A falta de tempo e sobretudo, devo confessar, a falta de
inspiração tem-me impedido de escrever sobre a eleição do Papa Francisco.
Este dois meses tem sido um espectáculo da Graça. De facto
Nosso Senhor tem nos habituado mal. Depois do Beato João Paulo II todos
pensámos que era impossível suceder-lhe um Papa tão bom como ele. Mas o Bom
Deus enviou-nos Bento XVI: o paladino da Igreja, o defensor da fé! Um mestre,
um santo, um pai! O pontificado do nosso querido Papa Emérito foi de facto
extraordinário. Só o que fez e disse entre o anúncio da sua renúncia e o começo
da Sede Vacante já teria justificado a sua eleição para a Cadeira de Pedro.
E para suceder a estes dois santos o Espirito Santo foi à
argentina buscar Giorgio Mario Bergoglio. Um total desconhecido! E que bom tem
sido descobrir o Papa Francisco.
Não o Papa Francisco dos media, mas o Papa Francisco que se
revela nos seus gestos e nas suas homilias, cheios de amor a Cristo e a Sua
Mãe.
De todas as coisas extraordinárias que já aconteceram neste
pontificado, desde a Sua primeira homilia (“quem não professa Cristo
Crucificado, professa o demónio”) até ao passear-se no meio do povo durante uma
hora, houve duas que me tocaram especialmente.
A primeira foi na visita do Papa reinante ao Papa emérito,
quando Francisco ofereceu a Bento um ícone com Nossa Senhora da Humildade,
dizendo “lembrei-me logo do Seu Pontificado”. Comoveu-me porque durante semanas
os media tinham sempre falado da humildade do Papa Francisco como se os seus
antecessores, e especialmente Bento XVI, não o fossem. E o Papa Francisco quis
demonstrar claramente que para ele a verdadeira humildade era a do Seu
antecessor.
A segunda coisa que me impressiona é a sua maneira de falar.
Sempre sorridente, sempre simples, mas nunca morno. Fala com clareza da sã
doutrina: seguir Cristo, amar Sua Mãe, ser fiel à Igreja, não ceder ao demónio.
De maneira inteligente tem usado a Sua lua-de-mel com os media para dizer
coisas que eram impossíveis aos seus antecessores. E com simplicidade vai
reafirmando muitas das coisas pelas quais Bento XVI, desde que era Perfeito da
Congregação para a Doutrina da Fé, tinha sido atacado: Só Cristo salva o homem,
só há salvação na Igreja, a necessidade de mais evangelização e menos activismo
social.
Eu amo o Papa porque é Pedro. A pedra sobre a qual Cristo
constrói a Igreja. Mas também amo Francisco pelo Seu claro amor a Cristo e à
Igreja, nossa Mãe e nossa Mestra.
VIVA O PAPA!
Semper fidelis!
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