Confesso que nunca fui à Irlanda. Nem nunca sequer conheci um irlandês (quando muito, descendentes de irlandeses) mas é me dificil não amar a Irlanda.
É dificil não amar aquele que é um dos último países cristãos da Europa. É dificil não amar um povo que resistiu e lutou durante 800 anos pela sua liberdade. É sobretudo dificil não nos comover-mos diante de um povo que canta como cantam os irlandeses.
É facil imaginar a verdejante Irlanda ao ouvir o canto dos irlandeses, que fala sobretudo da sua terra e da sua luta pela liberdade.
Deixo aqui mais um canto irlandês.
Only our rivers run free
When apples still grow in November,
when blossoms still grow from each tree,
when leaves are still green in December,
it’s then that our land will be free.
I wander the hills and the valleys,
and still through my sorrow I see
a land that has never know freedom,
and only her rivers run free.
I drink to the death of her manhood,
those men who’d rather have died
than to live in the cold chains of bondage
to bring back their rights were denied.
Oh where are you now that we need you?
What burns where the flame used to be?
Are you gone like the snow of last winter?
And will only our rivers run free?
How sweet is life, but we’re crying.
How mellow the wine, but we’re dry.
How fragrant the rose, but it’s dying.
How gentle the wind, but it sighs.
What good is in youth when it’s ageing?
What joy is in eyes that can’t see?
When there’s sorrow in sunshine and flowers,
and still only our rivers run free.
segunda-feira, junho 30, 2008
domingo, junho 29, 2008
"Tu es Petrus"
«Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as forças do Inferno não levarão a melhor contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus».
Hoje é dia de São Pedro, ou seja, é o dia do Papa. Pois a frase "Tu és Pedro" atravessa a história e é hoje dita a Sua Santidade o Papa Bento XVI.
Pois de facto ele é Pedro, pedra sobre qual está erguida a Igreja de Cristo. Hoje faz cada vez mais sentido a frase das escrituras "A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular".
Que Deus Nosso Pai guarde e proteja o Santo Padre e lhe dê forças para guiar o povo Cristão ao seu destino.
SEMPER FIDELIS!
Verdade sobre a Inquisição
No meio de umas pesquisas no Google, desencantei este vídeos do YouTube.
Vale muito a pena vê-los até ao fim, pois reproduzem um juízo claro sobre a Inquisição em Portugal, afastando-nos da versão marxista que nos é transmitida na Escola.
sábado, junho 28, 2008
O VEÍCULO DA VERDADE
Hoje postamos o manifesto que o 24 XPTO (ver: http://www.24xpto.net) proporá amanhã à comunicação social, numa das suas viagens missionárias.
No rebuliço da vida quotidiana de cada um de nós, o encontro com Cristo decidiu todos os âmbitos da nossa existência: «Não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em Mim». Nestas jornadas, à imitação de São Paulo, o que nos move é o embate com uma realidade humana que explica toda a realidade à luz de um novo critério de Bem, de Justiça e de Verdade: Jesus.
Assim, reconhecemos que os meios de comunicação social são fundamentais para a sociedade actual: a realidade torna-se “vizinha” de todos e o mundo está ao virar da esquina.
Como critério do nosso olhar sobre a realidade, partimos de três premissas:
Realismo
Olhar para o objecto do vosso trabalho com amor e dedicação, respeitando o critério do Bem e do Mal, que está inscrito no coração de todos os homens.
Razoabilidade
Entendemos que o respeito pela humanidade e pela existência de todos os homens merece uma atenção, uma tensão para evitar todos os tipos de violência, moral ou psicológica, para que a realidade seja veiculada através da beleza que atrai os homens.
Moralidade
Tudo o que nos atrai na realidade, tem um fim, concreto e exacto. É o respeito pelo destino das coisas e, sobretudo, das pessoas que constitui a nossa última premissa: amar mais a verdade do que a ideia que poderemos ter sobre ela. É um desafio. Mas é um desafio que traz um gosto novo à relação com a realidade.
