro 21, 2007

Foi assim!

Foi ontem exibido no Cinema Londres o documentário "Fátima e a Russia" feito pela jornalista Aura Miguel. A sala estava de tal maneira cheia que eu acabei sentado no chão debaixo do ecrã o que me dificultou muito o visionamento do documentário e me imepediu completamente de perceber as partes em Russo, pois as legendas estavam a ser projectadas mais ou menos na minha cabeça.

No fim do documentário a autora e Zita Seabra fizeram um comentário e responderam a várias perguntas, muitas da quais envolviam o passado da deputada do PSD.

Impressionou-me muito as coisas que Zita Seabra disse. Falou sempre do seu passado como Comunista com uma grande liberdade e sem esconder nada. Não tentou dizer o marxismo era teóricamente bom e que ela desconhecia o que se passava na Rússia. Muito pelo contrário, disse que o marxismo era mau na essecência e que ela sabia perfeitamente o que se passava na Rússia.

É sempre comovente ver alguém que têm a liberdade de dizer que fez erros, sem se deixar prender por eles, sem tentar diminuir a sua culpa, sem se escudar atrás da ignorância. Zita Seabra falou como quem compreende que a misericórdia de Cristo é maior que o nosso pecado.

Só quem confia totalmente na misericórdia de Deus, só quem percebe que o perdão de Nosso Senhor não tem nada a ver com contas ou com méritos nossos, é que não tem medo de falar do passado, pois como nos ensina Miguel Manara: "Se mataste, se roubaste, essas coisas não aconteceram. Só Ele é!"

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