quarta-feira, outubro 31, 2007
Dia das bruxas.
terça-feira, outubro 30, 2007
Mártires de Espanha
Esta beatificação não é um ajuste de contas com uma história muitas vezes mal contada, reescrita pelas canetas de Hemingway e Orwell que branquearam as atrocidades republicanas, mas apenas o apontar para aqueles que deram a sua vida por amor a Cristo.
Como relembra o Bispo de Salamanca, os mártires não estavam em guerra com ninguém. Recusaram foi simplesmente a negar Cristo. Por isto morreram.
Pedimo aos gloriosos mártires de Espanha que, numa altura em que a sua terra mais uma vez é invadida por uma onda laica e anti-religios, que se espalha também por toda a Europa, que rezem por nós junto de Deus.
Fraternidade de São Carlos Borromeu
terça-feira, outubro 23, 2007
"Estamos aqui, Santo Padre"
"Santidade,
Uma alegria imensa é o sentimento que invade cada um de nós, muito felizes por poder vir ao Seu encontro e partilhar com Vossa Santidade este momento. Permita-me que lhe agradeça de todo o coração em nome dos meus amigos por este dom inestimável.
Conservamos ainda muito viva na memória a última vez que nos encontrámos com Vossa Santidade por ocasião do funeral de don Giussani. Nunca poderemos esquecer a sua comovente disponibilidade para vir celebrá-lo e as palavras cheias de afeição e de profunda compreensão dele. Quantas vezes, desde então, nos surpreendemos a falar de don Giussani com as palavras que Vossa Santidade nos dirigiu nesse dia para descrever a sua personalidade: um homem ferido pela beleza, que não guiava para si, mas para Cristo, e assim ganhava os corações!
É dele, do seu testemunho incansável, que nós aprendemos aquilo que Vossa Santidade não se cansa de repetir a todos desde que ascendeu ao Trono Pontifício, a beleza do cristianismo. Nós estamos fascinados pela beleza de Cristo, que se tornou persuasiva pela intensidade contagiosa de don Giussani, a ponto de cada um de nós poder dizer com Jacopone da Todi: «Cristo atrai-me todo a si, tão belo é». Nós descobrimos esta beleza do cristianismo sem descurar nada do que é autenticamente humano. Pelo contrário, para nós, viver a fé em Cristo coincide com a exaltação do humano. Todo o esforço educativo de don Giussani foi mostrar a correspondência de Cristo com todas as exigências humanas autênticas. Ele estava convicto de que só uma proposta dirigida à razão e à liberdade, e verificada na experiência, seria capaz de interessar ao homem, por ser a única capaz de lhe fazer perceber a sua verdade, ou seja, a sua conveniência humana. Mostrou-nos, assim, como é possível viver a fé como homens, no pleno uso da razão, da liberdade e da afeição. Nós queremos seguir os seus passos.
Diante de tanta graça é impossível não sentir um calafrio por toda a nossa desproporção. Por isso voltámos muitas vezes, particularmente nestes dias de encontro com Vossa Santidade, às palavras que don Giussani nos dirigiu em 1984 pelo trigésimo aniversário do nascimento do movimento:
«À medida que amadurecemos somos para nós próprios espectáculo e, Deus o queira, também para os outros. Espectáculo, quer dizer, de limite e de traição e, por isso de humilhação, e ao mesmo tempo de segurança inesgotável na graça que nos é concedida e renovada cada manhã. Daqui provém aquela galhardia ingénua que nos caracteriza, pela qual cada dia da nossa vida é concebido como uma oferta a Deus, para que a Igreja exista dentro dos nossos corpos e das nossas almas, através da materialidade da nossa existência».
Conscientes do nosso nada, pedimos todos os dias que saibamos dizer “sim” à graça que nos é concedida, para que a possamos testemunhar sem pretensões, mas também sem medo, a todos os homens nossos irmãos. Estamos certos de que, neste momento de confusão que o mundo está a viver, o coração do homem, embora ferido, permanece capaz de reconhecer a verdade e a beleza, se a encontrar no caminho da vida. Nós desejamos viver a novidade que nos coube em todas as situações e ambientes em que se desenvolve a nossa existência, confiando poder dar testemunho, na nossa pequenez, de toda a beleza que invadiu a nossa vida, de modo que possa ser encontrada.
Esperamos, assim, que se cumpra em nós aquilo que desde sempre foi o método de Deus para se tornar companheiro de caminho para todo o homem, conceder a graça a alguém, para que através dele possa chegar a todos. Assim como foi concedida a don Giussani para que chegasse até nós, também a nós foi concedida para que chegue a outros. É isto que pode tornar possível esse encontro no qual te origem a fé cristã, como Vossa Santidade nos recordou na Sua encíclica Deus caritas est: «No início do ser cristão não está uma decisão ética ou uma grande ideia, nas sim o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá à vida um novo horizonte e, com isso, o rumo decisivo» (n.1).