Para terminar, propomos uma pequena reflexão sobre alguns dos pontos que defendemos no ordenamento social.
Libertas ecclesiae – uma sociedade que respeita a liberdade de um fenómeno tão sui generis como a Igreja é por si mesmo tolerante com qualquer outra agregação humana autêntica. O reconhecimento do papel público da fé e do contributo que esta pode dar ao caminho dos homens é, portanto, garantia da liberdade para todos, não só para os cristãos.
No rebuliço da vida quotidiana de cada um de nós, o encontro com Cristo decidiu todos os âmbitos da nossa existência: «Não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em Mim». Nestas jornadas, à imitação de São Paulo, o que nos move é o embate com uma realidade humana que explica toda a realidade à luz de um novo critério de Bem, de Justiça e de Verdade: Jesus.
Assim, reconhecemos que os meios de comunicação social são fundamentais para a sociedade actual: a realidade torna-se “vizinha” de todos e o mundo está ao virar da esquina.
Como critério do nosso olhar sobre a realidade, partimos de três premissas:
Realismo
Olhar para o objecto do vosso trabalho com amor e dedicação, respeitando o critério do Bem e do Mal, que está inscrito no coração de todos os homens.
Razoabilidade
Entendemos que o respeito pela humanidade e pela existência de todos os homens merece uma atenção, uma tensão para evitar todos os tipos de violência, moral ou psicológica, para que a realidade seja veiculada através da beleza que atrai os homens.
Moralidade
Tudo o que nos atrai na realidade, tem um fim, concreto e exacto. É o respeito pelo destino das coisas e, sobretudo, das pessoas que constitui a nossa última premissa: amar mais a verdade do que a ideia que poderemos ter sobre ela. É um desafio. Mas é um desafio que traz um gosto novo à relação com a realidade.
Para terminar, propomos uma pequena reflexão sobre alguns dos pontos que defendemos no ordenamento social.
Libertas ecclesiae – uma sociedade que respeita a liberdade de um fenómeno tão sui generis como a Igreja é por si mesmo tolerante com qualquer outra agregação humana autêntica. O reconhecimento do papel público da fé e do contributo que esta pode dar ao caminho dos homens é, portanto, garantia da liberdade para todos, não só para os cristãos.
O bem comum - Uma política que se concebe como serviço ao povo tem em consideração a defesa das experiências em que o desejo do homem e a sua responsabilidade – através da construção de obras sociais e económicas, segundo o princípio da subsidiariedade – podem crescer em função do bem comum.
Interessa promover uma política e um ordenamento do Estado que favoreçam a “liberdade” e o “bem”, e que possam sustentar assim a esperança do futuro, defendendo a vida, a família, a liberdade de educar e de realizar obras que encarnem o desejo do homem.
As Férias segundo Bento XVI (Joseph Ratzinger)
Ontém, entre amigos, falávamos do tempo das férias que para uns já começou e para outros está prestes a começar: das dificuldades próprias deste tempo que é o "tempo da Liberdade por excelência", do grande desafio de o bem aproveitar e de alguns critérios para o fazer.
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Encontrei este texto do Santo Padre (via PorCausadEle) que é certamente de grande ajuda para todos nós.
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Poder descansar (*)
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Os discípulos colocaram a Jesus o problema do stress e do descanso. Os discípulos regressavam da primeira missão, muito entusiasmados com a experiência e com os resultados obtidos. Não paravam de falar sobre os êxitos conseguidos. Com efeito, o movimento era tanto que nem tinham tempo para comer, com muitas pessoas à sua volta. Talvez esperassem ouvir algum elogio por tanto zelo apostólico. Mas Jesus, em vez disso, convida-os a um lugar deserto, para estarem a sós e descansarem um pouco. Creio que nos faz bem observar neste acontecimento a humanidade de Jesus. A sua acção não dizia só palavras de grandeza sublime, nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vinham ao seu encontro. Consigo imaginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e importância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar!
