segunda-feira, maio 21, 2007

Do casamento

Anda por aí um cartaz da JS que têm causado um pouco de animação. No dito cujo aparecem duas meninas a dar um beijinhos (com um ar um pouco lascívo admita-se) e a dizer "Somos iguais a ti". E eu até concordo com a frase. Tirando as diferenças de género, é verdade que somos iguais (e não me estou a referir ao facto de também elas gostarem de mulheres).

Do ponto vista humano eu sou igual a todos os Homens, temos todos o mesmo desejo de beleza, de justiça e de felicidade.

Também do ponto de vista religioso, não sou diferente dos homosexuais. A Igreja sempre distinguiu o pecado dos pecadores. A homosexualidade é um pecado e um pecado grave. Contudo os homosexuais, tal como todos os Homens, porque todos pecamos, podem sempre arrepender-se dos seus pecados. Se a misericórdia de Cristo chega para a minha culpa que é bem grande, também há de chegar para todos os outros.
Do ponto vista jurídico é indiferente o género sexual da pessoa com que alguém se deita (recuso-se a chamar-lhe orientação sexual, pois a seguir teria que falar da orientação alimentar para não discriminar os vegetarianos e da orientação cultural para não discrimar os modernistas).

Mas o cartaz têm um objectivo claro: não só uma tentativa de se mostrarem despreconceituosos (os meninos socialistas só tem preconceitos contra crianças com menos de 10 semanas) como é mais uma farpa na já longa luta da JS pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo e com isso não posso concordar.
O casamento não é uma invenção do Direito. O casamento não existe porque a Lei assim o diz. Antes de haver qualquer lei escrita já os homens e as mulheres se juntavam para terem família. É uma necessidade básica de qualquer espécie. A Lei limita-se a regular o casamento, não o pode re-inventar. Era como se a Lei viesse dizer que a água era H3O...

Podemos discutir se as uniões homosexuais merecem ou não protecção jurídica (eu acho que não) mas o casamento é entre pessoas de sexos diferentes e nenhuma lei pode mudar isso.

Se a JS conseguir aprovar o casamento para pessoas do mesmo sexo, então terá simplesmente acabado com o casamento!

1 comentário:

Teresinha Sanches de Baêna disse...

só sugiro então que depois se "aprove" também o "casamento" entre as pessoas e os animais que amam...