Por isso, durante estes anos, procurámos levar a sério o convite missionário do Servo de Deus João Paulo II por ocasião do trigésimo aniversário do movimento: «Ide por todo o mundo a levar a verdade, a beleza e a paz, que se encontram em Cristo Redentor» (29 de Setembro de 1984). A difusão do carisma e o crescimento das comunidades do movimento em todo o mundo mostram a misericórdia de Deus, que quis dar fruto ao nosso compromisso. Viajando pelo mundo vi que um cristianismo assim vivido, nos seus elementos essenciais, pode receber muito acolhimento no coração do homem, independentemente de qualquer cultura ou religião.
O nosso desejo é aquele que sempre moveu o coração de don Giussani: que em tudo e por tudo a força persuasiva do movimento seja «instrumento da missão do único Povo de Deus» (Testemunho de don Luigi Giussani durante o encontro do Santo Padre João Paulo II com os movimentos eclesiais e as novas comunidades. Praça de São Pedro, Roma, 30 de Maio de 1998, n. 2); que o fascínio do carisma encontrado seja para o bem da Santa Igreja, dispersa por todo o mundo e presente em cada Igreja particular.
Por isso pedimos este encontro consigo, Santidade. Como Vossa Santidade bem sabe, a história do nosso movimento foi sempre marcada por esta estrita relação com a Sede Apostólica. Desde o início don Giussani procurou viver a graça recebida em plena comunhão com o sucessor de Pedro, único capaz de garantir a autenticidade de toda a tentativa, de Paulo VI a João Paulo II. Nós somos testemunhas da gratidão imensa de don Giussani quando João Paulo II reconheceu a Fraternidade de Comunhão e Libertação. E temos ainda nos olhos como diante de todos exprimiu toda a sua devoção ajoelhando-se aos pés do Papa em 30 de Maio de 1998.
É com a mesma devoção que vimos, hoje, ter com Sua Santidade, no XXV aniversário do reconhecimento pontifício da Fraternidade e a dois anos da morte de don Giussani, bem cientes do valor do sucessor de Pedro para a nossa fé. Sem o seu testemunho, assegurado pelo poder do Espírito, o cristianismo decairia numa das muitas variantes ideológicas que dominam o mundo.
Estamos aqui, Santo Padre, totalmente solícitos a acolher as indicações, e as eventuais correcções, para o caminho que temos por diante, convictos de que, seguindo-o, tornaremos útil para toda a Igreja e para o mundo o dom do carisma que nos fascinou. Como tesouro guardaremos as suas palavras e, tenho a certeza de que estou a falar em nome de cada um dos meus amigos, comprometer-nos-emos em vivê-las com todas as nossas capacidades, certos da companhia apaixonada de don Giussani na nossa vida."
Semper Fidelis!
segunda-feira, outubro 22, 2007
O Tigre e a Neve
"Não existem coisas mais poéticas que outras.
A poesia não está cá fora, está cá dentro, cá dentro.
Não te perguntes o que é a poesia
Vê-te ao espelho.
A poesia és tu!
Vistam bem a poesia, vistam bem as palavras, escolham-nas bem!
Às vezes são precisos oito meses para encontrar a palavra, escolham!
A beleza nasceu quando as pessoas começaram a escolher.
Apaixonem-se!! Se não se apaixonarem tudo ficará morto!
Apaixonem-se e tudo ganha vida, tudo começa a mexer!
Delapidem a alegria, rejubilem!!
Estejam tristes e taciturnos com exuberância, atirem à cara dos outros
a vossa felicidade!
Para transmitir felicidade é preciso ser feliz.
Para transmitir a dor é preciso ser feliz.
Sejam felizes!!
Devem amargar, sentir-se mal, sofrer.
Não receiem o sofrimento, toda a gente sofre.
Basta uma coisa para escrever poesia: TUDO!
Não queiram ser modernos, não há coisa mais antiquada que essa.
Se uma frase não vos ocorrer numa posição… deitem-se no chão,
é deitado que se vê o céu!! Os poetas não olham, vêem!
Isto é a beleza!"
Aborto clandestino
sexta-feira, outubro 19, 2007
quinta-feira, outubro 18, 2007
Liberdade de Educação
Esta noticia surge pouco tempo depois de outra, que nos dava conta de que o Conselhor Europeu tinha aprovado um resolução a rejeita a possibilidade de se ensinar o criacionismo nas escolas.
Eu sou da opinião que não deve ensinar uma teoria religiosa como cientifica. O mais longe que a ciência pode chegar é a uma teoria que aponta várias coicidências extraórdinárias. Que esta coicidências são nada mais do que Desginio de Nosso Senhor, já não cabe a ciência explicar, mas sim à Fé.
Mas este não é o problema. O drama é que um Estado imponha às escolas privadas como devem ensinar. Os pais, que já tem dificuldade em porem os filhos em escolas privadas por causa dos preços, devem poder escolher como querem educar os filhos. É para isso que os põem nessas escolas. Não pode ser o Estado a decidir por eles.