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Sente-se um humor silencioso, uma ironia amigável, com que Jesus os traz para terra firme. Justamente nesta humanidade de Jesus torna-se visível a divindade, torna-se perceptível como Deus é. A agitação de qualquer espécie, mesmo a agitação religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos. Ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar como é próprio da criatura humana.
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Não desejo tecer louvores à preguiça, mas contribuir para a revisão do catálogo de virtudes, tal como se desenvolveu no mundo ocidental, onde trabalhar parece ser a única atitude digna. Olhar, contemplar, o recolhimento, o silêncio parecem inadmissíveis, ou pelo menos precisam de uma explicação. Assim se atrofiam algumas faculdades essenciais do ser humano.
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O nosso frenesim à volta dos tempos livres, mostra que é assim. Muitas vezes isso significa apenas uma mudança de palco. Muitos não se sentiriam bem se não se envolvessem de novo num ambiente massificado e agitado, do qual, supostamente, desejavam fugir. Seria bom para nós, que continuamente vivemos num mundo artificial fabricado por nós, deixar tudo isso e procurarmos o contacto com a natureza em estado puro.
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Desejaria mencionar um pequeno acontecimento que João Paulo II contou durante o retiro que pregou para Paulo VI, quando ainda era Cardeal. Falou duma conversa que teve com um cientista, um extraordinário investigador e um excelente homem, que lhe dizia: "Do ponto de vista da ciência, sou um ateu...". Mas o mesmo homem escrevia-lhe depois: "Cada vez que me encontro com a majestade da natureza, com as montanhas, sinto que Ele existe".
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Voltamos a afirmar que no mundo artificial fabricado por nós, Deus não aparece. Por isso, temos necessidade de sair da nossa agitação e procurar o ar da criação, para O podermos contactar e nos encontrarmos a nós mesmos.
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(*) Card. J. Ratzinger "Esplendor da Glória de Deus" Editorial Franciscana, 2007, pág. 161.
sexta-feira, junho 27, 2008
"Zé e a Ana na nova lei do divórcio" Isilda Pegado, Público, 26/06/08
Na lei actual, o património divide-se em partes iguais. Com a nova lei, a Ana tem direito a 1/6 do património e o Zé a 5/6O Zé e Ana estão casados há 15 anos e têm dois filhos, ele é engenheiro e ela secretária.
Ele, sabe-se lá porquê, ultimamente chega a casa bebe uns uísques e... bate na Ana. À terceira vez, a Ana apresentou queixa na GNR, para "ver se ele tem respeito a alguém". A Ana gosta do Zé e não se quer divorciar, apenas pediu ajuda para "esta fase má" do casamento.
Hoje, com a lei actual, a Ana não tem medo de apresentar queixa porque o casamento não é posto em causa por esse facto. Amanhã, com a nova lei do divórcio, o Zé com cópia da queixa apresentada na GNR pode divorciar--se (art. 1.781.º, al. d), nova versão). O Zé usa a sua própria violência para pôr fim ao casamento.Acontece que a Ana ganha mil euros por mês, mas o marido aufere 5000 euros por mês. Sempre foi assim. Ele ganhava cinco vezes mais do que ela. É certo que ela orientava a casa, mas ele também ajudava nas tarefas domésticas (como qualquer casal moderno...).
Hoje, com a lei vigente, o património que construíram (a casa onde vivem, o carro e os 80.000 euros de "pé-de--meia") é para dividir em partes iguais. A Ana fica com a casa e ele com o carro e o dinheiro. Amanhã, com a nova lei do divórcio, na partilha (art. 1.676.º, n.º 2, nova versão) a Ana tem direito a 1/6 do património e o Zé a 5/6. Contas feitas, a Ana para ficar com a casa terá de pedir ao Banco ?82.000 que dará de tornas ao Zé. Isto é, a Ana terá direito a 37.500 euros e o João a 187.500 (na divisão do património conjugal). Acontece ainda que, nos últimos três anos, o tio do Zé - o tio Arlindo - viveu com eles porque estava velho e não tinha filhos. Prevendo o seu fim fez um testamento ao Zé e à Ana deixando-lhes a casa na Nazaré e três pedaços de pinhal. O Zé e a Ana trataram de tudo e até registaram em seu nome as propriedades. Hoje, com o divórcio, o Zé e a Ana continuam a ser donos em partes iguais das propriedades. Amanhã, com a nova lei do divórcio, a Ana, que não quis divorciar-se, que foi vítima de violência do marido, tendo este obtido o divórcio, perde os bens que herdara do tio Arlindo (art. 1.791.º, nova versão) revertendo os mesmos, na totalidade, para o Zé.
