segunda-feira, abril 30, 2007
"O mendicante é o verdadeiro protagonista da história"
sexta-feira, abril 27, 2007
Perseguições
Manifestação Pacífica
Ontem, equanto acabava de fumar um cigarro à porta da Igreja da Encarnação ao olhar para as paredes pintadas na Igreja do Loreto comecei a perceber o conceito de "manifestação pacífica" da esquerda...
quarta-feira, abril 25, 2007
Juízo do C.L.U. italiano sobre o massacre da Universidade de Virginia.
O que aconteceu no campus de Virgínia Tech, em Blacksburg nos EUA, não pode deixar de nos atingir. Não sabemos se Cho Seung Hui era psicopata. Sabemos sim que estava zangado, desiludido com a vida.
Mas como é possível que um rapaz de vinte e três anos – tal como nós cheios de expectativas – entenda a realidade tão negativamente, ao ponto de pegar numa pistola e matar trinta e dois colegas?
É inegável que entre nós estudantes existe um mal-estar, uma insatisfação: tentamos perseguir os nossos desejos mais verdadeiros (um sentido do viver, um amor gratuito, amizade, justiça…), mas aquilo que queremos é sempre desproporcionado em relação ao que podemos fazer ou imaginar.
Diante disto, muitas vezes escolhe-se ignorar e começa-se a resignar a qualquer coisa que é menos do que aquilo que desejamos realmente: o sucesso, a melhor faculdade, uma certa imagem de si mesmo, aquilo que a sociedade de hoje nos indica como o máximo.
Quando se descobre a inadequação destes falsos ideiais, vem a desilusão e o vazio. Disparar contra quem está ao pé de ti, contra os teus colegas, é como afirmar que este mal-estar tem a última palavra sobre a nossa vida, como se fosse um obstáculo impossível de superar.
Nós mesmos, ainda que experimentando todos os dias este drama, não queremos renunciar à sede de satisfação que nos constitui, não queremos pôr de lado o grito do nosso coração.
Encontrámos alguém que partilha este drama connosco e que oferece uma hipótese de resposta à pergunta que nos inunda; uma resposta capaz de abraçar toda a existência, sem deixar nada de fora. Há pessoas na universidade que estudam, riem, choram, amam como nós, mas certos de um sentido, de uma Presença que une a vida. São sinal de uma esperança para todos, início de uma resposta também à “tragédia sem sentido” – como a definiu Bento XVI – de Blacksburg.
Universitários de Comunhão e Libertação
Milão, 19.04.2007
(Agradeço à Catas por ter traduzido este juízo tão prontamente)
Dia de São Marcos
"Era primo de Barnabé. Acompanhou o apóstolo Paulo na sua primeira viagem, e depois também o acompanhou a Roma. Foi discípulo de Pedro, de cuja pregação se fez intérprete no Evangelho que escreveu. É-lhe atribuída a fundação da Igreja de Alexandria."
Fonte: Agência Ecclesia
(Mesmo esrevendo pouco a gente não se esquece do nosso amigo Marcos)
terça-feira, abril 24, 2007
SOLDADO DA PAZ - Cidade Negra
QUE VÁ NOS PARAR
SE O BOM DE VIVER É ESTAR VIVO
TER AMOR, TER ABRIGO
TER SONHOS, TER MOTIVOS PRA CANTAR...
ARMAS NO CHÃO
FLORES NAS MÃOS
MAS SE O BOM DE VIVER É ESTAR VIVO
TER IRMÃOS, TER AMIGOS
VIVENDO EM PAZ, PRONTOS PRA LUTAR...
O SOLDADO DA PAZ NÃO PODE SER DERROTADO
AINDA QUE A GUERRA PAREÇA PERDIDA
POIS QUANTO MAIS SE SACRIFICA A VIDA
MAIS A VIDA E O TEMPO SÃO OS SEUS ALIADOS
O SOLDADO DA PAZ NÃO PODE SER DERROTADO
AINDA QUE A GUERRA PAREÇA PERDIDA
POIS QUANTO MAIS SE SACRIFICA A VIDA
MAIS A VIDA E O TEMPO SÃO OS SEUS ALIADOS
NÃO HÁ PERIGO
QUE VÁ NOS PARAR
SE O BOM DE VIVER É ESTAR VIVO
TER AMOR, TER ABRIGO
TER SONHOS, TER MOTIVOS PARA CANTAR...
Eu não tenho medo da vida, não por causa de uma coragem grande minha, mas porque Cristo na Cruz mostra que quem não tiver medo de dar a sua vida, ganha-a. Por isso também não temos medo do tempo, pois é no tempo que Cristo se revela, é no tempo (para citar o Pe. João) que a gente ganha!
