segunda-feira, julho 27, 2009

Gripe A


Há uma semana a Pastoral da Saúde publicou uma nota sobre os cuidados a ter com a Gripe A. A nota, que sublinhava o facto de o seu conteúdo não alterar as regras da liturgia sendo apenas uma recomendação, é um documento neutro que transporta para o campo da liturgia os conselhos que as diversas autoridades do campo da saúde têm transmitido sobre esta nova "pandemia".

O Senhor Patriarca entendeu esclarecer os sacerdotes e o povo de Lisboa, escrevendo uma carta no qual relembrava o aspecto de a nota ser uma mera recomendação e sublinhando dois outros pontos, que a meu ver tornam a carta muito interessante.

O primeiro foi o do rigor e da qualidade da liturgia. Explica o Senhor Patriarca que se nas celebrações a liturgia for observada com rigor, não há de facto risco de contágio, pois não há grande contacto físico. Ou seja, o nosso Bispo não dá como adquirido que o abraço da paz tenha que ser um circo com beijinho para a direita, para a esquerda, para a frente e para trás. Em vez de recomendar uma medida extraordinária, limita-se a recordar o modo como deve ser vivida a liturgia. Ou seja, educa.

O segundo ponto foi o esclarecer que só o bispo, a Conferência Episcopal e a Santa Sé têm o poder de alterar a liturgia. Ou seja, relembra que as liturgias "alternativas", que não sigam as indicações da hierarquia, vão contra a unidade com o bispo e com a Igreja.

Ao contrário dos que os media deram a entender, não há nenhuma "guerra" entre o Patriarca e a Pastoral da Saúde. Cada um cumpriu o seu dever: a Pastoral da Saúde aconselha, o bispo educa.

SEMPER FIDELIS!

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