sexta-feira, junho 26, 2009

"O Homem Eterno", G. K. Chesterton



A Alêtheia editou mais um livro de Chesterton: "The Everlasting Man", que em português se chama "O Homem Eterno".

Com o prefácio do Padre Luis Miguel Hernández, vale muito a pena ler.

"Há duas maneiras de chegar a casa; uma delas é não chegar a sair. A outra é dar a volta ao mundo até regressar ao local de partida(...)".

Dia de São Josemaria




Chesterton diz na "Ortodoxia" que a certa altura percebeu algo de engraçado sobre aqueles que criticavam a Igreja.

Aqueles que diziam que a Igreja criava escravos porque era fraca, eram violentos. Os que diziam que a Igreja era violenta eram, regra geral, totalmente pacifistas. Os que acusavam a Igreja de ser rica eram contra a propriedade privada e consideravam qualquer riqueza um crime. Os que diziam que a Igreja era miserável e decadente, gostavam da ostentação.

Concluí então Chesterton que o problema não era da Igreja, mas da posição de quem a olhava.

Lembrei-me disto ao pensar em São Josemaria, que hoje a Igreja celebra. Quando fundou a Opus Dei era considerado um progressista. A sua visão de uma associação laical era considerada por muitos quase herética.

Hoje em dia a fidelidade da Opusa Dei à Santa Igreja e a sua inflexível defesa da Verdade é considerada retrógrada.

Mais uma vez o problema não está claramente em São Josemaria, um fiel sacerdote do Senhor, que O usou como instrumento para construir a Sua obra. O problema está na posição de quem o critica.

Por isso hoje pedimos a São Josemaria que rogue por nós a Deus. Por nós e por toda a Igreja que ele tanto amou e continua a amar, agora na Casa do Pai.

quarta-feira, junho 10, 2009

Mau jornalismo.

Hoje o DN traz um artigo em que se diz que os movimentos pró-vida e a Associação de Planeamento Familiar afirmam que o governo está a falhar na prevenção da gravidez.

Já é a segunda vez que o DN tenta meter os movimento pela vida e a APF no mesmo saco. Ora, basta ler o artigo para perceber que estamos a falar de coisas completamente diferente.

Enquanto os movimentos pró-vida pedem acompanhamento médico para evitar o aborto a APF insiste no DIU. Ora este método, que impede a nidificação, é abortivo.

A APF é uma associação pró-aborto, cuja a noção de educação sexual é incentivar crianças a ter experiências sexuais. Para além disso a APF é uma forte apoiante da pilula do dia seguinte que é um método abortivo, tal como o DIU que foi acima referido.

Ora, tentar passar que a APF e as associações pró-vida tem objectivo comuns é mentira e muito baixo jornalismo.

segunda-feira, junho 08, 2009

What can I say - Brandi Carlile



Look to the clock on the wall,
Hands hardly moving at all.
Can't stand the state that I'm in
Sometimes it feels like the walls closing in

chrous:
O lord what can I say
I am so sad since You went away
time time ticking on me
Alone is the last place I wanted to be
Lord what can I say

Try to bury my toubles away
drowns my sorrows the same way
seem that no matter how hard I try
It feel like somethings just missing inside

Chorus

Oh lord what can i say

How rules can I break
how many lies can I make
how many roads can I turn
to find me a place where the bridge doesn't burn

Gostei muito desta música. Contudo, há um pequeno erro. Nunca é o Senhor que se afasta. Nós é que o fazemos. Sim há um lugar onde "a ponte não se queima". É a Igreja.

Resultados

O PS foi derrotado ontem. O CDS e o PSD (que nas ultimas eleições tinham concorridos juntos) subiram 7%, o que não é mau.

Contudo, quem venceu ontem foi a esquerda. CDU e BE junto tiveram pouco mais de 21%. Ambos tiveram resultados históricos. o BE pela primeira vez teve uma votação de dois dígitos e a CDU não tinha tão bons resultados de há quinze anos a esta parte.

A esquerda ontem em Portugal, contrariando o resto da Europa, conseguiu qualquer coisa como 47% dos votos. A direita teve pouco mais de 40%.

Claro que é difícil imaginar um governo com toda a esquerda. Contudo se o PS consegue ganhar nas legislativas (e não esquecer que Sócrates não é Vital, sabe muito o que faz) terá que olha à esquerda para governar.

Por muito que a derrota do PS me alegre, que a votação no CDS tenha sido positiva, a verdade é que os resultados de ontem são muito preocupantes.

sexta-feira, junho 05, 2009

Não quero ser teu amigo.





O Presidente Obama encontra-se neste momento em digressão pelo Médio Oriente. No Cairo declarou querer começar uma nova relação com o Islão. Diante disto a Europa suspira com orgulho e baba-se diante do seu messias.

O que a Europa não percebe (porque eu duvido que Obama não o saiba) é que o problema não é a política Bush. O senhor terá feito erros (como por exemplo, invadir o Iraque)
mas não inventou a guerra de civilizações.