Já basta a escola pública, onde os programas são verdadeiros programas doutrinários do regime, que ensina que Estaline foi um "paladino da luta anti-nazi" e que nos obriga a ler Saramago. Não é preciso que também as escolas privadas estejam sujeitas à vontade doutrinária do Estado.
Os pais têm que ter liberdade para ensinar os seus filhos. Nós temos que ter a liberdade para aprendermos!
Deontologia? Mas o que é isso?
Argumenta o MS, através do conselho consultivo da Procuradoria Geral da Républica, que o estas disposições do Código Deontológico da OM viola a harmonia do sistema jurídico, devendo por isso ser alterado, de modo a declarar que não é deontológicamente errado um médico por fim a uma vida dentro da barriga da mãe.
Suponho que o MS vá conseguir levar a sua avante, tem o poder e a justiça do seu lado. Mas o Direito não se esgota nas leis, muito menos ainda a ética profissional.
O Direito, citando o Professor Eduardo Vera Cruz, é o método para alcançar a justiça. Não é um mero conjunto de leis feitas por quem está no poder. Por isso, por muitas leis que se aprovem, o aborto continuará a ser uma violação gravissima da justiça.
Já a ética, segundo São Tomás de Aquino, é agir de acordo com a razão, que nos permite captar intuitivamente a ordem moral. Por iss não se esgota num código de uma ordem profissional. O MS poderá alterar as vezes que quiser o Código da OM, mas fazer um médico praticar um aborto será sempre uma afronta gravissima a deontologia médica.
O que me assusta é que um governo, porque se encontra baseado numa maioria, pense que pode dominar a consciência de toda uma ordem profissional.
terça-feira, outubro 16, 2007
Guerra!
"Não tenhais medo de abrir, não, de escancarar as portas do vosso coração a Cristo"
Faz hoje 29 anos que o Cardeal Karol Woitila foi eleito para Pastor da Igreja. Agradecemos a Deus o dom da sua pessoa e a graça do seu magistério.
Semper Fidelis!
Sede de Infinito
segunda-feira, outubro 15, 2007
Palavra do Papa aos peregrinos de Fátima
SEMPER FIDELIS!
Uma grande paternidade!
Antevisão da Tracce de Outubro - Política
Da una parte, uno statalismo che soffoca anche i segnali di ripresa. Dall’altra, l’individualismo di chi sposa solo il suo “particulare”. E, sullo sfondo, la crescita dell’anti-politica.
Su cosa si può far leva per risollevare un Paese avvitato su se stesso? Sul senso religioso.
Su uno Stato davvero laico. E su cinque proposte da mettere in pratica subito
di Giorgio Vittadini*
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Per esaminare la situazione attuale del nostro Paese, è utile partire dal Rapporto 2007 di Unioncamere, dove si legge: «L’economia italiana sta attraversando un lungo periodo di trasformazione. I principali indicatori economici del 2006 hanno fornito segnali di crescita incoraggianti e le stime previsionali per il 2007 sono altrettanto buone (…). Gli imprenditori, nel complesso, hanno la consapevolezza di potercela fare e sono tornati ad investire».
Tutto suggerirebbe che, per favorire un nuovo sviluppo e una nuova equità, occorrerebbe aiutare questa crescita dal basso dell’imprenditoria, delle opere sociali, e di un sistema dell’istruzione caratterizzato dalla libertà di educazione. Dice ancora il Rapporto di Unioncamere: «La domanda principale ora riguarda la capacità del Sistema Paese di consolidare la ripresa nel medio periodo, sciogliendo quei nodi strutturali che frenano la competitività delle imprese (…). Ora però una quota significativa di imprese (…) è impegnata soprattutto a migliorare l’efficienza produttiva e ha bisogno di contare su un Sistema Paese competitivo».
L’“uomo nuovo”
Al contrario, la realtà dei fatti ci pone di fronte a un soffocante statalismo dove la piccola e media impresa è considerata un ammortizzatore sociale, fonte di evasione fiscale e inefficienza e, mentre si cerca di perseguire l’equità mediante il rilancio di un welfare state clientelare, si difende il monopolio statale dell’istruzione e si permette un potere di veto pressoché totale ai sindacati in numerosi settori. In sintesi, sembra che non interessino i tentativi di chi si muove con intelligenza e pare che valgano solo schemi da applicare alla realtà. C’è da sperare che i dati sull’economia dell’ultimo periodo, più negativi del previsto, non siano il segno di una stanchezza di fronte a una politica che comprime lo sviluppo e quindi anche il benessere.
