O Presidente da República promulgou a lei que equipara a união entre pessoas do mesmo sexo ao casamento. Evocou como argumentos a crise e a ética profissional (não sei se por esta ordem porque, confesso, não ouvi a comunicação ao país que o PR fez).
Segundo o magistrado máximo do nosso país em tempos de crise não vale a pena arrastar esta questão, dado que o seu veto seria ultrapassado na Assembleia da República. Antes de mais, não é seguro que o PS conseguisse impor segunda vez disciplina de voto nesta matéria, logo não era seguro que a lei conseguisse a maioria absoluta necessária para ultrapassar o veto presidencial.
Mas, para além disso, é inacreditável tratar esta questão como um problema menor. A crise é grave mas há de passar, com ou sem esta lei. Mas esta lei visa alterar a estrutura da nossa sociedade de tal maneira que é mais um passo para o abismo. Cada vez mais o casamento é um capricho, que nada tem a ver com responsabilidades ou compromissos, mas com hormonas e afectos.
Falamos portanto de uma lei que é urgente travar. Os efeitos da crise poderão ser duros e durar anos ou décadas, mas esta lei afecta todo o futuro.
A questão da ética profissional é ainda mais assustadora. Segundo o professor Cavaco Silva é obrigação do Presidente promulgar leis com as quais discorda se esta tiverem tido maioria absoluta no parlamento. Se assim fosse para que serviria o presidente? Quando elegemos Cavaco Silva (sim, porque eu votei no actual presidente, coisa que não tornarei a fazer) votámos porque sabíamos quem ele era. Sabíamos todos que ele era católico, pai de família, conservador nos valores. Sabíamos e por isso votamos nele. O Presidente tem um dever para com que o elegeu conhecendo os seus valores e os seus princípios.
Ao promulgar esta lei Cavaco Silva mostrou a sua fraqueza. Em última distância, quando o desafiam ele cede. É incapaz de se opor aos bem pensantes deste mundo. O tecnocrata de Boliqueime não consegue deixar de o ser.
Isto é o mais triste do nosso Presidente: ele não promulgou a lei (como alguns dizem) por eleitoralismo. Quanto mais não seja porque esta promulgação é capaz de ditar a sua derrota. Fê-lo porque acredita mesmo que não se pode opor à assembleia. Fê-lo porque é incapaz de se impor, porque faz sempre o que esperam que ele faça. Fê-lo porque é e continuará a ser um homem medíocre.
Segundo o magistrado máximo do nosso país em tempos de crise não vale a pena arrastar esta questão, dado que o seu veto seria ultrapassado na Assembleia da República. Antes de mais, não é seguro que o PS conseguisse impor segunda vez disciplina de voto nesta matéria, logo não era seguro que a lei conseguisse a maioria absoluta necessária para ultrapassar o veto presidencial.
Mas, para além disso, é inacreditável tratar esta questão como um problema menor. A crise é grave mas há de passar, com ou sem esta lei. Mas esta lei visa alterar a estrutura da nossa sociedade de tal maneira que é mais um passo para o abismo. Cada vez mais o casamento é um capricho, que nada tem a ver com responsabilidades ou compromissos, mas com hormonas e afectos.
Falamos portanto de uma lei que é urgente travar. Os efeitos da crise poderão ser duros e durar anos ou décadas, mas esta lei afecta todo o futuro.
A questão da ética profissional é ainda mais assustadora. Segundo o professor Cavaco Silva é obrigação do Presidente promulgar leis com as quais discorda se esta tiverem tido maioria absoluta no parlamento. Se assim fosse para que serviria o presidente? Quando elegemos Cavaco Silva (sim, porque eu votei no actual presidente, coisa que não tornarei a fazer) votámos porque sabíamos quem ele era. Sabíamos todos que ele era católico, pai de família, conservador nos valores. Sabíamos e por isso votamos nele. O Presidente tem um dever para com que o elegeu conhecendo os seus valores e os seus princípios.
Ao promulgar esta lei Cavaco Silva mostrou a sua fraqueza. Em última distância, quando o desafiam ele cede. É incapaz de se opor aos bem pensantes deste mundo. O tecnocrata de Boliqueime não consegue deixar de o ser.
Isto é o mais triste do nosso Presidente: ele não promulgou a lei (como alguns dizem) por eleitoralismo. Quanto mais não seja porque esta promulgação é capaz de ditar a sua derrota. Fê-lo porque acredita mesmo que não se pode opor à assembleia. Fê-lo porque é incapaz de se impor, porque faz sempre o que esperam que ele faça. Fê-lo porque é e continuará a ser um homem medíocre.
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