P.S.: Dedicado especialmente ao Alex e a Matilde que sempre me dizeram que esta música era belissima.
segunda-feira, abril 23, 2007
À Primeira Vista
Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei
Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei
Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei
Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei
Quando chegou carta abri
Quando ouvi Salif Keita dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei
Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei
Daniela Mercury
Dizia don Julian Carrón em Lisboa no dia 30 de Março: "Nenhum poder do mundo pode probir o coração de se apaixonar".
A única coisa que nós precisámos de fazer é ser fieis aquilo que nos acontece: esperar quando é preciso esperar, dançar quando é suposto dançar e vir quando somos chamados.
Debaixo dos carácois
Um dia a areia branca
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
Roberto Carlos
Todos nós desejamos um lugar onde sejamos amados, uma "casa" no verdadeiro sentido da palavra. Um lugar onde realmente pertencemos.
(A qualidade do video não é a melhor, mas foi a única versão que conseguir arranjar.)
Canto Moço
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Nao soubemos de dor nem magoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manha clara
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La do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para nao se apagar a chama
Que da vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
La do cimo duma montanha
.
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde ha sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória ja nao espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
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Zeca Afonso
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quinta-feira, abril 19, 2007
2 anos...
Frei Tito Arimathil
:
Anunciação a Maria, Paul Claudel
quarta-feira, abril 18, 2007
Anedotas e futebol nas conversas com Bento XVI
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terça-feira, abril 17, 2007
segunda-feira, abril 16, 2007
Parabéns ao Papa
sábado, abril 14, 2007
Cristo ressuscitou!
Por isso não nos perturbamos com pseudo-documentário ou com romances históricos que negam o facto central da nossa existência. Porque para negar a ressurreição teriamos que nos negar a nós próprios.
Os ataques à Verdade hão de continuar. O documentário que fez furor nesta Páscoa é apenas a continuação do “Envagelho de Judas” ou do “Código de da Vinci” e tem por único fim semear a confusão no Coração dos homens. O autor deste ataque é o mesmo que há dois mil anos pagou aos soldados para dizerem que os discípulos tinham roubado o corpo de Cristo: o Demónio.
Mas o nosso Coração não se perturba, porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente!
Cristo ressuscitou, Aleluia, Aleluia!
Aborto
Canzone degli occhi e del cuore
dimenticassi le parole,
dimenticassi il posto e l’ora
o se era notte o c’era il sole,
non potrò mai dimenticare
cosa dicevano i tuoi occhi.
E così volando, volando
anche un piccolo cuore se ne andava
attraversando il cielo verso il Grande Cuore.
Un cuore piccolo e meschino
come un paese inospitale
volava dritto in alto verso il suo destino…
E non riuscirono a fermarlo
neanche i bilanci della vita
quegli inventari fatti sempre senza amore.
Così parlavo in fretta io
per non lasciare indietro niente
per non lasciare indietro il male
e i meccanismi della mente.
E mi dicevano i tuoi occhi
che ero già stato perdonato…
Adesso torna da chi sai
da chi divide con te tutto
abbraccia forte i figli tuoi
e non nascondere il tuo volto,
perché dagli occhi si capisce
quando la vita ricomincia.
Mesmo se um dia, meu amigo, eu esquecesse as palavras, esquecesse o lugar e a hora ou se era noite ou estava sol, nunca poderia esquecer o que diziam os teus olhos. E assim, voando, voando, também um pequeno coração ia atravessando o céu na direcção do Grande Coração. Um coração pequeno e mesquinho como uma aldeia inóspita voava a direito na direcção do seu destino… E não conseguiram detê-lo nem sequer as contas da vida, esses inventários feitos sempre sem amor. Assim falava eu apressadamente para não deixar nada para trás, para não deixar para trás o mal e os mecanismos da mente; e os teus olhos diziam-me que já tinha sido perdoado… Agora volta para quem sabes, para quem divide tudo contigo; abraça com força os teus filhos e não escondas o teu rosto, porque pelos olhos se percebe quando a vida recomeça.
terça-feira, abril 10, 2007
Exortação de Bento XVI na recitação do Regina Caeli, em Castel Gandolfo
Cheios da “alegria espiritual pelas celebrações da Páscoa”, Bento XVI lembrou o entusiasmo das mulheres que se dirigiram ao sepulcro e o viram vazio. “Cristo ressuscitou. É a este grande mistério que a liturgia dedica não apenas um dia, mas 50 dias, que corresponde a todo o tempo pascal, que se conclui com o Pentecostes”, explicou o Papa.
