Terça-feira à noite fui finalmente ver "Dos Homens e dos deuses". O filme conta a história de 9 noves monges trapistas de um mosteiro na Argélia. O filme roda à volta da decisão deles diante da violência que grassa no país: partir ou ficar.
A mim impressionou-me duas coisas no filme. Antes de mais a humanidade das personagens. A decisão de partir ou de ficar não é automática, mas sim uma escolha baseada na experiência que fazem da vida em comunidade (comunidade em dois sentidos, não só a vida comunitária de um mosteiro, mas também a vida na aldeia que nasceu junto ao mosteiro).
De todas as personagens a que mais me impressionou foi o frade Christian, responsável pelo mosteiro. Impressionou-me por um lado a sua liberdade diante das circunstâncias. Mas por outro, a paternidade dele ao acompanhar os seus irmãos menos firmes
A segunda coisa que me impressionou foi ver a vida que nasce à volta do mosteiro. De facto a virgindade consagrada impede aqueles homens de serem biologicamente pais, mas torna-os pais de todos aqueles com que se cruzam.
O filme ainda está em exibição nas Amoreiras. É parado, é comprido e é francês. Mas sobretudo é crime não o ver.
P.S.: O povo publicou dois juízos bastante melhores do que este sobre o filme. Vão lá ver.
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