Quando a Ana procurou alguém que lhe explicou o que se iria passar, disse em voz baixa (não vá alguém ouvir): "Afinal, a violência doméstica compensa. Ainda dizem eles para apresentar queixa. Estou cada vez mais sozinha".
Ele, sabe-se lá porquê, ultimamente chega a casa bebe uns uísques e... bate na Ana. À terceira vez, a Ana apresentou queixa na GNR, para "ver se ele tem respeito a alguém". A Ana gosta do Zé e não se quer divorciar, apenas pediu ajuda para "esta fase má" do casamento.
Hoje, com a lei actual, a Ana não tem medo de apresentar queixa porque o casamento não é posto em causa por esse facto. Amanhã, com a nova lei do divórcio, o Zé com cópia da queixa apresentada na GNR pode divorciar--se (art. 1.781.º, al. d), nova versão). O Zé usa a sua própria violência para pôr fim ao casamento.Acontece que a Ana ganha mil euros por mês, mas o marido aufere 5000 euros por mês. Sempre foi assim. Ele ganhava cinco vezes mais do que ela. É certo que ela orientava a casa, mas ele também ajudava nas tarefas domésticas (como qualquer casal moderno...).
Hoje, com a lei vigente, o património que construíram (a casa onde vivem, o carro e os 80.000 euros de "pé-de--meia") é para dividir em partes iguais. A Ana fica com a casa e ele com o carro e o dinheiro. Amanhã, com a nova lei do divórcio, na partilha (art. 1.676.º, n.º 2, nova versão) a Ana tem direito a 1/6 do património e o Zé a 5/6. Contas feitas, a Ana para ficar com a casa terá de pedir ao Banco ?82.000 que dará de tornas ao Zé. Isto é, a Ana terá direito a 37.500 euros e o João a 187.500 (na divisão do património conjugal). Acontece ainda que, nos últimos três anos, o tio do Zé - o tio Arlindo - viveu com eles porque estava velho e não tinha filhos. Prevendo o seu fim fez um testamento ao Zé e à Ana deixando-lhes a casa na Nazaré e três pedaços de pinhal. O Zé e a Ana trataram de tudo e até registaram em seu nome as propriedades. Hoje, com o divórcio, o Zé e a Ana continuam a ser donos em partes iguais das propriedades. Amanhã, com a nova lei do divórcio, a Ana, que não quis divorciar-se, que foi vítima de violência do marido, tendo este obtido o divórcio, perde os bens que herdara do tio Arlindo (art. 1.791.º, nova versão) revertendo os mesmos, na totalidade, para o Zé.
Quando a Ana procurou alguém que lhe explicou o que se iria passar, disse em voz baixa (não vá alguém ouvir): "Afinal, a violência doméstica compensa. Ainda dizem eles para apresentar queixa. Estou cada vez mais sozinha".
quinta-feira, junho 26, 2008
Na ressaca do referendo na Irlanda
Irish soldier laddie.
'Twas a morning in July, I was walking to Tipperary
When I heard a battle cry from the mountains over head
As I looked up in the sky I saw an Irish soldier laddie
He looked at me right fearlessly and said:
Will ye stand in the band like a true Irish man
And go and fight the forces of the crown?
Will ye march with O'Neill to an Irish battle field?
For tonight we go to free old Wexford town!
Said I to that soldier boy,
"Won't you take me to your captain
T'would be my pride and joy for to march with you today
My young brother fell in Cork and my son at Innes Carthay!"