“O Domingo de Páscoa é um dia absolutamente especial, que se estende por toda esta semana até ao próximo Domingo. Neste clima de alegria pascal, a liturgia de hoje conduz-nos ao sepulcro, onde Maria Madalena e Maria, segundo São Mateus, visitaram o túmulo de Jesus. Narra o Evangelista que Ele veio ao encontro das mulheres e lhes disse: «Não tenhais medo, ide anunciar aos meus irmãos»”.
“Também a nós, hoje, tal como a estas mulheres que permaneceram junto de Jesus durante a sua Paixão, a ressurreição nos pede que não se tenhamos medo em ser mensageiros do anúncio. Não há que ter medo de encontrar Jesus ressuscitado”.
Esta é a mensagem que os cristãos são chamados a difundir a todos os cantos do mundo, apontou o Papa. “A fé cristã não nasce do acolhimento de uma doutrina, mas antes do encontro com uma Pessoa, com Cristo morto e ressuscitado. Na nossa existência quotidiana são tantas as ocasiões para comunicar aos outros a nossa fé de um modo simples e convicto. E é urgente que homens e mulheres da nossa época conheçam e se encontrem com Cristo, e graças também ao nosso exemplo, se deixem conquistar por Ele”.
Depois da oração Regina Caeli, que substitui o Angelus durante o tempo pascal, o Papa saudou os peregrinos presentes em várias línguas. Aos portugueses dirigiu palavras de saudação “com votos de todo o bem, e que Deus lhes conceda, como fruto da Páscoa de Cristo, a abundância dos dons do Espírito Santo”, finalizou.
Bento XVI regressa ao Vaticano no próximo sábado.
segunda-feira, abril 09, 2007
Regina Caeli
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso seio, Aleluia!
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V. Ressuscitou, como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!
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V. Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!
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Oremos: Ó Deus, que enchestes o mundo de alegria pela ressureição do Vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, fazei que, pela intercessão da Virgem Maria, sua Mãe, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo Senhor nosso. Amen.
Vinde por Maria!
domingo, abril 08, 2007
Bom ladrão
sexta-feira, abril 06, 2007
Páscoa
A ressurreição desvenda aquele que é o artigo decisivo da nossa fé: "E fez-se homem." Daqui sabemos que é para sempre verdade que Ele é homem. E sê-lo-á para sempre. Através Dele, a humanidade foi introduzida na própria natureza de Deus - é este o fruto da sua morte. Nós estamos, nós somos em Deus. Deus é o inteiramente outro e ao, memso tempo, o não-outro. Se dissermos Pai juntamente com Jesus dizê-mo-lo no próprio Deus. É esta a esperança do homem, a alegria cristâ, o Evangelho: ainda hoje ele é homem. Nele, Deus tornou-se verdadeiramente o não-outro. O homem, ser absurdo, deixou de ser absurdo. O homem, o ser desconsolado, já não está desconsolado: rejubilemos. Ele ama-nos, e Deus ama-nos a tal ponto que o seu amor se fez carne e permanece carne. Esta alegria deveria ser o mais forte de todos os impulsos, a força mais impetuosa capaz de nos impelir a comunicar a notícia aos outros homens, a fim de que também eles rejubilem com a luz que nos foi desvendada e que, no meio da noite do mundo, nos anuncia o dia.
Joseph Ratzinger, O caminho Pascal
Escrevo já hoje o post para Domingo pois não vou estar cá.
Santa Páscoa a todos
Sexta-Feira Santa
Salvador Dali, Cristo de S. João da Cruz
No cimo da cruz de Jesus – nas duas línguas do mundo de então, o grego e o latim, e na língua do povo eleito, o hebraico – está escrito quem é: o Rei dos Judeus, o Filho prometido a David. Pilatos, o juiz injusto, tornou-se profeta sem querer. Perante a opinião pública mundial é proclamada a realeza de Jesus. O próprio Jesus não tinha aceite o título de Messias, enquanto poderia induzir a uma ideia errada, humana, de poder e de salvação. Mas, agora, o título pode estar escrito ali publicamente sobre o Crucificado. Ele, assim, é verdadeiramente o rei do mundo. Agora foi verdadeiramente «elevado». Na sua descida, Ele subiu. Agora cumpriu radicalmente o mandamento do amor, cumpriu a oferta de Si próprio, e precisamente deste modo Ele é agora a manifestação do verdadeiro Deus, daquele Deus que é amor. Agora sabemos quem é Deus. Agora sabemos como é a verdadeira realeza. Jesus reza o Salmo 22, que começa por estas palavras: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Sal 22/21, 2). Assume em Si mesmo todo o Israel, a humanidade inteira, que sofre o drama da escuridão de Deus, e faz com que Deus Se manifeste precisamente onde parece estar definitivamente derrotado e ausente. A cruz de Cristo é um acontecimento cósmico. O mundo fica na escuridão, quando o Filho de Deus sofre a morte. A terra treme. E junto da cruz tem início a Igreja dos pagãos. O centurião romano reconhece, compreende que Jesus é o Filho de Deus. Da cruz, Ele triunfa sem cessar.
