sexta-feira, novembro 07, 2008

"Verdades?"

Hoje apareceu nos jornais a notícia de que Sarah Pallin não sabia que África é um continente. Não há nenhuma prova deste facto, mas como os jornais disseram passou a ser "verdade".

Isto é apenas mais uma história que os media inventaram e que passaram ser verdade. Na América não faltam exemplos. Basta ver que todos os jornais explicam que a vitória de Obama foi esmagadora quando na verdade, percentualmente teve o resultado inferior a George W. Bush em 2004 (embora em absoluto tenha tido mais votos, pois houve mais votantes).

Outro destes casos, que passou a "verdade", é a suposta eleição de Bush em 2000 com menos votos que Al Gore. Não nenhum dado que suporte este facto, sendo que das mesas de votos na Florida cujo o resultado não foi contado, a maioria eram Republicanas.

Mas isto não é só na América, também acontece muito por cá. Basta ver-mos o primeiro computador portátil português que afinal é um Intel.

Mas mais grave do que esta mentira que passam a verdades jornalísticas, é ver isto acontecer em relação à história. Hoje a história têm pouco a ver com a verdade. É escrita de maneira ideológica.

Nas escola aprende-se que Álvaro Cunhal foi um defensor da Democracia, quando qualquer pessoa com mais de 50 anos sabe que ele era um feroz defensor da implementação do Comunismo pela força.

Aprendemos que Estaline é um paladino da liberdade, quando de facto foi um dos maiores genocidas das história.

Aprendemos que o Império Austro-Hungaro era mau, quando na realidade era um Império democrático, com um parlamento onde estavam representados os vários países que o constituíam.

Ensina-se na Escola que a Primeira Republica trouxe a democracia, quando afinal trouxe dezasseis anos de ditadura revolucionária e uma perseguição religiosa sem precedentes.

Toda a gente sabe que Maria Antonieta disse que se o povo não tinha pão que se lhe dessem brioches. Ninguém parece preocupado com o facto de que a única fonte histórica de tal acontecimento ser folhetins revolucionários.

É sabedoria comum que a Inquisição causou o terror em Portugal. Basta consultar os arquivos da torre do Tombo para verificar que a Inquisição era um tribunal muitos mais brando que os tribunais civis.

Ninguém duvida que na Idade Média se pensava que a terra era plana. Ninguém se lembra que Carlos Magno, Imperador do Género Humano (como era tratados os imperadores romanos) é representado sempre com um globo terrestre na mão.

Qualquer romance histórico fala de como na Republica Romana a homossexualidade era comum, de como César e Augusto foram amantes. Na verdade a homossexualidade em Roma era desprezada e não há dado histórico nenhum que indique que Augusto tivesse essa tendência. Quando a César, há uma acusação política, que ele sempre desmentiu, de que teria ido para a cama com o Rei da Bitinia quando era jovem.

Por fim, e esta lista é tudo menos exaustiva, é ensinado nas escola que a homossexualidade era vista pelos Gregos como uma forma superior de amor. Mentira, mais uma vez. A pedofilia homossexual era bem vista pelos gregos. Contudo era de mau tom continuar a ir para a cama com uma rapaz quando ele começasse a ter barba.

É preciso mais do que nunca ser capaz de discernir aquilo que é notícia e aquilo que nos é apresentado como história. Pois cada vez mais a verdade é indiferente.

1 comentário:

Lura do Grilo disse...

Força. Continuem a escrever: não conhecia. O fundo vermelho no entanto não contrasta bem com o texto em branco.