Ontem foi dia Europeu Contra a Pena de Morte. Coisa com que eu aliás concordo. Embore não seja em absoluto contra a pena de morte, não me parece que se justifique neste momento mantê-la em nenhum Estado europeu. Tal como não me parece que se justifique manter tal pena em nenhum Estado nos nossos dias.
Contudo não me deixa de causar estranheza que o grande impulsionador desta ideia, o nosso Primeiro Ministro, venha agora dizer que a pena de morte é "violação séria dos direitos humanos, especialmente do direito à vida". Parece um pouco desplante que um homem que promoveu uma lei que permite a liberalização do aborto até as dez semanas (que na prática podem chegar até as 13) venha agora falar do "direito à vida".
A posição da Polónia sobre este tema, que com o seu voto contra impossibilitou que este dia fosse promovido pela UE, parece-me justa. Como é que um organismo como a UE, que tem vindo a recomendar o respeito pelo direito ao aborto, se atravessa agora para defender a vida?
Ainda por cima, a pena de morte não é hoje aplicada em nenhum Estado da UE. Já o aborto se pdoe praticar em todos excepto na Polónia e na Irlanda.
Eu sei que não é a coerência que nos salva, mas tanta lata irrita!
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