Meditação do Cardeal Ratzinger para a Via Sacra no Coliseu, na Sexta-Feira Santa de 2005
quinta-feira, abril 05, 2007
Fora de Estrutura
Quinta-feira Santa
Jesus insere a sua novidade radical no âmbito da antiga ceia sacrificial hebraica. Uma tal ceia, nós, cristãos, já não temos necessidade de a repetir. Como justamente dizem os Padres, figura transit in veritatem: aquilo que anunciava as realidades futuras cedeu agora o lugar à própria Verdade. O antigo rito consumou-se e ficou definitivamente superado mediante o dom de amor do Filho de Deus encarnado. O alimento da verdade, Cristo imolado por nós, pôs termo às figuras (dat figuris terminum). Com a sua ordem « Fazei isto em memória de Mim » (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 25), pede-nos para corresponder ao seu dom e representá-Lo sacramentalmente; com tais palavras, o Senhor manifesta, por assim dizer, a esperança de que a Igreja, nascida do seu sacrifício, acolha este dom desenvolvendo, sob a guia do Espírito Santo, a forma litúrgica do sacramento. De facto, o memorial do seu dom perfeito não consiste na simples repetição da Última Ceia, mas propriamente na Eucaristia, ou seja, na novidade radical do culto cristão. Assim Jesus deixou-nos a missão de entrar na sua « hora »: « A Eucaristia arrasta-nos no acto oblativo de Jesus. Não é só de modo estático que recebemos o Logos encarnado, mas ficamos envolvidos na dinâmica da sua doação ». Ele « arrasta-nos para dentro de Si ». A conversão substancial do pão e do vinho no seu corpo e no seu sangue insere dentro da criação o princípio duma mudança radical, como uma espécie de « fissão nuclear » (para utilizar uma imagem hoje bem conhecida de todos nós), verificada no mais íntimo do ser; uma mudança destinada a suscitar um processo de transformação da realidade, cujo termo último é a transfiguração do mundo inteiro, até chegar àquela condição em que Deus seja tudo em todos (1 Cor 15, 28).
Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis de Sua Santidade Bento XVI
Soneto da Fidelidade - Vinicius de Morais
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Tríduo Pascal
O Pórtico do Mistério da Segunda Virtude
Isso sim admira-me,
admira até a Mim mesmo.
Que estes pobres filhos vejam como hoje caminham as coisas,
e creiam que amanhã tudo irá melhor,
isto sim que é assombroso e é, com muito,a maior maravilha da nossa graça.
E eu mesmo me assombro com isso.
Que será necessário que seja minha graça
(e qual a força dessa minha graça)
para que esta pequena Esperança,vacilante ante o sopro do pecado,
trêmula ante os ventos,agonizante ante o menor sopro,
siga estando viva,
impossível de apagar?
Esta pequena Esperança que parece coisa de nada,
esta pequena filha Esperança.
Imortal.
Pelo caminho escarpado, arenoso e estreito,
arrastada e braços dados
com suas duas irmãs maiores,
segue a pequena Esperança
como uma criança sem forças para caminhar.
Mas na realidade é ela
quem faz andar às outras duas,
e que as arrastae que faz andar o mundo inteiro,
e a que arrasta.
Porque, em verdade, não se trabalha senão pelos filhos,
E os dois maiores não avançam
Se não graças à pequena."
.
(Charles Péguy, Le Porche du Mystère de la Deuxième Vertu)
Gente Perdida - Mafalda Veiga
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus
.
Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder
.
Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
A gente finge
Mas sabe o que não é verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta
.
Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor
.
Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta
.
Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E guardo este abraço só para ti
.
quarta-feira, abril 04, 2007
"Toda a nossa Glória"
Páscoa 2007
O Espirito Santo suscitou na Igreja, através de D. Giussani, um movimento, o vosso, para testemunhar a beleza de ser cristão numa época em que se difundia a opinião de que o cristianismo era uma coisa custosa e pesada de se viver. Giussani empenhou-se então em reavivar nos jovens o amor a Cristo, "Caminho, Verdade e Vida", repetindo que só ele é o caminho para a realização dos desejos mais profundos do coração do homem, e que Cristo não nos salva apesar da nossa humanidade, mas através dela.
Bento XVI
(Audiência aos participantes da peregrinação promovida pela Fraternidade de Comunhão e Libertação.
Roma, Praça de São Pedro, 24 de Março de 2007)
segunda-feira, abril 02, 2007
A Missão que o Santo Padre nos confiou.
.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus;
Para que sejamos dignos das Promessas de Cristo.