Purtroppo questa situazione non è né contingente, né episodica, ma può essere interpretata come il primo avverarsi della “profezia” formulata qualche decennio fa da Augusto Del Noce e che riguardava l’involuzione convergente cui sarebbero andati incontro un certo socialismo e un certo cattolicesimo in Italia: quel socialismo e quel cattolicesimo che oggi si saldano nell’inedita miscela culturale soggiacente all’attuale coalizione di governo, mortificando qualsiasi istanza autenticamente riformatrice, pur presente in molti esponenti della coalizione. Si tratta di un socialismo che, staccandosi via via dalle sue radici popolari (pur ancora fortemente presenti nella società italiana), ha sposato un’idea di uomo figlia dell’Illuminismo radicale e dei suoi esiti relativisti e nichilisti. L’“uomo nuovo”, svincolato da ogni concreta appartenenza, non può rifarsi ad alcun valore oggettivo e impone alla realtà ciò che gli pare e piace. Questo essere senza legami e senza leggi fonda una nuova moralità, fatta di individualismo; ricerca del proprio “particulare” corporativo in economia; diritto a disporre della vita, della integrità della persona umana, dei legami familiari; tolleranza verso violenze conformi ai propri ideali di potere; indifferenza verso la confusione e il degrado giovanile.
Questa logica individualistica si coniuga paradossalmente, sul piano politico, con una logica ostinatamente statalista. Infatti, in uno scenario in cui ciascuno cerca di strappare per sé il massimo di benessere possibile, solo lo Stato può presentarsi, hobbesianamente, come la suprema entità, l’istanza abilitata a legittimare o a delegittimare dall’alto i comportamenti sociali e a erogare servizi capaci di equità in ogni campo, da quello dell’istruzione a quello dell’assistenza sanitaria.
È inevitabile il matrimonio di questa concezione con quel “cattolicesimo adulto” che, dominato da una coscienza individuale dualista, priva di contenuto e di riferimento oggettivi nella vita sociale, vede nello svincolarsi da legami oggettivi il progresso umano e si limita quindi a giustificare moralmente i contenuti posti da un nuovo radical-marxismo. Come sintetizzava don Giussani ad Assago nel 1987 al Congresso della Dc lombarda, ne deriva «un volontarismo senza respiro e senza orizzonte, senza genialità e senza spazio. Un moralismo d’appoggio allo Stato, inteso come ultima fonte di consistenza per il flusso umano» (L’io, il potere e le opere, Marietti).
Il mondo post-girotondino dell’apparente anti-politica è in realtà portatore della stessa cultura in cui si mescolano radicalismo giustizialista e statalismo veteromarxista, ed è quindi in polemica con l’apparato di governo solo perché vorrebbe accelerare tutto il processo. Anche l’anti-politica snob degli ultraliberisti, in polemica con il governo di sinistra nella lotta per il potere, è fatto in realtà della stessa pasta: partendo dalla giusta accusa a clientelismo e rendita, vede il capitalismo finanziario delle multinazionali come il soggetto di un progresso reale, a dispetto dei limiti strutturali che ha mostrato nei recenti scandali internazionali (Enron, Parmalat, Hedge Funds). E perché questo avvenga occorre eliminare l’anomalia cattolica fatta di ideali oggettivi e di appartenenze a realtà sociali. Lo Stato deve perciò allearsi a questo grande capitale finanziario internazionale, legittimandolo e comprimendo ogni tentativo della società e del diffuso mondo imprenditoriale di cercare la sua strada verso lo sviluppo.
Si può quindi parlare a proposito di queste posizioni come di una prepotenza imposta alla realtà innanzitutto umana, «perseguita con la riduzione sistematica dei desideri, delle esigenze e dei valori», riprendendo l’espressione usata da don Giussani ad Assago.
Cultura della responsabilità
Se l’attacco in corso riguarda la stessa concezione della persona, la risposta non può che essere a quel livello e partire, anche sul piano politico ed economico (come disse ancora don Giussani) dal rilancio dell’«irriducibilità della coscienza alle istituzioni», da quella «cultura della responsabilità» che «deve mantenere viva quella posizione originale dell’uomo da cui scaturiscono desideri e valori» e che perciò non può non partire dal senso religioso, «questo elemento dinamico, questo fattore fondamentale che si esprime nell’uomo attraverso domande, istanze, sollecitazioni personali e sociali». Da qui può nascere una base solida della società perché il senso religioso è «la radice da cui scaturiscono i valori. Un valore, ultimamente, consiste nella prospettiva del rapporto tra un contingente e la totalità, l’assoluto» e permette di guardare la realtà in modo adeguato affrontando i bisogni in cui si incarnano i desideri; immaginando e creando strutture operative capillari e tempestive che chiamiamo «opere» («forme di vita nuova per l’uomo», come disse Giovanni Paolo II al Meeting di Rimini nel 1982) in cui si ha presente che il fine di ogni realtà sociale, persino di un’impresa, è la felicità di chi ci lavora e il benessere collettivo di tutta la società.
