domingo, novembro 18, 2007

"Cristão sabem como acabará a história do mundo"

MADRID, sexta-feira, 16 de novembro de 2007 (ZENIT.org-Veritas).- O escritor e teólogo George Weigel destacou nesta manhã a vantagem que a fé dá aos cristãos para relativizar os problemas sociais e políticos e enfrentar o futuro com a virtude da esperança, que lhes assegura o triunfo do Senhor da História.

Baseando-se na situação dos cristãos no mundo, descrita na «Carta a Diogneto», Weigel disse que «os cristãos confiam em Cristo e não em suas próprias forças», e sublinhou que «a esperança é construída sobre a fé e não sobre o cálculo de probabilidades».

Ele apresentou esta reflexão na conferência «Laicidade e Laicismo na sociedade democrática», com a que inaugurou o IX Congresso Católicos e Vida Pública.

«Os cristãos vivem no tempo, mas adiantados ao seu tempo, sabem que o Senhor da história se encarrega da História, e sabem como acabará a história do mundo, que culminará naquela cidade sem lágrimas, junto ao Senhor», explicou Weigel.

Desde este conhecimento, sublinhou, o cristão adquire uma perspectiva especial também sobre a política. Com o teólogo Von Baltasar, disse que «o cristão tem o valor de afirmar o presente porque Deus o afirmou».

Seguindo o argumento de sua conferência, Weigel disse que a perspectiva cristã «sugere algo sobre a forma que a política deve tomar» e ainda sublinhando que «a Igreja não tem uma agenda política», sim deve reivindicar seu lugar no mundo.

Finalmente, Weigel pediu – difundindo a solicitude da Igreja – «que o mundo considere a possibilidade da Redenção que reside em Cristo», uma proposta que foi especialmente custosa no século XX, como evidencia o fato de ter se convertido no século com mais mártires na história do cristianismo.

«A existência de Cristo e de sua Ressurreição é o que a Igreja pede aos políticos que levem em consideração», enfatizou.

Weigel advertiu que «um mundo que não quer assumir a possibilidade da Redenção» assume o risco das ameaças para a democracia, porque «sem a Verdade, cria-se um entorno no qual os cidadãos não sabem justificar a preeminência da democracia sobre outras formas de ordem civil.

Neste contexto, acrescentou que, ainda que o Credo da fé «não contenha um plano para a política, dá uma idéia melhor da dignidade e da liberdade do homem. A Igreja que defende o Credo – matizou – está mais capacitada que os céticos para defender os direitos de todos. A Igreja que crê na verdade está mais capacitada para defender a democracia ante os radicalismos».

Finalmente, Weigel disse que «a primeira coisa que a Igreja pede ao mundo é que defenda o direito à liberdade religiosa, porque a Igreja não pode ser a Igreja em um Estado coercitivo».

«A defesa da liberdade religiosa não é a defesa de alguns interesses institucionais», mas «o reconhecimento de que cada homem dispõe de seu próprio espaço interior que nenhum governo pode invadir.»

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