Nas últimas vezes que nos falou, o nosso amado Papa Emérito
Bento XVI pediu a nossa oração. Depois da sua última aparição em Castel Gandolfo
deixa-nos o testemunho do seu silêncio.
Olhando para a fé desde homem, que não cede à tentação de
achar que é ele que constrói a Igreja, não posso deixar de desejar uma fé assim
para mim.
Por isso durante este tempo de Sede Vacante tenho tentado
não ligar aos inúmeros artigos sobre quem deve ser o novo Papa e sobretudo,
tenho tentado não pensar nem dizer nada sobre esse assunto. Desejo estar diante
do Conclave com a mesma confiança em Nosso Senhor que tem o Pontífice Emérito.
Não que dizer que este ou aquele cardeal é bom ou daria um
bom Papa faça mal. Ou que faça bem. A minha opinião para este assunto é
totalmente irrelevante. Se o Espírito Santo a quisesse tinha feito de mim Cardeal.
Mas é colocar a questão em termos pequeninos. É reduzir o
Papa à medida humana, encaixa-lo na nossa agenda. É verdade que o próximo Papa
será humano. É verdade que será votado por homens. Mas este é o paradoxo da
Igreja: uma realidade que, embora totalmente constituída por seres finitos, é
totalmente transcendente.
Por isso não quero contribuir para o burburinho, nem quero
ouvi-lo. Neste tempo de espera olhemos mais uma vez para Bento XVI e vivamos
segundo o seu testemunho: em oração e silêncio.
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