Il partito del “divo”
Per questo la risposta all’attuale situazione non può essere un semplice ribaltamento degli equilibri di potere: purtroppo oggi l’attuale centro-destra, che pure non ha nelle sue radici un’ideologia anti-umana, non rappresenta un’alternativa credibile alle componenti radicali, giacobine e giustizialiste del centro-sinistra. Anche la maggioranza dei suoi esponenti, infatti, come e più della vecchia Dc, non fonda la sua azione sulla valorizzazione del senso religioso come capacità di apertura e affronto della realtà. Piuttosto, in un superficiale edonismo gaio senza riferimenti a esperienze popolari mosse da valori ideali, finisce per ritenere che la politica, il partito e nel partito l’uomo forte, il “divo”, debbano e possano risolvere i problemi. Per questo, nel suo complesso, grazie al risultato elettorale, il centro-destra svolge la pur importante funzione di freno al radicalismo marxista su certi temi cruciali (vedi lavoro, famiglia, vita, statalismo economico), ma non ha forza propulsiva, al punto tale che quando diventa forza di governo le personalità e le idee che lo animano sono oscurate e non c’è di fatto una proposta di aiuto alle spinte dal basso.
Non fa eccezione la parte culturalmente più nobile del centro-destra, quella che fa capo in diverso modo al pensiero neo-con. Prescindendo dal riferimento al senso religioso, gli esponenti di questa corrente finiscono per riproporre alcuni giusti valori, ma basandosi su una tradizione non verificata in modo critico dall’esperienza intesa nel suo significato integrale. Così, questo mondo finisce per sposare anche posizioni politiche che hanno mostrato i loro limiti, come l’esportazione forzata della democrazia occidentale e la guerra dell’attuale amministrazione americana in polemica con la Santa Sede e la mancanza di attenzione alla sussidiarietà sotto il profilo teorico e pratico, finendo per credere che il cambiamento possa venire dal “divo” in politica.
In definitiva perciò vale oggi per tutta la politica e anche per l’anti-politica italiana un altro concetto espresso da don Giussani ad Assago 1987: «Un partito che soffocasse, che non favorisse o che non difendesse questa ricca creatività sociale, contribuirebbe a creare, o a mantenere, uno Stato prepotente sulla società. Tale Stato si ridurrebbe a essere funzionale solo ai programmi di chi fosse al potere».
Come fare ora se la risposta non sta nei vecchi partiti, né nei nuovi ipotizzati anche da una parte di certo mondo cattolico dopo il successo di giuste battaglie a favore di diritti irrinunciabili?
Tornaconto e libertà
Non c’è altra strada che quella lunga, quotidiana, personale educazione al senso religioso che, unica, può fondare un soggetto capace di agire senza ridurre il suo desiderio. «Se ci fosse un’educazione del popolo», come ebbe a dire sempre don Giussani dopo la strage di Nassirya. Ed è per questo che la prima emergenza è l’educazione, come ha sottolineato un appello sottoscritto nel 2005 da numerosi esponenti della vita pubblica italiana e confermato dalle risposte degli intervistati in una indagine condotta dalla Fondazione per la Sussidiarietà nel 2006.
Stanno venendo meno quei movimenti, quelle realtà di base, quei corpi sociali, alla radice del nostro patto costituzionale (Art. 2), dove l’aggregazione non avviene, come diceva Giussani, «nella provvisorietà di un tornaconto, ma sostanzialmente (…) secondo una interezza e una libertà sorprendenti». In queste realtà il desiderio viene educato, difeso contro le riduzioni del potere e possono nascere opere nel senso detto che, senza la pretesa di risolvere tutti i problemi «puntellando l’impero» (come ha suggerito alcuni anni fa il filosofo Alasdair MacIntyre), possono essere degli esempi da cui può ripartire una società più vera, esattamente come furono i monasteri nel Medioevo.
Di questa possibilità ha parlato don Julián Carrón nell’ultima Assemblea internazionale dei responsabili di Cl a La Thuile, riprendendo il tema dell’educazione al senso religioso. La ricostruzione dell’umano e della società avviene quando si incontra «un io che, facendo l’opera, non riduca il bisogno, non riduca la risposta al bisogno. Nella modalità con cui noi rispondiamo al bisogno, nella modalità con cui noi generiamo un’opera, si vede qual è la percezione del Mistero». Ma «perché io non riduca il bisogno, perché quando guardo un altro io non lo riduca, occorre che io non sia ridotto, occorre che il mio io non sia ridotto. Se io mi rendo conto di qual è il mio bisogno, non sarò così ingenuo da pensare che, rispondendo soltanto parzialmente al bisogno dell’altro, io risponda all’altro. Occorre muoversi imitando quanto fece Gesù: che non ha cercato soltanto di rispondere alla fame, ma ha cercato di rispondere a un’altra fame, perché “non di solo pane vive l’uomo”».
Quando questo avviene, senza soccombere al ricatto di volere risolvere tutto e senza perdere la propria originalità (che consiste nel porsi come io), cominciano a esistere esempi dove accade che «si comunichi l’esistenza di una risposta alla totalità del bisogno e perciò si ridesti la speranza intorno». Questo il cammino, non breve e non semplice, ma inevitabile che si apre davanti a noi. Solo così potrà ridestarsi un io in grado di dare un contributo al bene di tutti.
