Data: 15/12/2008
Bento XVI recebeu hoje de manhã, no Vaticano, o padre Julián Carrón, presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação. No final da audiência, o sucessor de Don Giussani conversou com Alessandro Gisotti sobre o significado deste encontro com o Santo Padre:
Carrón – Um ano depois do encontro do movimento Comunhão e Libertação com o Papa, na praça de São Pedro, pedimos para vê-lo novamente para contar-lhe o que aconteceu e partilhar com ele os frutos daquele encontro.
AG – Sabemos o quanto Joseph Ratzinger antes e Bento XVI depois está ligado a CL e a figura de don Giussani. Basta pensar na revista “Communio”... Claramente isto é importante para vocês…
Carrón – Com certeza! Foi muito significativo para a nossa história o relacionamento que don Giussani sempre manteve com o então Cardeal Ratzinger. Nós, sobretudo agora, percebemos o seu Magistério decisivo para a nossa vida de movimento, para a nossa história. Para orientar o nosso caminho, estamos sempre muito atentos àquilo que o Papa nos diz.
AG – Sabemos o quanto Comunhão e Libertação se empenha na evangelização no mundo da cultura…
Carrón – Nós estamos atentos a tudo o que o Papa diz a respeito da presença cultural da fé. Por exemplo, nós apreciámos muito, além do grande discurso de Ratisbona, a recente colocação feita em Paris, aos homens de cultura, que nós distribuímos para todo o movimento. Nós empenhamos-nos para apresentá-lo em todos os lugares para divulgar esta perfeição da cultura que nasce da pertença à experiência cristã, que é capaz de gerar uma humanidade com uma racionalidade totalmente aberta, como o Papa nos testemunha continuamente.
AG – O tema do último Meeting de Rímini era “Protagonista ou ninguém”. Este tema é particularmente significativo em um período como o Advento, no qual esperamos Alguém, aquele Alguém que muda a vida de cada homem…
Carrón – Com certeza! Para nós isto é decisivo, porque é o encontro com o único protagonista da história que torna os homens protagonistas, senão somos como pedras, levadas pela torrente das circunstâncias, das ideologias, dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos, e somente o encontro com Ele que – para usar uma palavra querida a don Giussani – “magnetiza” todo o ser, toda a afeição, toda a razão, que pode realmente fazer com que um homem seja um protagonista da vida, e por isso dê uma contribuição real para a renovação da sociedade, uma contribuição para uma humanidade diversa.
Fonte:
Rádio Vaticana