Unto the noble captain I did say:
I will stand in the band like a true Irish man
And go and fight the forces of the crown?
I will march with O'Neill to an Irish battle field?
For tonight we go to free old Wexford town!
As we marched back from the field in the shadow of the evening
With our banners flying low to the memory of our dead
We returned unto our homes but without my soldier laddie
Yet I never will forget those words he said:
Will ye stand in the band like a true Irish man
And go and fight the forces of the crown?
Will ye march with O'Neill to an Irish battle field?
For tonight we go to free old Wexford town!
A Europa contra os cidadãos!
Tendo feito terça-feira uma frequência de Direito da União Europeia, arrisco-me a dar um palpite sobre o Tratado Reformador, mais conhecido como Tratado de Lisboa ou então como o ponto alto da carreira do nosso Primeiro.
Perante a possibilidade de novo chumbo deste tratado nas urnas, como já acontecera com o "projecto do tratado de uma Constituição para a Europa", os governos da U.E. decidiram aprovar este tratado nos respectivos parlamentos. Muitos dos governos que o fizeram (ou ainda vão fizeram) fizeram-no quebrando promessas eleitorais (como por exemplo o nosso).
Perante a possibilidade de novo chumbo deste tratado nas urnas, como já acontecera com o "projecto do tratado de uma Constituição para a Europa", os governos da U.E. decidiram aprovar este tratado nos respectivos parlamentos. Muitos dos governos que o fizeram (ou ainda vão fizeram) fizeram-no quebrando promessas eleitorais (como por exemplo o nosso).
Só a Irlanda, onde a constituição foi um real garante do Estado de Direito, foi a referendo. Resultado, os irlandeses dizeram "Não" ao Tratado de Lisboa, como já haviam feito os franceses e os holandeses ao seu irmão mais velho.
O grande problema da U.E. é que a Europa dos cidadãos não se pode construir contra os mesmos. Quanto mais os governantes insistirem na integração europeia sem a legitimação do povo, mais o povo se há de afastar do ideal europeu.
Os actuais lideres das comunidades esqueceram-se da lição do seu fundador. "A Europa não será construída de um só golpe", dizia Schumann na sua célebre declaração de 9 de Maio de 1950. A integração é progressiva e paulatina, não se pode queimar etapas, ensinam todos aqueles que se dedicam ao Direito da U.E..
Se o povo não percebe a importância do Tratado Reformador, então que se explique ao povo. Se o povo não liga a U.E., então a União que pense onde está a falhar.
Obrigar os povos da Europa a caminhar para o federalismo, insistido na ideia da sua inevitabilidade, só contribuirá para um enfraquecimento cada vez maior da já pouca legitimidade dos órgãos da U.E.
O grande problema da U.E. é que a Europa dos cidadãos não se pode construir contra os mesmos. Quanto mais os governantes insistirem na integração europeia sem a legitimação do povo, mais o povo se há de afastar do ideal europeu.
Os actuais lideres das comunidades esqueceram-se da lição do seu fundador. "A Europa não será construída de um só golpe", dizia Schumann na sua célebre declaração de 9 de Maio de 1950. A integração é progressiva e paulatina, não se pode queimar etapas, ensinam todos aqueles que se dedicam ao Direito da U.E..
Se o povo não percebe a importância do Tratado Reformador, então que se explique ao povo. Se o povo não liga a U.E., então a União que pense onde está a falhar.
Obrigar os povos da Europa a caminhar para o federalismo, insistido na ideia da sua inevitabilidade, só contribuirá para um enfraquecimento cada vez maior da já pouca legitimidade dos órgãos da U.E.
90 anos de um grande Bispo.
O Bispo D. António Rodrigues completou 90 anos(24/06). Para assinalar a data, D. José Policarpo presidiu a uma missa co-celebrada por vários Bispos e dezenas de padres do Patriarcado de Lisboa.
O Papa enviou uma mensagem especial através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, na qual felicitou D. António Rodrigues pelos frutuosos anos de vida que Deus lhe concedeu e por nele ter esculpido os traços do bom pastor.