In questo contesto, che ruolo deve avere la politica per favorire l’educazione e la valorizzazione di ciò che è di più positivo e innovativo? Dice ancora don Giussani ad Assago: «La politica deve decidere se favorire la società esclusivamente come strumento di manipolazione dello Stato, come oggetto del suo potere. Ovvero favorire uno Stato che sia veramente laico, cioè al servizio della vita sociale secondo il concetto tomistico di “bene comune” ripreso vigorosamente dal grande e dimenticato magistero di Leone XIII». Sono parole del tutto attuali che indicano una strada possibile anche per i sinceri riformisti presenti in entrambi gli schieramenti, oggi mortificati nei loro tentativi di rinnovamento.
*Presidente Fondazione
per la Sussidiarietà
sábado, outubro 13, 2007
«No mundo tereis aflições, mas tende confiança. Eu venci o mundo.»
(13 de Outubro de 2007)
Texto integral da Homilia do cardeal Tarcisio Bertone, Enviado papal
"Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Amados Irmãos e Irmãs no Senhor!
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio advertindo-a da chegada do Emanuel esperado; então, cheia do Espírito Santo, ela exclama: «Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43). A mesma exclamação se eleva hoje desta assembleia à vista dos sinais de misericórdia que Deus Se dignou conceder a indivíduos, povos e nações, ao longo dos últimos 90 [noventa] anos, pela mediação da Mãe da Misericórdia aqui manifestada como Nossa Senhora do Rosário.
Conta-se que, em Fevereiro de 1918 [mil novecentos e dezoito], se encontraram na Câmara Eclesiástica do Patriarcado de Lisboa alguns sacerdotes e um jornalista católico, o qual criticara a exposição ali feita por um dos sacerdotes sobre o chamado «milagre do sol» no céu de Fátima quatro meses antes. Nisto apareceu uma veneranda figura sacerdotal do tempo, o Padre Cruz, a quem o jornalista, depois de lhe beijar a mão, perguntou em tom irónico: «Também viu bailar o sol no dia 13 [treze] de Outubro?». «Não – respondeu o Servo de Deus –, não vi o sol bailar em Fátima; não estava lá. Mas digo-lhe: Tenho enxugado tantas lágrimas a bailarem nos olhos (que é como quem diz no sol) de tantas dezenas de pecadores arrependidos sob o impulso do milagre de Fátima, que não me custa acreditar que o sol tenha bailado. Pois, à semelhança do que Nosso Senhor ensinou quando disse ser mais fácil um camelo entrar pelo fundo duma agulha do que um rico converter-se, também afirmarei que é mais fácil o sol ter bailado do que tantos e tantos pecadores se haverem convertido sem uma causa sobrenatural que os movesse».
Pois bem, estes sinais de Deus – reconhecidos e interpretados por quem de direito – não cessaram de multiplicar-se ao longo destas 9 [nove] dezenas de anos; não último deles, a partida para a Glória do Servo de Deus João Paulo II [segundo] rodeado duma multidão incalculável e com todos no coração enquanto repete para a Mãe de Misericórdia: «Totus tuus… Eu sou todo vosso, ó minha Rainha e minha Mãe, e tudo quanto tenho vos pertence». Hoje, tomados pela maravilha de quantos os viveram e sustentados pela esperança acesa nos corações simples e humildes de quem, à sua vista, acreditara, não podemos deixar de exclamar, num misto de gratidão e confusão: «Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
E, se veio ter comigo, manda a boa educação perguntar-lhe: «Que é que Vossemecê me quer? – “É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados” e Ela, tomando um aspecto mais triste, acrescenta: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”» (aparição de 13 de Outubro de 1917).
Isto é Fátima, amados irmãos e irmãs: conversão, emenda de vida, deixar de pecar, reparar a Deus ofendido no irmão. Isto é Fátima; não os sinais, ou pelo menos são secundários: passam para deixar lugar ao que significam, isto é, à vida nova de ressuscitados. Por isso, seria insensato continuar indefinidamente a pedir sinais, sem os discernir nem lhes dar crédito; sobre nós, penderia a censura do divino Mestre: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra» (Mt 12, 39-40). O sinal de Deus é a ressurreição de Cristo e nossa: de facto, como ouvimos há pouco na segunda leitura, «a nós, que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, [Deus] restituiu-nos à vida com Cristo (…) e com Ele nos ressuscitou» (Ef 2, 5-6). Por isso, «eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: (…) Deixai-vos renovar no mais íntimo do vosso espírito, adquirindo os hábitos do homem novo criado à imagem de Deus na justiça e santidade verdadeiras» (Ef 4, 17.23-24). Como o Beato Francisco, como a Beata Jacinta… como tantas e tantos outros que se entregaram ao Imaculado Coração de Maria, refúgio e caminho que conduz até Deus.