Os extremistas islâmicos não nossos "amigos" porque não o querem ser. Claro que um presidente americano que os combate os irrita mais do que um que lhes sorri. Mas continuaram a odiar a América e o Ocidente à mesma.

Por isso sorrir e fingir que não se passa nada é adiar o problema. Ao adiar o problema estamos a aumenta-lo.

Pelos visto já nos esquecemos da paz de Munique.



P.S.: Na foto o presidente do país que se recusou a dobrar diante de qualquer rei faz um profunda vénia ao rei da Arábia Saudita.

quinta-feira, junho 04, 2009

I GG

Li há uns tempo um livro sobre a I Grande Guerra de Martin Gilbert. O autor é inglês, sendo um grande especialista de Churchill, tendo escrito uma robusta (para usar um eufemismo) biografia do antigo primeiro-ministro inglês. Há pouco tempo a Alêtheia editou um livro dele sobre a história do povo judeu.

Este livro sobre a I GG apresenta-nos vai desde as movimentações políticas anteriores à guerra até ao Tratado de Versalhes (embora este último aspecto não seja muito aprofundado) passado pela infantilidades dos líderes políticos da Europa que levaram à guerra, às milhares de mortes nas trincheiras, à tardia mas útil intervenção dos EUA.

Impressionou-me ler este livro por que foi um tomar consciência de que se é verdade que foi a primeira guerra moderna (não tanto pelos avanços científicos que foram muitos, mas sobretudo pela barbaridade da destruição) deve-se também ao facto de ser, provavelmente, a primeira guerra entre povos europeus que de facto estavam descristianizados.

Durante a I GG combateu-se todos os dia, incluindo ao Domingos, no Natal, na Páscoa. As deserções foram punidas com a morte e só acabou a guerra quando a Alemanha e sobretudo a Áustria estavam completamente arrasadas. Durante a I GG morreram em média 5.000 soldados por dia.

De tudo isto o que mais me impressionou foi que depois de assinada a paz se continuou a combater. Como o tratado só entrava em vigor no dia 11 de Novembro às 11h, os dois lados lutaram e mataram até a essa hora. Um dos últimos mortos da I GG morreu poucos minutos antes das 11h desse dia.

De facto, ao retirar-se Cristo da vida pública, recuamos até aos tempos do bárbaros. Foi a Igreja que impôs limites à guerra após as invasões bárbaras. Sem estas regras regressámos a esse tempo.

O Homem e a Politica, Senhor Dom António dos Reis Rodrigues

O_homem_e_a_Politica
O_homem_e_a_Politica papinto O homem e a políticaNA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO MEU LIVRO "O HOMEM E A ORDEM SOCIAL E POLÍTICA"D. António dos Reis Rodrigues5 de Junho de 2003



Via Povo deixo aqui este texto do grande bispo, Dom António dos Reis Rodrigues, que o Senhor na sua imensa misericórdia chamou à Sua presença, de onde sabemos continua a olhar e a apascentar este rebanho que o Bom Deus lhe confiou.

Neste ano politicamente tão denso nunca é de mais ler e reler grandes mestres como o senhor Dom António e pedir aqueles que, como ele, estão já na Glória de Deus que intercedam por nós.

20 Anos



Como díziamos na exposição sobre a Liberdade: "A Liberdade. A Liberdade antes de mais é o homem!".

Nos 20 anos do massacre de Tien-an-men vale a pena olhar para este vídeo. Um homem que é livre até diante dos tanques que avançam.

terça-feira, junho 02, 2009

Fado Toninho e Canção ao Lado





Bem sei que há trolhas escritores,
de trato estucadores e serventes poetas;
e poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.
E canta em arte genuína o pescador humilde,
a varina modesta;
e tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.


Penso que não conheço nenhum outra banda portuguesa com tanta graça e nível ao mesmo tempo. Os Deolinda têm músicas boa, letras divertidas e sobretudo, inteligentes.

Estou fã.

segunda-feira, junho 01, 2009

Banco Alimentar

Este fim-de-semana foi a recolha de alimentos nos supermercado do Banco Alimentar Contra a Fome. De toda as obras de caridade que existem em Portugal esta é sem dúvida a maior. São dezenas e dezenas de milhares de pessoas a colaborar e centenas de milhares as que são ajudadas.

Eu gosto muito do Banco Alimentar pois é uma obra de liberdade. Sem um plano utópico, sem uma ideologia, com uma independência total face ao poder. O Banco Alimentar nasce como uma resposta concreta a um problema concreto. Há pessoas que precisam de comida. O Banco Alimentar pede comida e entrega-lhes. Simples, limpo e eficaz.

Não há o choradinho do Estado que não ajuda, nem o discurso de que vão salvar o mundo, nem a imposição de uma ideologia. Toda a gente que quer ajudar ajuda, sem ter que se submeter a um programa ideológico. Desde os jovens católicos dos bairros finos de Lisboa até aos funcionário da Câmara de Loures, todos podem ser voluntários.

O Banco Alimentar Contra a Fome é de facto uma obra impressionante.