Na sua intervenção, no fim da missa, D. António Rodrigues agradeceu a Deus pelas oportunidades que teve ao longo da sua vida.
“Depois de formado em Direito fui aceite como padre – saudosos tempos que nunca me esquece. Já lá vão mais de 60 anos. Não posso dizer se não que recordo a promessa que fiz no dia em que fui ordenado como presbítero e depois como Bispo. Tudo isso passa hoje pelo meu espírito, acolhido em Deus e na Igreja minha Mãe, porque sou tão somente um servo inútil”, disse.
À saída, D. José Policarpo comentou a influência que D. António Rodrigues teve na vida dos católicos portugueses.
“O senhor D. António marcou uma geração. É hoje muito apreciado, mesmo por gente que já não é muito frequentadora da Igreja, mas que foram muito marcados pela sua inteligência e pela sua intervenção de trabalho. Se durante um tempo ele era muito admirado e temido hoje é muito estimado”, refere o Cardeal Patriarca.
D. António dos Reis Rodrigues foi referência em Portugal para várias gerações de católicos: antigo Bispo de Madarsuma foi auxiliar de dois Ordinários Castrenses, os Cardeais Patriarcas D. Manuel Cerejeira e D. António Ribeiro. Foi depois Bispo Auxiliar de três patriarcas. Foi ainda Secretário e Vice-Presidente da Conferência Episcopal.
Uma vida e missão aqui retratadas pelo padre Mário Rui, pároco da Igreja de São Nicolau, em Lisboa.
“O senhor D. António Reis Rodrigues é uma pessoa dotada de grande inteligência, com um pensamento coerente, um pensamento ricamente estruturado em que impressiona a vastidão do seu saber e a amplitude da sua cultura. O senhor D. António, como homem como padre, como Bispo, sempre manifestou uma firmeza de carácter e uma coragem lúcida tantas vezes postas à prova no exercício de funções. Sendo brilhante foi, ao mesmo tempo, discreto”, refere.
No dia 14 de Julho, na Universidade Católica, vão ser lançados cinco livros de D. António Reis Rodrigues sobre a Doutrina Social da igreja, dois dos quais inéditos. A apresentação vai estar a cargo do Reitor Braga da Cruz."
O Papa enviou uma mensagem especial através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, na qual felicitou D. António Rodrigues pelos frutuosos anos de vida que Deus lhe concedeu e por nele ter esculpido os traços do bom pastor.
Na sua intervenção, no fim da missa, D. António Rodrigues agradeceu a Deus pelas oportunidades que teve ao longo da sua vida.
“Depois de formado em Direito fui aceite como padre – saudosos tempos que nunca me esquece. Já lá vão mais de 60 anos. Não posso dizer se não que recordo a promessa que fiz no dia em que fui ordenado como presbítero e depois como Bispo. Tudo isso passa hoje pelo meu espírito, acolhido em Deus e na Igreja minha Mãe, porque sou tão somente um servo inútil”, disse.
À saída, D. José Policarpo comentou a influência que D. António Rodrigues teve na vida dos católicos portugueses.
“O senhor D. António marcou uma geração. É hoje muito apreciado, mesmo por gente que já não é muito frequentadora da Igreja, mas que foram muito marcados pela sua inteligência e pela sua intervenção de trabalho. Se durante um tempo ele era muito admirado e temido hoje é muito estimado”, refere o Cardeal Patriarca.
D. António dos Reis Rodrigues foi referência em Portugal para várias gerações de católicos: antigo Bispo de Madarsuma foi auxiliar de dois Ordinários Castrenses, os Cardeais Patriarcas D. Manuel Cerejeira e D. António Ribeiro. Foi depois Bispo Auxiliar de três patriarcas. Foi ainda Secretário e Vice-Presidente da Conferência Episcopal.
Uma vida e missão aqui retratadas pelo padre Mário Rui, pároco da Igreja de São Nicolau, em Lisboa.