Com efeito, aqui Nossa Senhora não pediu para ser admirada, invocada, venerada… Quis gente «entregue»; pediu que os corações dos indivíduos, das nações e da humanidade inteira Lhe fossem «consagrados». Aqui desfraldou a sua bandeira que é um símbolo e um programa: o seu Coração Imaculado. Aqui se manifestou o Coração da mais doce das mães, pedindo a todos que unam o seu coração ao d'Ela, para darem ao mundo Jesus Cristo Salvador. E, acolhendo o seu convite, por toda a parte se formaram grupos e comunidades que despertaram da apatia de ontem e se esforçam por mostrar agora, ao mundo, o verdadeiro rosto do cristianismo. No Oriente e no Ocidente, o amor do Coração de Maria conquistou um lugar no coração dos povos e dá-lhes esperança e consolação.
Irmãos e irmãs, vós sois as primícias dessa grande seara aqui hoje consagrada no altar. Quando estendo o meu olhar por esta imensa assembleia à procura dos seus confins, parece-me vislumbrá-los naquela nuvenzinha de Elias (cf. 1 Re 18, 44) que se realizou cabalmente na humilde Jovem de Nazaré, Maria, cheia de graça, cheia de Deus. Foi por obra e graça do Espírito Santo que Ela gerou o Filho do Pai eterno e, por missão recebida na Cruz, Se tornou mãe de todos os redimidos; estes lembram incontáveis gotinhas de água que – atravessadas pela Luz de Cristo e, por Ele, atraídas e agregadas –, formam hoje a coluna de nuvem luminosa de Deus à cabeça da humanidade na sua travessia da história (cf. Ex 40, 38). Povo da Páscoa pelas sendas do mundo, confessamos com Maria que «a misericórdia [de Deus] se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem» (Lc 2, 50), multiplicando os semeadores da esperança e os construtores do Reino de Deus.
E tais sois vós, sacerdotes, cuja ordenação vos concede o poder de dispensar os dons da salvação; vós, consagrados, cujos votos fazem de vós testemunhas privilegiadas do único necessário; vós, fiéis leigos, de cujo seio jorram rios de água viva santificando o mundo nos vossos lares, no vosso trabalho e na sociedade inteira. Queridos peregrinos de Fátima, com grande alegria vos transmito a saudação que Sua Santidade Bento XVI [dezasseis] me confiou para todos vós, a começar pelo Bispo desta amada diocese de Leiria-Fátima, o Senhor Dom Antonio Marto, e terminar nos irmãos e irmãs doentes, que se encontram aqui ou estão unidos connosco pela rádio e a televisão, e cujas intenções são objecto particular das preces diárias do Santo Padre: Como sabem, Deus salvou o mundo numa cruz. O repouso, que não encontrou nos braços desta, deram-lho os braços de sua Mãe. E, no coração da Mãe, brilharam os primeiros alvores da Páscoa. Jesus ressuscitado sai ao encontro dos desanimados e diz: «Assim está escrito que deve ser. Toma a tua cruz e segue-Me!»
Numa carta datada de 4 [quatro] de Maio de 1943 [mil novecentos e quarenta e três], a Irmã Lúcia escreve este «recadito de Nosso Senhor»: Ele «deseja que se faça compreender às [pessoas] que a verdadeira penitência, que Ele agora quer e exige, consiste antes de tudo no sacrifício que cada um tem de se impor para cumprir com os próprios deveres religiosos e materiais» (Memórias e Cartas da Irmã Lúcia, edição do P. António Maria Martins SJ, Porto 1973, pp. 447). Ora, já no Verão de 1916 [mil novecentos e dezasseis], o Anjo ensinara aos pastorinhos: «De tudo o que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que [o Altíssimo] é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. (…) Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar». Queridos peregrinos, sem negar o valor dos sacrifícios e penitências voluntárias, sabei que a penitência de Fátima é a aceitação submissa da vontade de Deus a nosso respeito, que se traduz nos nossos deveres de estado. Alguém poderia observar: Mas, a fidelidade aos nossos deveres de estado não é o mínimo que se nos pode exigir? Será possível que uma obrigação tão elementar seja proposta como penitência suficiente, uma penitência salvadora, capaz de afastar os males que incumbem sobre a humanidade?
É possível, porque esta mobilização dos deveres de estado diz respeito a toda a gente. E o Evangelho no-lo mostra: ainda que nós fôssemos o servo com um único talento, isso não poderia servir de desculpa para a inactividade (Mt 25, 24-30). Infelizmente, um grande número de pessoas imagina que a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível e que seria suficiente animar e aplaudir estes chefes como se anima e aplaude os jogadores no estádio. Não existe erro mais temível e desastroso! Se os soldados algum dia chegassem a pensar que a vitória já não dependia deles mas somente do Estado Maior (com a desculpa de que se compõe de hábeis generais), esse exército marcharia de desastre em desastre, por muito maravilhosos que tivessem sido os planos de combate elaborados pelos seus chefes. Para evitar tal desastre no que se refere ao renascimento do homem para uma sociedade nova, o Céu exige o esforço, até o mais insignificante, dos servos mais humildes, dos servos com um só talento.
