domingo, março 03, 2013

Mumford and Sons: Acorda a minha alma!

 
Tudo começou quando uma amiga me disse que eu tinha que ouvir uma música chamada Awake my Soul de uma banda chamada Mumford and Sons. Eu nunca tinha ouvido falar de tal música e ainda menos daquela banda. Mas perante a insistência da minha amiga decidi ir ouvir.

Na altura fiquei totalmente estupefacto. A letra era das coisas mais comovente que eu tinha ouvido nos últimos tempos. Falava do amor de uma maneira realista e directa, mas bela: “empresta-me a tua mão e iremos conquistá-los todos, empresta-me o teu coração e apenas o vou deixar cair; empresta-me os teus olhos, posso mudar o que vês, mas a tua alma tens que a manter totalmente livre (…) acorda a minha alma, foste feita para conhecer o teu criador”.

Fiquei tão espantado com aquela música que não ouvi mais nenhuma deles, achando que seguramente me iria desiludir. Até que li na revista Passos um artigo do John Waters onde diziam que só os U2, os Coldplay e os Mumford and Sons cantavam o humano.

Decidi então começar a investigar melhor as músicas deles. E foi uma descoberta extraordinária. Não porque concordasse com tudo o que eles cantavam, mas porque falavam sobre o homem. As letras reproduziam a experiência humana: a esperança, a dor, o amor, o limite, o perdão e a graça.

Todas as música contam uma história. História de amores desesperados, de projectos falhados, de sofrimento e de pecado mas sobretudo uma história de esperança e de confiança na graça: “Parece que todas a minhas pontes foram queimadas, mas tu dizes que é exactamente assim que esta coisa da graça funciona. Não é longo caminho para casa que irá mudar o meu coração, mas o acolhimento que eu recebo com o recomeço”

No dia 23 de Março eles vão dar um concerto em Lisboa (esgotado há vários meses). Daqui até lado tenciono ir pondo aqui várias músicas deles. Vale a pena o trabalho de descobrir Mumford and Sons. Sem qualquer pretensão poética eles limitam-se a cantar sobre a sua vida. Nesse canto é muitas vezes possível reconhecer a nossa própria experiência.

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