quinta-feira, setembro 03, 2009

Katyn



Vi nas férias de Comunhão e Libertação o filme Katyn, sobre o massacre de 15 mil oficiais polacos em 1940 na floresta com o mesmo nome. Lembrei-me dele porque ontem o Público trazia uma reportagem sobre o assunto, fruto do pedido de desculpa de Putin pelas mortes destes polacos.

O filme é, antes de mais, um filme histórico. Ou seja, as histórias que conta não são factos romanceados ou condensados para caber no filme, mas são consequência dos acontecimentos históricos narrados.

E é importante recordar a história. Não por um ajuste de contas, que este filme não faz, mas porque quem não recorda os erros do passado está condenado a repeti-los. Como dizia num post anterior, a historia oficial tenta reduzir as atrocidades da Segunda Guerra Mundial a uma loucura momentania de alguns alemães. Mas a verdade é que os horrores não foram só do lado NAZI. São fruto da crueldade humana, que não se deixa tocar pela Graça de Deus.

Por outro lado este filme é muito interessante porque é muito humano. Durante o mesmo vamos vendo várias histórias de pessoas que têm algum parente que foi morto em Katyn. E todos eles reagem de maneira diferente a esse facto, mas muito humana.

Neste filme não há um héroi, não há uma personagem perfeita. Mas simplesmente a liberdade do homem que se joga diante da crueldade das circunstâncias.

Não sendo um filme fácil de encontrar, vale a pena tentar arranjar uma cópia e vê-lo. Porque nos coloca a nós diante de algumas das circunstâncias que ditaram a história do nosso tempo. Ao mesmo tempo, testemunha-nos a vida de alguns que souberem viver esses momentos tormentosos sem se deixarem esmagar por eles.

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