Assim, face aos pretensos senhores destes tempos (acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação) que exigem e estão prontos a comprar, se não mesmo a impor, o silêncio dos cristãos invocando imperativos de uma sociedade aberta, quando na verdade lhe fecham todas as entradas e saídas para o Transcendente; e que, em nome de uma sociedade tolerante e respeitosa, impõem como único valor comum a negação de todo e qualquer valor real e permanente válido… Face a tais pretensões, o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos Apóstolos perante idêntica pretensão dos senhores daquele tempo: «Não podemos calar o que vimos e ouvimos» (Act 4, 20)! E, se vos lançam à cara erros passados ou presentes de alguns filhos da Igreja, peço-vos: fazei penitência e reparai. Se vos acusam falsamente não poupando ofensas nem escárnios, peço-vos: rezai pelos vossos perseguidores e perdoai. Profundamente convictos da solidariedade da família humana, a tal ponto que dez justos na cidade de Sodoma tê-la-iam salvo (cf. Gn 18, 32), conservai no pensamento e no coração uma inquebrantável fé no amor misericordioso de Deus. O seu olhar pouse benévolo e propício sobre as vossas vidas, confiadas à Virgem Mãe para maior glória da Santíssima Trindade. Amen. "
Semper Fidelis!
quinta-feira, outubro 11, 2007
É preciso ter muita lata!
Ingénua galhardia!
No meio destes senhores nada é melhor alvo de escárnio do que um colunista católico. Para este senhor os católicos que dão opiniões só podem, ou não falar de religião ou dizerem heresias. Tudo o resto é para estes senhores, cujo mundo começa nos seus bloggs e acaba na crónica semanal do amigo no Meia Hora, beatices que não são dignas das suas atenções. Por isso tem tedência a ridicularizar todos os católicos que se atrevem a publicar as suas opiniões ou a dar testemunho da sua fé nos media.
Este facto faz com que muitos católicos, mesmo os poucos que têm acesso aos media, evitem falar da fé em público. Contudo subsiste num dos nossos jornais um colunista que se recusa a ceder a esta ditadura pseudo-intelectual, sendo por isso alvo habitual do desprezo pseudo-intelectual de pessoas que não tem classe suficiente para contestar uma opinião dele, quando mais para se arvorarem em juízes dos seus artigos.
Falo, obviamente, do Professor João César das Neves, que indiferentemente a todas as críticas continua a publicar placidamente a sua coluna no Diário de Noticias. E os artigos do Senhor Professor são para nós, católicos, autênticos balsâmos. Ver que num meio onde impera o ataque à Igreja e sobretudo à cultura cristã, um homem que testemunha com clareza e inteligência a sua fé é para nós como uma luz no meio da escuridão.
O Professor César das Neves possui aquilo a que se pode chamar "ingénua galhardia", pois, sem qualquer cálculo de poder ou de conveniência social, limita-se a testemunhar aquilo que vive. Utilizando a sua enorme inteligência o Professor todas as Segundas-Feiras nos brinda com artigos que lançam um olhar cristão, um olhar verdadeiramente humano, sobre o que se passa nos nossos dias.
Peço para mim, assim como para todos aqueles que escrevem neste blog, esta coragem e simplicidade do Professor César das Neves: testemunhar sempre o que nos aconteceu, sem cálculos ou medos dos resultados!
quarta-feira, outubro 10, 2007
ASAE em Fátima!
sexta-feira, outubro 05, 2007
Uma questão de educação
Não discuto a importância do Dr. Pedro Santana Lopes, nem a do mister José Mourinho, de quem sou grande fã. Mas interromper a entrevista a um ex-primeiro ministro para mostrar um treinado de futebol a chegar ao aeroporto é realmente de "loucos".
Para além disso, gostava de sublinhar, a educação do Dr. Santana Lopes que, em vez de se limitar a ir embora, explica educamente à menina que o entrevista porque razão não continua a sua análise.
5/10
Aproveito este belo dia para falar de um livro que acabei de ler à pouco tempo, de seu nome "A morte do Rei" da Margarida Palma. Recomendo vivamente a leitura deste livro, para que se compreenda como foi instaurada a républica: através do assasínio, da intriga, da traição. Ao ler o livro podemos compreender com clareza que a monarquia ruiu por dentro, de podre, pois os herdeiros do liberalismo eram tão maus comos os républicanos. Portuga, com a derrota do Rei Dom Miguel, foi-se tornando neste país de caciques e de políticos interesseiros que ainda hoje. De tal maneira que quando a carbonária matou o Rei, ninguém fez nada.
A primeira républica foi apenas a evolução natural daquilo que Dom Pedro IV tinha começado. Foi um tempo de terrorismo, de perseguição à Igreja e, acima de tudo, a tomada de poder pelos senhores do aventalinho.
Hoje, no mesmo dia em que se celebra o tratado que reconheceu a idependência do Condado Portucalensa, celebramos também a morte daquilo que foi Portugal. Resta-nos como consolação a promessa que nos fez a Senhora de Fátima, de que o dogma da fé prevaleceria para sempre em Portugal.
Para ser grande, sê inteiro
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
P.S.: Dedicado à Teresa, in memoriam