“O senhor D. António Reis Rodrigues é uma pessoa dotada de grande inteligência, com um pensamento coerente, um pensamento ricamente estruturado em que impressiona a vastidão do seu saber e a amplitude da sua cultura. O senhor D. António, como homem como padre, como Bispo, sempre manifestou uma firmeza de carácter e uma coragem lúcida tantas vezes postas à prova no exercício de funções. Sendo brilhante foi, ao mesmo tempo, discreto”, refere.
No dia 14 de Julho, na Universidade Católica, vão ser lançados cinco livros de D. António Reis Rodrigues sobre a Doutrina Social da igreja, dois dos quais inéditos. A apresentação vai estar a cargo do Reitor Braga da Cruz."
Não posso dizer que me lembre da acção pastoral do Senhor Dom António. Contudo, foi amigo do meu avô e da minha familia e guardo dele a ideia de um grande pastor.
Confiando no testemunho daqueles que com ele privarem, rezo ao Senhor para que nos envie tão grande pastores com o Senhor Dom António.
26 de Junho
Hoje é dia de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei.
Rezemos a este grande santo, que tão importante foi para a Igreja de Espanha e para o mundo, entregando-lhe sobretudo o Marcos e a Kate que hoje fazem anos.
Rogais por nós bem aventurado Josemaria,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
Regresso
Após algum tempo de inactividade, mesmo sabendo que a pausa em Agosto será de algum modo inevitável, retomamos agora este blog.
Peço desculpa pela falta.
Obrigado aos que regressarem!
Peço desculpa pela falta.
Obrigado aos que regressarem!
quinta-feira, junho 19, 2008
Ratzinger e o Euro
Regularmente, cada quatro anos, o campeonato do mundo de futebol afirma-se como um acontecimento que reúne à sua volta centenas de milhões de pessoas. Dificilmente um outro fenómeno mundial consegue alcançar uma tão vasta influência. Isso mostra que este fenómeno toca algo constitutivo do ser humano, e leva-nos a perguntar pela razão da força que este desporto tem.
O pessimista dirá que acontece o mesmo que na antiga Roma. Os slogans das massas eram: panem et circenses, pão e circo. Pão e jogo seriam os valores duma sociedade decadente, que não conhece fins superiores. Mesmo que aceitemos esta informação, não seria de maneira nenhuma o suficiente.
Mais uma vez teria que se perguntar: Onde reside a fascinação deste jogo, que se apresenta com a mesma importância que o pão? Podíamos responder olhando novamente para Roma, dizendo que o grito pelo pão e pelo jogo mais não é que a expressão do desejo duma vida paradisíaca, uma vida de fartura sem esforço e da realização da liberdade. Na realidade, é o que se insinua com o jogo: uma actividade totalmente livre, sem o limite dos fins e da necessidade, e que, no entanto, mobiliza e satisfaz todas as energias do ser humano.
Nesta perspectiva, o jogo seria uma tentativa de regresso ao paraíso, a fuga da seriedade escravizante do dia-a-dia com a sua disciplina, para a seriedade livre, sem imposições, que, justamente por isso, se toma mais bela.
Nesse sentido, o jogo ultrapassa, em certo modo, a vida do dia-a-dia; mas tem também, sobretudo na criança, ainda um outro carácter. É exercício para a vida. Simboliza a própria vida e é dela uma antecipação descontraída.
Parece-me que a fascinação do futebol consiste, essencialmente, em que reúne em si estes dois aspectos de forma convincente. Primeiro, obriga o homem a dominar-se, de tal forma que, através do treino, ganha o domínio sobre si mesmo. Com o domínio supera-se e, superando-se, toma-se mais livre. Mas também lhe ensina a disciplina do conjunto: como jogo de equipa, obriga-o a subordinar o próprio ao todo. Une-os num objectivo comum. O sucesso ou o insucesso de um está ligado ao sucesso e ao insucesso do todo.
Fonte: "Esplendor da Glória de Deus", Cardeal Ratzinguer, Ed. Franciscana, 2007, pág. 187
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