sexta-feira, maio 24, 2013

O Papa que veio do fim do mundo.

A falta de tempo e sobretudo, devo confessar, a falta de inspiração tem-me impedido de escrever sobre a eleição do Papa Francisco.
Este dois meses tem sido um espectáculo da Graça. De facto Nosso Senhor tem nos habituado mal. Depois do Beato João Paulo II todos pensámos que era impossível suceder-lhe um Papa tão bom como ele. Mas o Bom Deus enviou-nos Bento XVI: o paladino da Igreja, o defensor da fé! Um mestre, um santo, um pai! O pontificado do nosso querido Papa Emérito foi de facto extraordinário. Só o que fez e disse entre o anúncio da sua renúncia e o começo da Sede Vacante já teria justificado a sua eleição para a Cadeira de Pedro.
E para suceder a estes dois santos o Espirito Santo foi à argentina buscar Giorgio Mario Bergoglio. Um total desconhecido! E que bom tem sido descobrir o Papa Francisco.
Não o Papa Francisco dos media, mas o Papa Francisco que se revela nos seus gestos e nas suas homilias, cheios de amor a Cristo e a Sua Mãe.
De todas as coisas extraordinárias que já aconteceram neste pontificado, desde a Sua primeira homilia (“quem não professa Cristo Crucificado, professa o demónio”) até ao passear-se no meio do povo durante uma hora, houve duas que me tocaram especialmente.
A primeira foi na visita do Papa reinante ao Papa emérito, quando Francisco ofereceu a Bento um ícone com Nossa Senhora da Humildade, dizendo “lembrei-me logo do Seu Pontificado”. Comoveu-me porque durante semanas os media tinham sempre falado da humildade do Papa Francisco como se os seus antecessores, e especialmente Bento XVI, não o fossem. E o Papa Francisco quis demonstrar claramente que para ele a verdadeira humildade era a do Seu antecessor.
A segunda coisa que me impressiona é a sua maneira de falar. Sempre sorridente, sempre simples, mas nunca morno. Fala com clareza da sã doutrina: seguir Cristo, amar Sua Mãe, ser fiel à Igreja, não ceder ao demónio. De maneira inteligente tem usado a Sua lua-de-mel com os media para dizer coisas que eram impossíveis aos seus antecessores. E com simplicidade vai reafirmando muitas das coisas pelas quais Bento XVI, desde que era Perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, tinha sido atacado: Só Cristo salva o homem, só há salvação na Igreja, a necessidade de mais evangelização e menos activismo social.
Eu amo o Papa porque é Pedro. A pedra sobre a qual Cristo constrói a Igreja. Mas também amo Francisco pelo Seu claro amor a Cristo e à Igreja, nossa Mãe e nossa Mestra.
VIVA O PAPA!
Semper fidelis!

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