Fui ontem à noite ver o filme "Tropa de Elite". É um retrato brutal da realidade das favelas do Rio. Por um lado temos bairros que são quase cidades, dominadas pelos traficantes de droga. Por outro lado, um sistema corrupto, onde polícias vendem armas aos traficantes e vendem protecção.
No meio de tudo isto, existe o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, o BOPE. Uma força de elite, constituida por incorruptíveis, mas que mata e tortura indescriminadamente para conseguir abater os traficantes.
O que mais me impressionou no filme é sua crueza. O realizador não tentar dar uma lição de moral ou fazer uma análise sociológica (emora me pareça que se perca uma pouco na crítica aos esudantes universitários que criticam a polícia e ajudam nas favelas, ao mesmo tempo que fuma e snifam droga, ajundando assim a sustentar o tráfico), mas limita-se a fazer um retrato da situação.
Uma situação para a qual aparentemente não há solução. Por um lado o sistema está podre e portanto não é possível combater o crime pelos meios normais. Por outro, os meuiso eficazes contra os trafincantes tranformam o polícias em assasínos e torturadores.
A violência gera violência.
Aquilo que falta no filme, porque é aquilo que falta na realidade, é misericórdia. Percebemos, na critica as ONG's que o realizador faz, que uma tentativa de resolução do problema através de erradicação da pobreza não chega. Não são os pobres que sustetam os traficantes, são os ricos que compram a droga.
O que é preciso é alguém que redima todo o mal que ali se passa. Como diz Chieffo:
Lo dicevo tutto il giorno:
questo mondo non è giusto!
E pensavo anche di notte:
questa vita non dà gusto!
E dicevo: è colpa vostra,
o borghesi maledetti,
tutta colpa dei padroni
e noi altri, poveretti!
E noi altri a lavorare
sempre lì nell’officina,
senza tempo per pensare,
dalla sera alla mattina.
Forza compagni,
rovesciamo tutto
e costruiamo
un mondo meno brutto!
Per un mondo meno brutto
quanti giorni e quanti mesi,
per cacciare alla malora
le carogne dei borghesi!
Ma i compagni furon forti
e si presero il potere;
i miei amici furon morti
e li vidi io cadere.
Ora tu dimmi
come può sperare un uomo
che ha in mano tutto
ma non ha il perdono?
Come può sperare un uomo
quando il sangue è già versato,
quando l’odio in tutto il mondo
nuovamente ha trionfato?
C’è bisogno di qualcuno
che ci liberi dal male,
perché il mondo tutto intero
è rimasto tale e quale.
Dizia todo o dia: este mundo não é justo! E até pensava de noite: esta vida não dá gosto! E dizia: é culpa vossa, ó burgueses malditos, toda a culpa é dos patrões e nós, coitados! E nós a trabalharmos sempre ali na fábrica sem tempo para pensar, desde a noite até de manhã. Força companheiros, derrubemos tudo e construamos um mundo menos feio! Para um mundo menos feio quantos dias e quantos meses, para mandar passear os cobardes dos burgueses! Mas os companheiros foram fortes e tomaram o poder; os meus amigos foram mortos e eu vi-os cair. Diz-me tu então como pode esperar um homem que tem tudo na mão mas não tem o perdão? Como pode esperar um homem quando o sangue foi já derramado, quando o ódio em todo o mundo novamente triunfou? É preciso alguém que nos livre do mal porque o mundo inteiro ficou tal e qual.
No meio de tudo isto, existe o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, o BOPE. Uma força de elite, constituida por incorruptíveis, mas que mata e tortura indescriminadamente para conseguir abater os traficantes.
O que mais me impressionou no filme é sua crueza. O realizador não tentar dar uma lição de moral ou fazer uma análise sociológica (emora me pareça que se perca uma pouco na crítica aos esudantes universitários que criticam a polícia e ajudam nas favelas, ao mesmo tempo que fuma e snifam droga, ajundando assim a sustentar o tráfico), mas limita-se a fazer um retrato da situação.
Uma situação para a qual aparentemente não há solução. Por um lado o sistema está podre e portanto não é possível combater o crime pelos meios normais. Por outro, os meuiso eficazes contra os trafincantes tranformam o polícias em assasínos e torturadores.
A violência gera violência.
Aquilo que falta no filme, porque é aquilo que falta na realidade, é misericórdia. Percebemos, na critica as ONG's que o realizador faz, que uma tentativa de resolução do problema através de erradicação da pobreza não chega. Não são os pobres que sustetam os traficantes, são os ricos que compram a droga.
O que é preciso é alguém que redima todo o mal que ali se passa. Como diz Chieffo:
Lo dicevo tutto il giorno:
questo mondo non è giusto!
E pensavo anche di notte:
questa vita non dà gusto!
E dicevo: è colpa vostra,
o borghesi maledetti,
tutta colpa dei padroni
e noi altri, poveretti!
E noi altri a lavorare
sempre lì nell’officina,
senza tempo per pensare,
dalla sera alla mattina.
Forza compagni,
rovesciamo tutto
e costruiamo
un mondo meno brutto!
Per un mondo meno brutto
quanti giorni e quanti mesi,
per cacciare alla malora
le carogne dei borghesi!
Ma i compagni furon forti
e si presero il potere;
i miei amici furon morti
e li vidi io cadere.
Ora tu dimmi
come può sperare un uomo
che ha in mano tutto
ma non ha il perdono?
Come può sperare un uomo
quando il sangue è già versato,
quando l’odio in tutto il mondo
nuovamente ha trionfato?
C’è bisogno di qualcuno
che ci liberi dal male,
perché il mondo tutto intero
è rimasto tale e quale.
Dizia todo o dia: este mundo não é justo! E até pensava de noite: esta vida não dá gosto! E dizia: é culpa vossa, ó burgueses malditos, toda a culpa é dos patrões e nós, coitados! E nós a trabalharmos sempre ali na fábrica sem tempo para pensar, desde a noite até de manhã. Força companheiros, derrubemos tudo e construamos um mundo menos feio! Para um mundo menos feio quantos dias e quantos meses, para mandar passear os cobardes dos burgueses! Mas os companheiros foram fortes e tomaram o poder; os meus amigos foram mortos e eu vi-os cair. Diz-me tu então como pode esperar um homem que tem tudo na mão mas não tem o perdão? Como pode esperar um homem quando o sangue foi já derramado, quando o ódio em todo o mundo novamente triunfou? É preciso alguém que nos livre do mal porque o mundo inteiro ficou tal e qual.
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