segunda-feira, setembro 10, 2007

"Oh Brave New World"

Há uns anos li o livro "Admirável Mundo Novo". O livro descreve uma sociedade onde o desejo foi totalmente eliminado: os bebés são criados em laboratórios e condicionados desde pequenos para gostarem da ocupação que a sociedade lhes atribui, é incentivada a total exploração da sexualidade, inventaram uma droga que causa uma sensação de bem estar sem ressaca, inventou-se um modo de manter as pessoas saudáveis para ser mortas com uma certa idade, eliminaram-se todas as doenças. Neste "mundo novo" não existe a frustração nem a amargura, todos os instintos são satisfeitos imediatamente.

Para isto eliminou-se a familia, a cultura, a tradição e a religião ou seja, os intrumentos que são concedidos ao homem para não ter que começar a demanda pelo significado da existência do zero.

Porque se é verdade que o grito do coração do Homem, o grito de infinito que existe dentro do Coração de cada homem não pode nunca ser extinto, pode ser cancelado através da alienação da realidade.

Contudo, neste sociedade completamente alienada, dependente de drogas e sexo, existem alguns selvagens, que vivem em reservas, que se mantêm religiosos, que vivem em familias e que lêm. Um destes selvagens é trazido para a cidade e começa por deliciar-se com este mundo. Contudo rapidademente compreende que o preço por esta satisfação imediata dos instintos é a sua própria humanidade. Desesperado diante desta sociedade bestializada o "Selvagem" acaba por se suicidar.

Este livro é essencial, não como uma teoria sobre o Desejo ou como defesa da Familia, da Cultura e da Religião, mas como sério aviso aquilo que nos espera.

Tornam-se cada vez mais visíveis os ataques à familia (o aborto, a eutanásia, as uniões de facto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo), o incentivo à sexualidade desenfreada como mero instinto, a perseguição a religião e a transformação do sentido religioso em mero sentimento relativo, o total desprezo pela tradição e pela cultura. Este admirável mundo novo está cada vez mais perto...

Sem comentários: